Capitulo 14: Encanto Esmeralda

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  Mazael acabara de chegar. Voava em direção a gigantesca mansão que se encontrava no meio do nada, estranhamente fazia frio, o lugar era tão frio quanto as geleiras do Alasca.

Estavam quatro homens trajados com roupas incomuns a beira da porta da mansão, ambos possuíam um par de asas.

Ele chegou perto e logo lhe foi aberto o portão para assim entrar. O lugar era todo branco, e gélido.

Parecia um quarto de manicômio, era todo branco.

Não se podia ver o limite do espaço, naquela vasta dimensão que era o nada em que estava a mansão.

Mazael aparentava não estar lá pela primeira vez. Adentrou na mansão, percebeu que era vasta, tinha grandes estátuas por toda parte.

Todas as estátuas possuíam também um par de asas, era simplesmente um salão, não havia outros compartimentos como uma mansão comum, duas colunas sustentavam o teto.

Tinha quatro escadas em diferentes partes do salão que, estava ligada  ao solo da mansão, até no alto, numa neblina branca como a neve, assim como todo aquele lugar.

Tinha alguns homens vestidos de brancos.

No centro do salão estava uma cadeira, com o encosto alongado. E do alto de ambas escadas desciam quatro homens, todos trajavam  vestes brancas, com um par de asas cada, exceto um que trajava roupas pretas e suas asas eram enormes do mesmo tamanho que as asas do "Primeiro".

Suas asas eram transparentes e incolores como as águas límpidas de uma fonte; ele caminhou até a cadeira no centro do salão e, tomou o assento.

Os outros três dentre eles Eyesel, colocaram-se por trás dele em pé.

— Sê bem vindo novamente, Mazael. — Disse o homem sentado vestido de preto. Sua voz era delicada.

Cruzou seus pés, colocando a perna direita em cima do joelho da perna esquerda e, apoiando seus braços sobre os apoios da cadeira.

Batucava com os dedos da mão direita na cadeira. Seu cabelo era longo ao nível dos ombros, seus olhos profundos eram prateados, possuía um olhar incisivo.

Uma expressão facial calma, porém maléfica.

— Sinto-me congratulado por cá estar novamente, Sonel. — Agradeceu Mazael.

Ele estava diante de Sonel.

— O que o trás por cá, Mazael? Algum...problema? — Questionou Sonel, lançando um olhar incisivo pra Mazael.

Sua voz era absurdamente suave, nem o semblante do "Primeiro" chegava perto, a calmaria dele era impressionante.

Seu semblante era angelical e, ao mesmo tempo demoníaco. Mas estava mais para angelical do que demoníaco.

Pronunciava cada palavra cautelosa e firmemente. A cada palavra que saía de sua boca, era como se estivesse a ouvir o sublime som das águas do mar, o extasiante tenor lírico.

— O "Primeiro" mandou-me trazer um recado para si...

— Fale então.

Todos naquele lugar pareciam não se incomodar e nem se importar com o frio absurdo que fazia, diferente de Mazael, que esfregava as mãos de tanto frio que sentia.

Para os homens de branco, parecia que estavam em temperatura ambiente.

— Pobre Mazael. Ainda não se acostumou com o "clima" daqui, mesmo depois de ter cá vindo diversas vezes...

O ASSASSINO DO ALÉM Onde histórias criam vida. Descubra agora