O sol já havia se posto.
As luzes da cidade já estavam sendo acesas, os carros ligavam os faróis.Os barcos no porto perto do Hudson iam e viam. O hospital Saint Vincent já estava funcional outra vez, recebera pacientes vitimas de acidente de viação.
A casa de Sophie ainda estava interditada pela polícia.
A fita amarela ainda lá estava.
A casa de seu irmão estava em ruínas, buracos de balas por todas as paredes, estava para ser demolida por conta das condições estruturais.No Broklyn o que noutrora fora o esconderijo dos Žögovich, começara a ser remodelado. Aparentemente se estava elevando lá um centro comercial ou algo do gênero;
O décimo quarto Distrito ainda trabalhava no caso "Blood Ryam", embora com poucas pistas de seu paradeiro.
Recentemente receberam diversas ligações de possíveis lugares onde ele estaria, mas era tudo falso, não passavam de meros trotes de idiotas a procura de atenção.
Porém dentre todas as ligações, uma pareceu dar informações credíveis, dizendo exatamente onde ele estaria nesta noite.
Tal informante garantiu não ser um trote, no entanto tal pessoa parecia conhecer os detetives Warren e Doug, pois foi para ambos que ele ligara especificamente.
O deserto de Califórnia, lugar que albergara a luta de outrora, ainda estavam nele as espadas abandonadas, a areia cobria-as a medida que o vento assoprava, a neve não parava de cair deixando o clima ainda mais frio.
O céu estava mais escuro que nos outros dias, infelizmente não era possível visionar as estrelas por conta das nuvens espessas; já era meia noite, faltava aproximadamente dois quartos de hora para uma da manhã...
Parte da cidade estava num silêncio absoluto.
Era uma das partes mais remotas da cidade de Nova York, não se via ninguém, não se ouvia ninguém, porém do vago céu, das nuvens espessas saíam voando em grande velocidade, os anjos e demônios.
Atravessavam as nuvens e, aterravam sobre o solo do subúrbio com grande impacto, uns permaneciam em pé nos edifícios velhos, outros estavam no chão sob a fria neve espalhada ao redor deles, na liderança estava um quarteto: Handel, Mazael, Eyesel, e Manoel...
Juntos formavam os Escudos das Tríades.
A rua era vasta, uma longa estrada. Os edifícios ladeavam-na. Na contramão vinha alguém caminhando, trajando um sobretudo preto camuflando-se na pouca neblina que havia no lado da estrada em que ele estava, parou de caminhar após estar numa distância considerável dos seres celestiais e demoníacos a sua frente.Umas vozes soaram em coro irrompendo o silêncio daquele lugar tomado pela antiguidade e o esquecimento.
As vozes soavam como a um coral, soavam como murmúrios extasiantes vindo do alto mar nas noites mais frias.
Suas vozes eram tão limpas, não... Suas vozes pareciam ser imaculadas, pareciam ser vozes de anjos, sim! eram anjos a cantarem.
Não uma música em que na qual se podia abrir muito a boca, era uma música suave, branda, de tal maneira que as palavras proferidas eram quase imperceptíveis, só se podia ver seus lábios moverem-se e embaterem um no outro;
A cantata se propagava pela cidade.
Suas vozes atingiam uma distância absurda, embora não gritando, Sophie e Madeleine estavam no apartamento conversando e, subitamente a música angelical chegou-lhes aos ouvidos, interrompendo a conversa.
Sophie olhara para Madeleine.
— Está prestes a começar... — suspirou Madeleine, olhando em direção a janela, dava para ver parcialmente a lua escondida dentre as nuvens.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O ASSASSINO DO ALÉM
FantasiAssassinado severamente por malfeitores, espancado e deixado no Hudson como lixo... Este é Ryam. Por desgraça, fora expulso do céu tanto quanto do inferno, agora misteriosamente de volta a vida, após um ano morto de baixo do rio Hudson, ele descobr...