Capitulo 15: Corpos Celestes

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Ryam parecia hipnotizado olhando para a espada, manejava-a fazendo movimentos de luta.

— Ela é leve. — Disse Ryam.

— Agora terás de me dar o que foi de acordo. — Disse Madeleine abrindo as janelas do seu apartamento.

O dia acabara de começar e a luz forte entrou pelas janelas ofuscando os olhos de Ryam. O assassino cobriu o rosto com o braço impedindo a luz de machucar os seus olhos.

— Está Bem. Eu darei o que você quer, no momento oportuno, mas agora preciso voltar ao hospital. — Ryam estava preocupado, passara algumas horas desde que discutira com Sophie, e que a deixara sozinha.

— Está Bem, vai lá.

Ryam exitou antes que chegasse a porta e perguntou.

— O museu tem câmeras de vigilância não tem?

— Sim tem. E daí?

As sobrancelhas de Madeleine uniram-se, enquanto fitava-o.

— E daí que nós fomos filmados. — Ryam voltou a encarar Madeleine.

— Impossível.

Madeleine parecia estar segura de tal coisa, seu semblante falava por si, quão despreocupada ela estava.

— Cuidei para que as câmeras todas filmassem específicamente na direção oposta da que nos encotravamos. De certo que me ouviras estalar os dedos.

Ryam lembrou de a ter visto estalar duas vezes os dedos, no salão e quando adentraram no compartimento da fonte.

— Então é isso...

Ryam suspirou, e despreocupou-se.

— É... É isso...

Ryam levou a espada sobre o ombro direito e caminhou para a porta. Madeleine cruzou os braços e ficou parada a olhar para ele saindo do apartamento.

Quando Ryam chegara até a porta deteve-se. Voltou-se para Madeleine.

Madeleine olhou para ele, levantou as sobrancelhas e riu.

— E... Como eu volto para o hospital?

— Eu levo você para o hospital, afinal eu trouxe você aqui. Mas terás de deixar a espada. — Disse Madeleine caminhando até ele.

Ryam franziu o sobrolho e precionou sua mão na espada como se não a quisesse largar.

— Não. — Rezingou. — Por quê?

Madeleine revirou-lhe o olhar.

— Você não pode andar com uma espada por aí, as pessoas ficarão espantadas e assustadas, ou ainda podem achar que você é doido. Em suma, vai chamar muito a atenção das pessoas.

— Não me importo. — Insistiu Ryam.

— A espada não irá para lugar algum.

— Uff — Suspirou — OK, ok.

Ryam pô-la  no sofá.
Madeleine caminhou até a porta e saiu.

— Você não vem? — Disse ela.

— Como assim? Para onde você vai? Não disse que me levaria para o hospital?

Madeleine levou o cabelo atrás da orelha.

— É isso que estou tentando fazer, Valentão.

— Então já não vai fazer aquilo que fez ontem? Aquilo de... Desaparecer.

Madeleine sorriu da ignorância de Ryam.

— Só faço aquilo quando não tenho outra escolha. Vamos pegar um taxi.

O ASSASSINO DO ALÉM Onde histórias criam vida. Descubra agora