Capitulo 13: Um Acordo

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  Ryam sentia o cheiro de Madeleine, como um predador fareja os rastos de sua presa. Seus fios de cabelo eram lisos leves. Seu olhar era forte.
— Oque es tú? — Perguntou Ryam fitando os olhos de Madeleine com uma expressão curiosa. — Tens um cheiro estranho.
— Tú também não cheiras lá tão bem assim.
As feridas de Ryam cicatrizavam lentamente.
— Você é humana?
— Sim, sou humana.
— Não cheiras como tal.
— Isso é porque não sou como os outros humanos. Eu sou um tipo de humano especial. Oque me difere dos demais que são... Normais.
— Especial?
— Eh, espescial! Sou de outro plano, mas agora eu vivo neste plano já faz uns anos.
— Que raio de plano é esse? — Disse Ryam gesticulando aspas com os dedos levando as mãos ao nivel da cabeça.
Madeleine notou a incredulidade patente no rosto de dele, ele sabia humanos não vivem fora do plano em que se encontrava, porém deu-lhe o benefícios da dúvida sendo que a mesma falara de ser uma... "Humana especial"
Madeleine respondendo disse:
— Chama-se Halladan.
— Halladan! — repetiu Ryam
— Sim! Um plano em que humanos como eu têm capacidades extraordinárias. Capacidades estas que nós Halladianos chamos de o fhecto.
Ryam franziu a testa.
— Oque raios é isso?
— O fhecto ou como os humanos normais chamam: magia permiti-nos fazer coisas como oque acabei de fazer agora apouco. Na verdade eu trouxe você porque preciso da tua ajuda. Quando descobri sobre a tua existência e do que você é capaz, comecei a seguir você desde o incidente no Queens até ao trabalho no Broklyn.
Ele caminhou até chegar perto de Madeleine. Madeleine ergueu a cabeça, olhou nos seus olhos e num ápice estava ela por trás de Ryam. Ryam voltou-se para ela surpreso e falou:
— Oque você quer de mim?
— A pergunta seria... Deixa pra lá vou direito ao assunto. Eu preciso de sangue.
Ryam arregalou os olhos e intrigou-se.
— Sangue? Es uma espécie de vampira ou algo assim que precise de sangue?
Madeleine riu.
— Não propriamente, mas, não qualquer sangue. Oque eu quero é, sangue de Anjo.
Ryam inspirou profundamente.
— Para quê você quer sangue de Anjo? E porque não pega você mesma?
— A minha magia é impotente contra um ser daqueles. Mas você não... Já ouviu falar em nephilins?
— Oque é isso? É um tipo de arma?
Madeleine sorriu, exibindo seus dentes branqueados e nivelados.
— Nephilim são seres humanos descendentes de anjos, isto é... Pessoas que têm um sangue angelical nas veias.
— E você quer o sangue para quê exatamente? Para se tornar uma... Nephilim?
— Não propriamente. Se eu ingerisse o sangue angelical teria capacidades semelhantes as tuas, e antingiria níveis surreais de magia, contudo teria feitos como nenhum outro Halladiano alguma vez teve.
— A busca pela perfeição, é o caminho para à perdição. — disse Ryam num tom sério.
Madeleine levantou uma sombrancelha.
— Esse fato não se aplica aos Halladianos.
— E oque eu ganharia com isso?
— Você viu que mesmo depois de teres feito sei lá oque a tua arma, ainda assim ela foi inútil contra Eyesel.
— E daí? As asas podem ser indestrutíveis, mas o corpo não é.
— E se eu te desse uma arma que com a minha magia seria capaz de perfurar até o material mais resistente em qualquer plano?
— Dê-ma se a tiveres.
— Primeiro o acordo.
— Está bem...
— OK! Mas terás de coletar o sangue antes de o matares, se não transformar-se-a em cinzas e será impossível coletar o sangue.
— OK agora dê-me a arma.
— A arma é uma espada, já pude ver que es um maestro da espada onde você aprendeu?
— Não sei! Oque essa espada tem de tão especial que as outras não têm?
— É sabido que uma espada, quando forjada naquele fogo intenso é mergulhada em água fria para arrefece-la e ganhar consistência.
— E...?
— E que esta espada não foi arrefecida em água fría. Mas sim em sangue de nephilim, oque a tornou cem vezes mais indestrutível do que qualquer metal, seja deste plano ou não, no entanto com o passar do tempo de certo que essa indestrutibilidade enfraqueceu. É aí que entra os meu dotes de Halladiana...
— De bruxa queres tú dizer...
— Já me chamaram nomes piores. Mas não voltes a chamar-me isso para o teu bem...
— Como queiras.
— Bom, a espada está num dos lugares mais seguros do mundo. O maior museu do mundo, o museu americano de Cultura Natural.
— E oque uma mera espada faz nesse lugar?
— Hmm! A tua ignorância é impressionante. Não é uma mera espada, é a espada de Arthur Pendragon, em tempos idos fora o Rei de Camelot. Foi descoberta em 1968 por um arqueólogo Americano, Alberth Windhoek James. E desde então tem estado lá.
— E como sabem que é mesmo a espada de Arthur Pendragon?
— A espada carreta o brasão da familia Pendragon.
— Não me interessa a história, só me diga como chegar lá.
— Já lá estive. Posso levar-te precisamente pra onde ela está num piscar de olhos.

*PRIMEIRO CÉU* 

As três tríades de anjos estavam reunidas.
O "Primeiro" havia chegado.
— Eu posso saber quem foi que me desobedeceu? — principiou o Primeiro.
— Não fomos nós primeiro. — retorquiu Mazael.
— Então quem foi?
— Eyesel. — Acusou Manoel.
Seu semblante mudou drásticamente, sua serenidade havia sumido. Exalava pura raiva.
— Bem que eu suspeitava, Mazael vá até ao "outro lado" e informe a Sonel, por causa da impertinência daquele intragável, Miguel quase nos descobriu. Temos que terminar depressa essa operação. E cuidarmos deste Blood Ryam.
— Sim, Primeiro.
— Têm a minha ordem. Amanhã a primeira tríade vai atrás dele. Mazael diga a Sonel o mesmo, para mandar a primeira tríade. Enquanto isso, Manoel vá procurar em qual buraco ele se esconde.
— Permita-me primeiro. — pediu Mazael.
— Sim...
— Porque não capturamos a garota para o atrair?
— Você é idiota?
Mazael encolheu os ombros.
— Eh, n-não.
— Então qual parte do "Anjos não podem machucar os humanos é que você não percebe"?
— Mas nós não vamos machuca-la, só captura-la e fazer dela um isco.
O Primeiro ficou mais furioso, e aborrecido.
— Se a capturarmos o clamor dela chamará a atenção de Miguel, e se Miguel a encontra nas nossas mãos... Ele não é burro é só juntar um mais um pra dar dois. E você já sabe que se ele descobre o resultado, podemos dizer adeus as nossas asas e... Você já sabe. Não... toquem... Na... Garota.
— Sim, Primeiro.
Mazael se retirou e saiu voando.
— Agora tratem de fazer as coisas direito. Tenho um disfarce para manter.  

O ASSASSINO DO ALÉM Onde histórias criam vida. Descubra agora