Epílogo: A minha Oração

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Os primeiros raios de sol traspassaram o céu e as nuvens. O clarão ofuscava a visão de Ryam.

Luzel agonizava-se em seu sangue. Subitamente apareceram no local: Sophie e Madeleine.
Madeleine estava muito mais pálida, talvez seria por causa do frio. Sophie estava com olheiras, não dormira a noite toda, dava para notar, seus olhos estavam umedecidos.

Sonel arregalou os olhos de espanto.

"É ela, a Halladiana " — pensou ele, fitando Madeleine.

Sophie voltou o olhar para Ryam, seus olhares se cruzaram, ele estava moribundo e ela tomada pela dor.

— Ryam — disse ela tentando se aproximar. Madeleine a deteve, segurou-a pelo pulso.

Luzel estendeu-se no chão...

— Matem-no de vez — disse Sonel, tomando a espada que estava no chão ao seu lado.

Sonel junto com Handel e Eyesel caminhavam em direção a Ryam, e inesperadamente do céu brilhou uma luz, um brilho como um grande holofote.

Junto um grande som ensurdecedor e retumbante como ribombo, soou do céu.

"Não pode, ele não" pensou Sonel, apavorado como nunca desmonstrara estar.

Algo caia do céu como um raio, aterrissando no meio deles levantando uma leve nevasca. A medida que a mesma caía, ele revelava-se...

Vestido de linho fino branco e imaculado, alto, não dava para ver direito seu rosto, apenas Ryam, os anjos e demônios o viam com clareza, na verdade era invisível para os humanos que lá estavam.

Suas asas eram brancas e longas, usava sandálias de couro.

Os anjos o temiam, e os demônios mais ainda.

— Eu sabia que vocês, trariam problemas, mas deste gênero não. — disse o Anjo, revestido de brilho.

Sonel abanou a cabeça, e precipitou-se em tentar ataca-lo. O Anjo sem esforço algum, estendeu sua mão sem nem lhe tocar, uma força invisível o arremessou contra o edifício ao seu lado.

Eyesel e os outros pensaram o mesmo, mas detiveram-se.

O Anjo olhou para Ryam:

— Mel? Eu sei que me podes ouvir — disse ele, com sua voz esbelta, esta sim era a voz de um verdadeiro Anjo. — Já chega de agonia,  já chega de luta, eles terão o que merecem.

— Pfuuu— Ryam suspirou.

Voltou o olhar lastimável para Luzel.

— A ti, não sei o que dizer. — disse o Anjo.

O Anjo juntou seus três dedos junto com o polegar, erguendo o indicador para o altos céus, abaixou e fez um corte no chão com o seu dedo gerando uma fenda.

Dela já não saira o vapor extansiante de outrora, desta vez era puro calor, como o de um vulcão ativo.

Todos os anjos e demônios ficaram aterrorizados.

"Esse lugar não, tudo menos isso" pensou Sonel.

— Não, eu não volto para esse lugar, não — rezingou apavorado.

O Anjo estendeu suas duas mãos para eles, e de dentro das mangas da sua túnica saíram vinte correntes, direcionando-se a todos os anjos e demônios incluindo Sonel.

Todos foram acorrentados nos seus tornozelos, gritavam de pavor, tentando escapar fracassadamente. O Anjo puxou-os a todos e os pós um após o outro na fenda.

O ASSASSINO DO ALÉM Onde histórias criam vida. Descubra agora