— O quê? — Daise arregala os olhos. — Você transou com esse cara?
— Isso mesmo! E eu esqueci o nome dele. Acredita?
— Amiga! — Ela vira o meu rosto para ela. — Porquê tinha que ser alguém de olhos castanhos? Agora eu vou torcer para vocês ficarem juntos.
— Só porque ele tem olhos castanhos? — Rio.
— Ele beija bem?
— Você não está entendendo a gravidade da situação, está?
— Você não quer voltar a ver o cara? — Pergunta como esse fosse algo estúpido.
— Claro que não!
— Porquê? Você fez algo de errado? Ele fez?
— Não! Só não quero vê-lo, mas acho que vai ser impossível já que estudamos na mesma universidade. — Suspiro. — Tanta má sorte vem de onde, Daise?
— Você acha que é má sorte? — Ela ri. — Amiga, no meu mundo isso é uma sorte grande do caralho!
— Você não está ajudando! — Dou um tapa no seu braço, mas ela não reclama porque está olhando para o olhos castanhos. Se ela quiser, pode ficar com ele.
— Meu Deus! — Ela alarga seu sorriso. Ela é doidinha!
— O que foi agora?
— Ele está vindo para aqui!
— Não! Não! — Olho para ele, que está vindo até nós em passos rápidos.
Azar bate sempre na mesma porta!
Pego na minha bolsa e levanto um pouco atrapalhada, mas Daise puxa o meu braço e quando volto a me virar, bato com o rosto no peito dele.
Não acredito que isso esteja acontecendo!
— Oi, Rachel! — Ele sorri.
Isso seria menos embaraçoso se a gente não tivesse transado e seria menos assustador se ele não soubesse o meu nome. Eu nunca tinha visto ele além de ontem!
— Oi! — Olho para cima, para seus olhos castanhos. Que situação!
— A gente pode conversar? — Ele sorri.
Conversar sobre o quê?
— Olha...
— Shane.
— Shane, como você sabe o meu nome?
— Isso é mesmo relevante? — Ele arqueia a sobrancelha. Gostaria que não tivesse feito isso.
Meu Deus!
— Tem razão. Eu preciso ir embora. Não é, Daise?
— Sim. Temos que organizar muitas coisas, muito trabalho para fazer. — Ela responde.
— Adeus, Shane! — Quero passar, mas ele não deixa.
— Eu disse para não tornarmos isso estranho. Se você quiser podemos fingir que não aconteceu nada.
— Claro que não! Eu só quero ir descansar.
— Não se preocupe que será rápido. — Ele segura a minha mão e me leva para longe de Daise que está sorrindo e mostrando os polegares para cima.
Que grande amiga que eu tenho!
— O que você quer? — Pergunto.
— Pergunta errada, pequena! — Ele cruza os braços. Espera! O que foi que ele me chamou?
— O quê?
— A gente devia conversar sobre ontem. Não me pergunte o que eu quero porque ontem a gente não terminou.
— O que a gente não terminou? Se bem me lembro, você foi embora!
— Você disse que não queria saber o meu nome. Você nunca tinha me visto?
— Claro que não!
— Pois, eu sim. Tenho observado você há muito tempo! — Ele diz de um jeito... sinistro.
— Você é um psicopata?
— Se eu sou, ainda não descobri. — Ele tira os óculos e morde para piorar a minha situação.
Eu deveria ficar assustada ou deveria rir? Sinceramente, estou indecisa.
Vamos terminar com isso de uma vez!
— O que você quer?
— O que eu quero? Você acha que é só transar com as pessoas e desaparecer?
— Você não está me cobrando um compromisso, está? — Consigo rir um pouco.
— Claro que não. Só acho que devíamos ser amigos. O tipo de amigos que você quiser.
— E eu que pensava que você era santinho!
— Digamos que depois de ter o coração quebrado, me transformei em outra pessoa. — Ele volta a pôr os óculos.
— Não quero ser sua nada. Porquê não pode ser como todos os homens e fingir que a noite de ontem não aconteceu?
— Eu disse que não sou como todos os homens. E um dia você vai entender isso. — Ele se aproxima para beijar a minha testa.
E vai embora mais uma vez, e novamente ele me deixa confusa. Eu gostaria de saber se o universo faz de propósito.
Viro para olhar para Daise. — Foi um prazer, Shane! — Ela acena para o olhos castanhos e vem ao meu lado.
— Nem uma palavra! — Digo, mas ela pergunta mesmo assim.
— Porquê tratou ele desse jeito? Não se trata assim pessoas bonitas, Rachel. O universo vai castigar você. — Caminhámos para o estacionamento.
— Você pode calar a sua boca? — Tento não olhar para trás.
— Desculpa! Estou apenas sendo sincera! — Ela olha para trás. — Ele beijou você! Eu vi o jeito que ele olhava para você.
— Não quero saber!
— Você é feita de pedra?
— Depois eu conto tudo, Daise, mas agora CALA A BOCA! — Digo sem paciência.
— Aí! Tudo bem.
Encontramos o meu carro e subimos. Ligo os motores e aperto o cinto. Daise fica mexendo no celular enquanto eu dirijo. Ela devia me ajudar a me livrar do olhos castanhos e não se distrair. Mas tenho a certeza que vou encontrar uma solução. Já me livrei de muita gente.
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Completamente quebrados
RomanceLivro VI História de Shane e Rachel Rachel era uma criança quando viu seu pai ser morto pelo homem que ela mais odeia: Jacob Evanovisk. O mesmo cuidou dela desde então e a integrou na sua organização do inferno. Agora Rachel está fugindo e es...
