17. Jornalistas no castelo

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Estava agora indo na direção da multidão que estava posta ao castelo, gritando e tirando várias fotos com suas câmeras, os flashes apareciam pelas janelas, em pleno entardecer, ao sair na porta, por mera curiosidade, vi meus olhos doerem por causa da luz, tudo estava em câmera lenta, eu ouvia perguntas.

"Por que desistiu do trono?"

"Por que ainda está no castelo?"

"Por que não quis se tornar a rainha de Willows?"

Tentei olhar pela multidão, mas os flashes das câmeras atrapalhavam meu foco, tudo estava ficando tão embaçado.
Senti meus pés andando para frente, não sei o que estava fazendo, eu só seguia para frente. Mãos fortes se enrrolaram por minha cintura me puxando para dentro do castelo e fechando as portas.

O que estava fazendo?! - era Charles.

Minha visão ainda estava embaçada, estava tentando focar em algum ponto, algo que estava vindo em minha direção, e então eu vi, Gustavo, ele vinha, mas estava com o rei.

O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO?! - a voz de Sidney apareceu derrepente, me assustando, enquanto eu permanecia parada encostada na porta.

Nada. -

Nada? Por que você saiu Amélia?! - ele se aproximou de mim - me responda!

Eu não sei! Foi puro instinto! - falei pra ele, mas claro, o rei não me parecia satisfeito, ele agarrou meus braços o apertando, enquanto eu, eu não fazia nada, não sabia o que estava acontecendo, não me sentia bem, nada bem, não conseguia nem respirar direito, eu poderia estar morrendo ali, mas ninguém percebia nada.

Solta ela! - o príncipe ordenou - EU MANDEI SOLTAR ELA! - ele gritou segurando a mão do rei e o olhando com ódio. - SOLTE-A!

ele me soltou e eu caí nos braços de Charles, estava fraca.

Pude ver o rei olhando idiguinado para o filho e depois saindo para a multidão, talvez, para tentar explicar o que havia acontecido.

Amélia! - o príncipe segurou minhas mãos e me olhou preocupado - você está quente. E está soando muito... - ele disse passando as mãos por meu rosto - você está bem?

Eu... Não sei... -

Ele me colocou em pé e passou meu braço sob seu pescoço e depois saiu andando, meus pés quase que arrastavam pelo chão.

O que está fazendo... Não... - nunca pensei que poderia ser tão difícil de respirar - não podemos... Ficar... Juntos...

Eu sei - ele disse

Então... O que está... Fa...zendo? -

Fique quieta, certo? Eu estou salvando sua vida, você não está bem, precisa de ajuda. - e então depois de um tempo eu comecei a puxar o ar e a ficar completamente nervosa

O que... O que... Gustavo?!.. eu vou... Morrer?!.. - eu estava completamente nervosa.

Não! Não vai! - ele abriu alguma porta e depois outra, me segurou forte já que eu quase me debatia, e ligou alguma coisa, comecei a escutar o barulho de água caindo - aguenta firme Amélia, falta pouco! - ele disse, depois me segurou mais perto e me afogou, eu gritava e gritava, mas depois, eu relaxei, e nisso ele me puxou para fora. Agora conseguia respirar melhor, abri meus olhos e vi que estava dentro de uma banheira.

O que você fez? - perguntei enxugando os olhos com a mão, enquanto ele parecia agradecer por algo ter dado certo.

Eu te salvei. - ele disse - você estava tendo uma espécie de ataque de pânico, estava suando, não conseguia respirar e estava quente, então eu pensei que talvez a água resolvesse, ela deixaria seu corpo mais frio e abaixaria a sua pressão e temperatura, fazendo com que você ficasse mais calma e se concentrasse em apenas respirar, e também te afoguei um pouco, segurar a respiração por alguns segundos ajuda o ataque de pânico passar. Bem... Deu certo! - ele sorriu

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