29. A princesa é cúmplice

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Quem foi? Responda! - Gustavo estava estérico

EU NÃO SEI! Mas não foi Gardênia! -

Vamos guerreiros! Vamos embora! - ele disse vindo em minha direção

Esperem! - a princesa gritou - acho que sei quem foi...

O quê? -

Eu falo... Mas só para ela. - ela apontou para mim

Uma mulher? No exército? - a rainha parecia surpresa

Sim. A princesa está no exército. - eu larguei minhas armas - saiam, e me deixem a sós com ela. - e assim fizeram - quem foi?

Acho que meu irmão... Ele partiu há meses atrás, faz quase um ano... Nunca mais tivemos notícias dele, e durante sua partida ele levou alguns de nossos cavaleiros... Talvez eu saiba para onde ele foi... -

Para onde então? -

Ele queria governar, e não poderia já que eu sou a mais velha. Quando meus pai morressem eu assumiria o trono, e ele não gostava nada disso, por isso foi embora... Meu pai o odeia e minha mãe tenta entender os motivos dele. Nunca mais tocamos no assunto... Segredos reais. -

Por favor princesa, sem enrrolacão, diga para onde ele foi e quem ele é.  - ela parecia querer não contar - se não vai dizer eu vou embora. - me virei para sair e ela agarrou meu braço

Você é incrível... Veio de tão longe, e lutou, é uma princesa... Talvez eu deva confiar em você. - ela me olhou seriamente - prometa não matá-lo.

Não posso prometer nada. - seu olhar abaixou, mas reergueu a cabeça novamente

Certo. Ele foi para Willows. Seu nome é Júlio César. - e ela se afastou

Júlio César... Júlio César... César... - eu não conseguia pensar em quem era, até que então a imagem de alguém veio em minha cabeça - Júlio! - ergui os olhos, ele era o príncipe! O rei estava tão ferrado! - Júlio! GUSTAVO! GUSTAVO! - corri até a porta e eles me olharam querendo uma resposta, corri para fora com eles vindo atrás de mim - é Júlio, e ele está em Willows, atacamos o lugar errado, e o lugar certo estava bem abaixo do nosso nariz!

RECUAR! RECUAR! - Gustavo gritava enquanto íamos até os cavalos, se não estivessem mortos.

Subimos neles e corremos para fora da cidade, alguns vinham a pé, bem atrás de nós.

O batalhão estava menor, se antes tínhamos quinhentos guerreiros, agora se tivéssemos cem era demais.

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A volta parecia mais perto que a ida, e demorou apenas quatro dias, talvez pela nossa pressa.

O que é aquilo? - Diego apontou para a cidade

A meu Deus! - levei o cavalo até Gustavo - Gustavo, estamos nas cidades, e tudo está deserto, não há ninguém nas ruas. - ele olhou ao redor

Devemos ir lá e perguntar o que está acontecendo. - assenti, e então seguimos em frente, desci do cavalo e bati em uma casa, mas ninguém respondeu, eu podia escutar um barulho vindo lá de dentro, Gustavo chegou ao meu lado e segurou minha mão.

É o príncipe Gustavo, ordeno que abra a porta. - e depois de alguns minutos eles cederam

Vossa alteza... - a família se curvou enquanto tremia

O que está acontecendo? - ele perguntou - por que não há ninguém nas ruas?

O castelo foi atacado, e a cidade também, não comemos a dias... Nossa comida acabou e não podemos sair... - o homem disse com voz fraca

Faça com que saiam, e se alimentem, eu acabarei com isso. - ele fez sinal para que fôssemos até os cavalos - a situação está pior que o imaginado... eu não sei o que faço Amélia...

É simples, lute. - subi em Max II e anunciei - o castelo está sob ataque do inimigo! Então se preparem para mais uma luta! - e os cavalos começaram a correr procurando um rumo por onde ir.

Eu só havia ido ao castelo de avião, então não sabia por onde me locomover, mas Gustavo sim, ele estudou todos os mapas, ele sabia muito bem qual caminho seguir, e nós confiavamos nele.

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