27. DIA SETE

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E o dia era hoje, o dia em que tudo se resolveria, eu não sabia o que estava acontecendo no castelo, mas também não queria saber. Tentei esvaziar meus pensamentos para seguir em frente, eu já tinha chego até aqui, não voltaria atrás. Agora minha visão estava a frente, a frente de tudo isso, minha vida estava bem a minha frente, e eu ia passar por ela daqui a pouco.

Amélia, eu só queria ter a sua resposta... Antes de tudo isso... - estávamos parados, olhando o castelo ao longe, bem escondidos.

Agora não. -

Como não? -

Não é um bom momento Charles! Agora, não. -

Fale logo! Eu posso morrer nesse campo sem saber, eu... eu queria uma resposta antes disso tudo... - eu o olhei, se ele queria uma resposta, uma resposta iria ter.

Certo. Ontem eu percebi que você é uma ótima pessoa, e que eu amaria te amar mas... infelizmente, meu coração pertence a outro homem, e você sabe muito bem quem é. - e ele não disse nada, apenas ficou calado, e eu também.

VAMOS ATACAR! - gritaram e então todos os cavalos começaram a correr, e um mutirão de Willianos estavam atravessando o rio vitória de uma vez só.

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*Reino de Gardênia* (narradora)

Mas o que é isso? - um dos cavaleiros do castelo estava notando um movimento estranho na floresta, e logo em seguida viu um ataque.

O exército de Willows? - um outro perguntou observando com uma luneta.

O exército de Willows está atacando! Avisem ao rei! Avisem ao rei! Protejam o castelo! - era fácil dizer que era de Willows, as armaduras willianas eram feitas sempre com o mesmo modelo, traços grosseiros, e pesados.

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Senhor meu rei! - o cavaleiro entrou correndo na sala do trono

Diga. -

O exército de Willows está atacando! Devemos proteger a família real! -

O quê? Mas porque?! - o rei se levantou de seu trono e foi até a janela, notando de longe, um monte de pessoas montada a cavalos atacando Gardênia

Não sabemos senhor, é realmente um mistério. -

E minha esposa? E minha filha? -

Já estão as procurando, daqui a pouco a rainha e a princesa estarão aqui, manteremos a família real segura na sala do trono! -

Papai! O que está acontecendo? - a princesa correu até ele, o abraçando

Eu não sei querida... - o rei olhou desesperado para ela e sua mulher

Mas e Júlio pai?! - a princesa parecia levemente assustada

Melissa, querida, ele não está aqui, e provavelmente nunca voltará, então não pense nele! Júlio é uma mancha para o nome de nossa família! - sua mãe pegou em seu ombro, dizendo que não era hora para mais perguntas sobre seu irmão

Meu rei! Precisamos da sua concessão para atacar. - o cavaleiro falou, ofegante de tanto ter corrido até chegar alí

ATAQUEM! -

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*Castelo de Willows* (narradora)

Willows estava uma bagunça, todos do povoado sabia do ataque ao castelo, e sabiam que o rei estava mantido preso lá dentro, ninguém podia entrar ou sair, ninguém de fora sabia o que acontecia lá dentro, e ninguém de dentro sabia o que acontecia lá fora, mas uma coisa era certa, quem mantinha o rei de refém estava apenas esperando a chegada do príncipe.

O povo estava preso dentro de suas casas, ninguém saía até segunda ordem, e isso já estava acontecendo a dias, mulheres e homens, adultos e crianças, sem comida e sem ver uma luz, e por momento, todos eram iguais.

Dentro do castelo era um pouco mais diferente, ainda presos, é claro, só aguardam a chegada do príncipe, um ato burro, mas nem todos tem noções de guerra.

Vocês devem estar se perguntando como isso aconteceu... Bem, eu vou explicar.

Era de tarde, e derrepente invadiram a porta da sala do trono, mais de dez cavaleiros entraram bruscamente, todos homens do rei. Sidney se levantou de sua cadeira, e via pelo canto do olho, os quatro cavaleiros de dentro da sala tentando lutar com os outros dez, ele correu pela porta de saída, logo atrás de um corredor a alguns passo do trono, e quando chegou a sala viu seus homens mortos, em todo lugar do castelo havia sangue, os empregados estavam todos escondidos, em algum lugar que ele não conseguia ver, os poucos que via estavam mortos sob seus pés.

E então, ele ouviu passos a suas costas. Ele se virou lentamente, sem falar nada, viu que alguém vinha em sua direção, e quando reconheceu quem era, pela primeira vez, teve uma surpresa.

VOCÊ? EU TE DEI TUDO! - ele gritou

Infelizmente, rei, um príncipe quer um trono. E você não me deu isso. -

Príncipe? - ele riu - Príncipe de onde? Você é só um menino sonhador Júlio! - ele gritou e pegou uma espada ensanguentada que havia no chão, correu na direção de Júlio, e derrepente caiu com dor, haviam desferido um golpe em sua costela, e depois Júlio deu um soco em seu rosto.

Um rei vagabundo. - ele virou para seus seguidores enquanto Sidney tentava se reerguer - tirem esse verme daqui, estanquem esse sangue e o prendam na torre mais alta do castelo. Ele não pode morrer... Ainda.

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