28. Ataque a Gardênia

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ATACAR!!! - estávamos terminando de atravessar a ponte, agora estávamos muito perto, a população se escondia dentro de suas casas enquanto corríamos de pé, ou a cavalo, notei que os cavaleiros do rei estavam saindo pelos muros do castelo, em nossa direção.

O primeiro batalhão havia chegado, e de longe já se ouvia o tilintar das espadas, me assustei quando vi um flecha passar extremamente perto de meu rosto.

Peguei minhas armas e desci do cavalo num pulo o deixando para trás, corri gritando enquanto pegava a espada e atacava um dos dele, o primeiro tilintar das espadas se encontrando fortemente fez subir toda a adrenalina de meu corpo. Ataquei novamente, ele desviou andando pra esquerda, sua espada vinha em minha direção, fiz minha defesa, bati a espada na sua, levei ela pra direita e chutei-o com o pé esquerdo, ele se desequilibrou, chutei-o novamente, ele caiu, virei para trás para me proteger de outro ataque, as espadas batiam de um lado, do outro, me abaixei e vi a lâmina passar por cima de minha cabeça, peguei a espada e a passei em seus pés, ele gritou, me levantei e o empurrei, deixei-o caído e corri para o castelo, estava quase chegando a porta do mesmo quando escuto um movimento vindo dos lados, me protejo.

Olhei para o homem, nossas espadas se batiam o tempo todo, ninguém acertava ninguém, dei passos para trás e segurei a espada em ataque, corri gritando até ele, ele fez o mesmo, as espadas pararam no ar e fizeram um barulho enorme, e de novo as espadas se batiam na esquerda, desviei ficando por trás dele, mas quando ataquei ele segurou minha mão e me puxou, eu praticamente voei por cima dele até acertar o chão. Meu corpo doeu, e o eco da armadura me fez ficar tonta, olhei para cima e vi a lâmina em direção do meu rosto, rodei para o lado, peguei minha espada, que estava ao chão, e ataquei novamente, fiz um giro rápido e passei a espada onde estaria sua cabeça, mas ele tinha abaixado, tentou acertar minhas pernas mas pulei, ele se levantou e eu o chutei, e chutei de novo.

Você está me atrasando! - peguei a espada e enfiei nele, depois a puxei, ele caiu sangrando.

Corri até as grandes escadas, as subindo, ao chegar ao fim empurrei a grande porta e entrei, fui pelo corredor da direita, não tinha ninguém, andei devagar para não chamar atenção, eu andava preparada para atacar e para um ataque, vi uma porta, a chutei, ela se abriu, não havia ninguém lá. Continuei andando, e achei outra porta, a chutei novamente, entrei, olhei ao redor, era um quarto em tons amarelos pastéis, havia uma janela, fui olhar por ela, um erro, me deram um chute nas costas, cai no chão longe da espada, me viraram e o homem deu um soco em meu rosto, o sangue saíndo de meus nariz não era nada comparado ao terrível eco da armadura em meus ouvidos, era a pior coisa que já havia escutado. Olhei zonza e consegui desviar de sua lâmina, na verdade, eu quase desviei, ela pegou de raspão em me braço, mas eu não tinha tempo para sentir dor, saí do chão e me levantei, corri até minha espada que se mantinha perto da janela, a segurei com as mãos, ele veio até mim, com força total minha lâmina conseguiu paralisar a sua, mas sua força fez meus corpo pressionar a janela, escutei um estalo de vidro quebrando, coloquei toda a minha força para o afastar, e consegui, ele andou cinco passos para trás... Era minha única opção. Ou eu, ou ele. Ele veio correndo e tudo que eu fiz foi correr para o lado, ele vinha na direção da janela, seu corpo enorme bateu em meu braço, me fazendo andar para trás com ele, mas eu fiquei na parede, enquanto ele e minha espada atravessavam o vidro, meu braço esquerdo doeu pela força que ele tinha exercido, o massageei, agora eu tinha uma arma a menos.

Droga! - xinguei

Fui até o espelho do quarto.

Você, fica aqui. - tirei o chapéu da armadura, aquele que cobria quase todo meu rosto

Peguei meu bom e velho arco e flecha e saí daquele quarto, mas não antes de olhar pela janela, vendo aquele grande corpo encima dos vidros quebrados.

Quando finalmente saí do quarto resolvi voltar meu caminho, voltei todo ele e cheguei a porta, dessa vez segui para frente, ao chegar no meio do salão havia dois corredores e uma escada a frente, fui pelo esquerdo, ao entrar nele vi dois homens, voltei e armei meu arco, mirei em um deles, atirei, ele gritou chamando a atenção do outro, entrei no corredor correndo para trás enquanto olhava para frente, peguei uma flecha, coloquei no arco e atirei, pegou no ombro do outro, mas eles ainda vinham em minha direção, atirei de novo, o outro caiu, e atirei novamente, pronto. Agora andei para frente, e passei por cima dos corpos, corri até achar uma única porta, a abri e dei de cara com a sala de jantar, entrei na mesma, era enorme, derrepente começaram a surgir homens, eu atirava enquanto alguns tentavam chegar perto de mim, subi na mesa de jantar, e fui andando por cima enquanto atirava as flechas, tinha derrubado dois, faltava os outros três, senti uma enorme dor na coxa e quando olhei vi uma flecha nela, mirei para o lado, perto de uma porta que estava entreaberta, fechei um dos olhos e vi o rosto de um homem, atirei, e escutei um grito.

Cuidado! - olhei para frente, era Charles e mais dois homens chegando para me ajudar, ótimo.

Arranquei a flecha e dei um enorme grito, os homens me olharam percebendo que eu era uma mulher.

Ela é uma mulher! - os homens de Gardênia disseram - É a princesa!

Sim. Eu sou. - pulei da mesa e desequilibrei, por causa da perna, Charles me segurou

Droga Amélia! -

Eu vou ficar bem - notei um homem vindo com a lâmina pra cima de Charles, peguei meu arco e atirei uma flecha na cabeça dele. - por que não me quer?

Não é hora Charles! - me abaixei e abaixei Charles quando vi uma espada ser jogada em nossa direção, foi por pouco.

Por que? -

Não é hora! - gritei - vamos acabar com isso! - me levantei e saí dali mancando, comecei a subir as escadas puxando o corremão com dificuldade. Charles chegou por trás me dando um susto e me segurando pela cintura, me ajudando a subir, depois de muito tempo chegamos ao lugar que queríamos, entramos em mais corredores e passamos por muitos corpos, mas chegamos a sala do trono. - Charles... Você entra com a espada, você pode correr e pode andar... Eu vou ficar escondida aqui pela porta atirando com a flecha. Certo?

Certo. -

Sentei no chão em um lugar estratégico perto da porta aberta, havia barulhos de espadas se chocando e de gritos, atirei em pelo menos três antes de perceber que as flechas tinham acabado, droga! Olhei meu corte, não era fundo, e já tinha parado de sangrar, graças a armadura a flecha não perfurou muito. Me levantei e peguei uma espada que estava no chão, perto de um morto, entrei e fui ajudar. Gustavo lutava para um lado, Charles para outro. Diego! Ele estava aqui também! Estava vivo! Entre outros dois homens.

Demorou muito para que acabassemos com todos eles.

Fechem as portas! - Gustavo ordenou, e Diego fez isso. O príncipe se dirigiu para detrás do trono e de lá puxou o rei, que saiu tremendo, e logo em seguida sua filha e sua mulher saíram também - eu tenho perguntas para você.

Então por que não veio pacificamente? Precisava destruir meu exército?! - ele gritou - perdi vários homens há alguns meses!

Eu não precisaria destruir seu exército se o senhor não tivesse mandado homens para acabar com Willows! - o rei demonstrou uma enorme surpresa

Como? -

O senhor mandou seus homens infiltrados em Willows! -

Eu não mandei ninguém! - ele gritou empurrando a mão de Gustavo

O quê? -

Eu não mandei ninguém para Willows! Temos um acordo de paz! Eu não iria quebrá-lo! - ele disse

Então quem foi? - visualizei a família real, aquilo parecia ser verdade, então... Eles estavam falando a verdade! Mas quem era? Quem foi? Ele estava no castelo!

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