08. Um plano de fuga

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Estava uma correria no castelo, por mais que odiasse a ideia de me casar com o rei eu estava gostando de os preparativos me manter ocupada, assim eu podia passar menos tempo com ele e mais tempo com Gustavo, já que ele fazia questão de estar comigo, quando a noite caía, ele passava em meu quarto, e nós nos beijávamos, era incrível, porém comprometedor, Freya não desconfiava de nada, aliás, ele só passava lá quando não havia mais ninguém pelos corredores.

Minhas aulas de luta, era difícil conseguir um tempo, mas eu tentava de todas as formas ter um, Charles era paciente comigo, e gostava de conversar, ele era incrivelmente legal, legal demais, se eu não amasse Gustavo, poderia jurar que estaria apaixonada por ele, de alguma forma.

Freya estava mais próxima de mim, eu estranhava o fato dela me chamar de filha, as vezes, mas nunca perguntei o porquê, talvez ela me ache parecida com sua falecida filha... Gabriela, descobri o nome dela esses dias.

Agora eu estava esperando Gustavo, faltava três dias para a cerimônia, e eu estava certa de minha resposta, não.

Porém, algo dentro de mim, dizia que iria sofrer muito por causa disso, mais do que estava sofrendo, algo iria acontecer, algo que iria mexer comigo, e eu não estava preparada para isso.

Gustavo! - falei surpresa ao vê-lo

Por que a surpresa? Eu sempre venho! - ele riu e fechou a porta, eu o abracei e o beijei, não fazíamos nada a mais que isso, era só beijos e abraços, conversas e muito, muito carinho.

Era bom.

Eu te amo, amo muito... - disse a ele, depois de um tempo, estávamos deitados na cama, olhando para o teto, enquanto a janela ao lado, iluminava o lugar.

Eu te amo mais, muito mais... - ele falou e me olhou, o olhei também, se encaramos por um tempo e rimos.

Isso é um erro... - falei por fim.

De novo isso? Durante esses quatro dias que venho aqui, você fala que o que estamos fazendo é errado. - ele disse

E não é? -

É claro que é... - ele respirou fundo - mas não tenho culpa por ter me apaixonado pela futura esposa de meu pai...

É complicado não é? - perguntei - eu sempre imaginei como seria amar alguém, eu me imaginava em um parque cheio de flores, correndo ao ar livre, e acabando batendo em alguém sem querer, eu pediria desculpas, nossos olhares se cruzariam, e eu me apaixonaria, depois de uns tempos nos veríamos de novo, e marcariamos um encontro, continuavamos a nos encontrar e quando eu piscasse estaríamos namorando, e depois formando uma família...

Parece uma fantasia... - ele falou rindo, dei um tapa leve nele - um conto de fadas! - ele riu

Num país onde temos um castelo, e outros reinos, príncipes.... E reis... Acho que esse meu sonho não pode ser considerado uma fantasia. - disse a ele o encarando - mas olhe o que aconteceu, minha mãe me vendeu ao rei, e eu me apaixonei pelo filho dele. Logo o filho dele... Não podia ser um guarda do castelo? - brinquei com ele, ele pareceu não gostar

Esta falando do Charles? - perguntou enciumado

Ele seria um ótimo partido. - brinquei novamente

Ficou um silêncio por um tempo.

Mas é sério... Gustavo, eu vou ser sua madrasta, não acho que tenha escolha, eu não posso, não podia te amar, eu vou ser a esposa de seu pai. -

Mas você pode dizer não. -

Eu sei. -

Mais silêncio se formou.

Eu irei me casar daqui a três dias... -

PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora