O dia de hoje foi cansativo, mais aulas de etiquetas, mais estudos sobre a política.
Eles contrariam minha opinião e ainda querem me fazer rainha.
Não entendo essas pessoas.Senhorita, entenda, quando você for rainha seu dever não será apenas o povo, precisará de fundos, e vai tirá-los das pessoas lá fora. - ela disse
Claro que não, se temos tantas riquezas que podem ser usadas para o povo, porquê tirar deles o que não tem? O que ganharemos com isso? O castelo já tem muito ouro por toda parte, e ninguém faz nada com eles. Seria um tremendo desperdício pegar mais riquezas. Isso é só luxúria? Não quero isso, eu quero ajudar quem tiver lá fora. Se crescessemos a economia, se eles tivessem mais fundos, mais saúde, educação e bem estar, tudo seria diferente. Willows pode ser um reino rico, mas só no castelo, as riquezas que ganhamos não vão para quem precisa. O castelo é feito de tijolos e cimento, ele nunca disse um obrigado por ganhar tanta coisa. Mas se ajudassemos quem realmente é de carne e osso, teríamos toda a confiança, e é disso que se faz um governo, de confiança. - falei já estressada. Eu não tinha que estar alí explicando o óbvio para ela.
Você não está compreendendo senhorita, quanto mais dinheiro, mais poder. - ela prosseguiu com seu pensamento ignorante.
Poder também se conquista minha senhora, ele não precisa ser nescessariamente comprado! - a respondi - esse tipo de governo que o rei faz é errado, é um sistema corrupto, existem países lá fora que estão acabados, tudo pelo poder! Não temos que associar dinheiro a isso! Dinheiro pode ser mais que isso! Ele pode significar vida boa para todos! Não só para os nobres! - disse por fim.
Certo. Acabamos por hoje. A senhorita não pensa como o rei. Deus me guarde de um dia subi ao trono ao lado dele. - ela falou pegando o livro que havia me emprestado.
Subir ao lado dele não está em meus planos. - ela não compreendeu mas também não perguntou nada referente a isso.
O jantar estava sendo um pesadelo, ninguém falava nada, e só de ouvir a respiração de Sidney eu ficava incomodada.
Como foi as aulas de etiquetas? - ele perguntou
Normais. - respondi
E a aula sobre política? -
Chata. -
Me disseram que você tem opiniões contrárias das minhas. -
Com toda certeza. - eu o lancei um olhar ameaçador. Fez-se mais silêncio. Gustavo não aguentava olhar para o pai dele, ele sentia nojo, dava para notar.
Usando vestido de manga longa. Algum motivo especial? -
Não lhe interessa. -
Ele tentou puxar meu braço para subir as mangas, mas eu o puxei de volta.
O QUE É? VIROU MEU PAI AGORA?! -
ABAIXE O TOM PRA MIM MENINA! -
ABAIXAR O TOM?! NÃO ME MANDE ABAIXAR O TOM! -
QUEM VOCÊ PENSA QUE É? -
QUEM EU SOU?! - eu ri em deboche - EU SOU APENAS UMA MENINA INFELIZ, QUE MORA NUM CASTELO INFELIZ, E ESTÁ JANTANDO COM UM REI INFELIZ, E QUE TEM UMA VIDA INFELIZ E MEDÍOCRE! - gritei com ele - você é uma pessoa muito ruim Sidney, é uma pessoa horrível, é um egoísta, egocêntrico e nojento. Não se importa em passar por cima das outras pessoas, não se importa em magoar ou machucar outras pessoas para ter o que quer, nem que isso seja tentar violar alguém. E sabe por que você faz isso? - eu me levantei - porquê você é um medíocre, e tenta se confortar com algo, mas não tem nada! Nada! Nada nesse mundo que vai te fazer feliz! - eu estava apontando para ele - porquê nada consegue ser tão feio, por dentro, como você é! Então, se você ousar aumentar a voz ou tentar me tocar aqui e agora - os olhos do rei ardiam em chamas do inferno. A qualquer momento poderia bater em mim, por isso usei tom de ameça para com ele - não exitarei em quebrar uma dessas taças e enfiar em seu pescoço! E te confesso. Isso é o que eu mais quero fazer! - respirei fundo, meu sangue fervilhava, e, eu estava quente, mas tentei me conter - Agora nós vamos nos sentar, vamos terminar esse jantar em silêncio e depois todo mundo vai sair como se nada tivesse acontecido, porquê eu estou com fome, e não vou perder de comer algo gostoso só por desgosto de você. - me sentei na cadeira e olhei para Gustavo, ele parecia surpreso.
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Prometida
Ficção Histórica🏅#6 em tragédias O castelo é trágico e doce, ele é agonizante e silencioso, as paredes guardam horror e beleza. O horror do sangue, das mortes, das tapas, dos abusos... E a beleza dos amantes, dos beijos, do calor de dois corpos. Eu sou Amélia, e...