Luz, câmera e rock n roll - Ben Hardy

Piquenique

  Acordei com o toque do meu celular.

-Alô? –Atendi sem nem olhar quem era.

-Bom dia, dorminhoca! –Era a voz de Ben.

-Bom dia! –Sorri ao perceber que era a voz do loirinho. –Que horas são?

-São 9h, ou seja, tarde. –Respondeu.

-Tarde? Você só pode estar brincando! –Revirei os olhos.

-Se arruma. Daqui 40 minutos eu passo aí. –Ben disse.

-Ok... onde vamos? –Perguntei.

-Surpresa! E, não precisa tomar café, vamos tomar juntos.

-Tudo bem, então... –Onde é que ele vai me levar?

-Beijos.

-Beijos. –Desligamos o telefone.

Tomei um banho rápido. Coloquei um vestido levinho e passei uma maquiagem sutil. Estava passando o batom quando Ben chegou.

-Oi! –Dei um selinho no loiro ao entrar no carro.

-Oi. Está bonita! –Ele deu um sorriso.

-Obrigada. Você também! –Quando ele não está? Fala sério. –Onde vamos?

-Quando chegarmos você vai saber... –Fiz bico. –Falta pouco. –Ele riu.

Conversamos um pouco durante o caminho sobre faculdade. Ele me contou como foi para ele o seu momento universitário.

Ben estacionou o carro. Pude perceber que tinha muitas árvores ao redor. Acho que estávamos no Regent's Park.

-Estamos no Regent's Park? –Perguntei.

-Sim. –Ben respondeu enquanto tirava uma cesta do porta-malas. –Vamos fazer um piquenique.

-Sério? Ben, eu adoro piquenique! –Eu batia palmas de felicidade.

-Você comentou mesmo que gostava muito de ir ao parque com sua família fazer piquenique, então eu achei que você iria gostar da ideia.

-Eu amei! Estava com tanta saudade de fazer isso.

Ben era um doce de pessoa. Eu estava encantada por ele! Que gentil da parte dele fazer isso por mim.

Quando eu morava no Brasil, eu e minha família íamos um domingo por mês ao parque Ibirapuera fazer piquenique. Eu amava fazer isso! Que saudades do meu país São Paulo.

-Você quem preparou? –Apontei para a cesta.

-Bom, eu comprei as coisas na padaria e coloquei na cesta, então...

-Ben, você é um amor! Obrigada. –Dei um selinho nele.

Escolhemos um lugar e estendemos a toalha. Ben tinha trazido bastante comida.

Conversamos sobre muitas coisas da vida enquanto comíamos. Ben era muito inteligente e sensível. Mais um dia e eu me apaixono de vez. Às vezes, durante as conversas, eu ficava me perguntando qual era o defeito daquele homem? Ele era bonito, cheiroso, gostoso, gentil, educado e carinhoso. Pelo amor de Deus, ele não existe!

Ficamos por horas conversando, até que resolvemos ir embora.

-Você ainda não conhece meu apê, né? –Uhh, eu adoraria conhecer, pensei.

-Ainda não. –Fiz biquinho e ele riu.

-Vou te levar lá, então.

Juntamos nossas coisas e fomos.