Capitulo IX

493 50 100
                                    

Música do capítulo
na multimídia

Boa leitura!!

***

L.A, Califórnia
Residência dos Collins
6:40 PM.

Por que eu fui aceitar sair com ele logo hoje? Pensava comigo mesma enquanto estava deitada na minha cama apenas de calcinha e sutiã. Passei os últimos 40 minutos revirando o quarta roupa a procura de uma roupa que prestasse e cá estou eu quase mandando mensagem para Nick com alguma desculpa para que não fosse nesse maldito encontro.

Grunhi frustrada.

- Nos últimos 40 minutos você fez esse barulho mais de dez vezes - minha mãe apareceu na porta - O que aconteceu ?

Me sentei.

- Eu vou sair com um amigo hoje e não acho nenhum roupa que eu goste - falei emburrada.

Seus olhos brilharam. Eu e minha boca grande.

- Você vai a um encontro ? - perguntou animada se sentando do meu lado.

- Claro que não, mãe. Ele é só um amigo da escola.

- É aquele do cachorro ? - quis saber.

- Não. É outro.

- Então é definitivamente um encontro - se levantou e começou a mexer nas minhas roupas - Experimenta essa daqui - me entregou uma camiseta azul e uma saia preta cintura alta.

Vesti a roupa me olhando no espelho, não tinha ficado tão ruim. Ela me puxou pela mão me sentando na cama e começando a arrumar meu cabelo.

- Eu conheci seu pai com a sua idade... - começou.

- Ah pronto.

- Não me interrompe, menina - deu um puxão no meu cabelo me calando - ...ele era o homem mais feio que eu já tinha visto na minha vida. Mas você sabe como é, o amor é cego. Eu amava e ainda amo ele com todo o meu coração - suspirou - Viva sua vida enquanto você é jovem. E aproveite enquanto há tempo - assenti enquanto a escutava com atenção - Vá olhar no espelho e me diga se gostou.

Olhei meu cabelo e ele estava muito lindo. Eu amava o fato de minha mãe ser cabeleireira. A agradeci e comecei a arrumar minha bolsa.

- Eu tenho uma coisa para você, faz tempo que eu tenho aguardado esse momento - me entregou uma caixa embrulhada em papel de presente que ela tirou sei lá de onde.

Comecei a abrir a caixa feliz pensando que fosse um par de brincos, anéis ou até mesmo um celular. Quando vi seu conteúdo quase caí para trás de vergonha.

- Mãe, quem que embrulha uma caixa de camisinhas ? - falei a devolvendo - E eu já disse que não é um encontro.

- Mas é sempre melhor estar preparada, a amizade de vocês jovens é muito estranha hoje em dia - me devolveu. Revirei os olhos e joguei a caixa em cima da cama.

Calcei meus tênis e escutei uma buzina. Eu e minha mãe ficamos nos encarando por alguns segundos. Comecei a correr e ela veio atrás, dei graças ao bom Deus por eu ser mais rápida.

CHANGES | nick maraOnde histórias criam vida. Descubra agora