O Inverso da Vida

Capítulo 11 Uma noite pra não esquecer

Eu fui até a casa do Dênis, geralmente avisava antes de ir, desta vez fui de surpresa, ele não estava, fiquei conversado com a mãe dele enquanto ele não chegava, ela notou meu jeito triste, perguntou se estava acontecendo alguma desavença entra a gente. Eu disse que estava tudo bem, eram apenas preocupações com meu trabalho. Ela não acreditou, parece mesmo que as mães possuem um sexto sentido.

−Olha menina, o meu filho te ama muito, eu não gostaria de ver ele sofrer por amor, se tem algo de errado acontecendo entre vocês me diga, talvez eu possa ajudar.

A intenção dela era muito boa, mas eu sabia que ninguém poderia me ajudar, aí simplesmente encostei nos ombros dela e disparei a chorar como nunca, então entendi a força dos hormônios femininos, não era uma atitude que teria na outra vida, porém agora não importava mais, minhas horas como nora dela estavam contadas, eu enrolei e não falei o que estava acontecendo, fiquei imaginando a reação dela quando soubesse que Aline terminara com seu filho sem dizer nada. −Claro minha irmã não faria cerimônia, simplesmente desapareceria da vida dele, então seria melhor eu terminar com ele dando-lhe uma satisfação antes de ter este corpo arrancado de mim. Depois que consegui controlar meu pranto disse a Maria que eu precisaria fazer uma viagem por motivos profissionais e ficaria algum tempo sem ver ela e o filho, só por isso estava triste e diária a ele nesta noite. Ela não pareceu acreditar, mas também não insistiu no assunto.

Dênis chega e quando me fica intrigado, eu me aproximo e dou-lhe um beijo bem longo, digo que estava com muita saudade por isso vi sem avisar, conversamos alguns minutos com a mãe dele e depois do Dênis fazer seu lanche vamos para o seu quarto.

Aquela seria a nossa última noite, então decidi fazê-la inesquecível. Eu havia comprado um lingerie erótica, uma roupa super sexy. Lembro que Denis tinha comentado festa seu fetiche, então fui ao banheiro, lá tirei a roupa da bolsa e me vesti, era um espartilho com liga para ele ficar louco, pois tinha me falado nesse fetiche numa outra noite. Quando retornei ao quarto os seus olhos de arregalaram aí me ver dancei sensualmente como tinha visto em filmes, ele ficou maravilhado.

Me aproximei rebolando, fui esfregando minha bunda na cara dele, que logo me agarrou e meu traje começou a tentar arrancar meu traje, não deixei, o beijei ardentemente como nunca, fui descendo a língua por seu corpo, até chegar a parte mais sensível dos homens. Então segurei e comecei a chupar com todo tesão até ele ficar duro como aço.

Dênis me joga na cama, me coloca de quatro, puxa minha calcinha e chupa minha buceta já toda úmida, me dando um tesão danado! Depois ele me coloca de quatro e começa a me comer freneticamente. Esqueci todos os problemas naquele instante e dei para ele por toda a noite, até mesmo o que ainda não havia liberado, ele ficou extasiado enquanto comia minha bunda. Senti uma dor densa, mais gostosa. Rebolei sobre seu falo até que finalmente despejou seu delicioso leite em mim. Eu engoli tudo sem frescura, depois abraçamos nos, nos beijamos e ele adormeceu. Fiquei olhando para ele, pensando em como dizer que aquelas sensações não de repetiriam, porém não achei coragem. Era duro demais aceitar que o destino me deu nova vida apenas para me fazer voltar a ser como era.

Enquanto ele dormia, levantei tomei uma ducha rápida e saí, deixei um bilhete escrito." Meu amor, com você encontro a felicidade verdadeira. Você me fez uma mulher por completo, porém circunstâncias além de minha vontade me obrigam a me afastar de você, não me procure mais, que esta noite fique para sempre como uma doce lembrança.

Eu não poderia retornar para minha casa, sabia que Dênis ia me procurar querendo uma explicação a qual eu não saberia lhe dar.

Procurei uma hospedaria para passar meu último dia no corpo de Aline. O lugar não era nem um pouco luxuoso, porém discreto e confortável fui até o quarto tirei a roupa e fiquei de lingerie me admirando no espelho, vendo meu cabelo estava cumprido, meus seios fartos e durinhos e as curvas que acentuei com muito exercício, eu estava deslumbrante era a garota que sempre desejei ter, não tive mas fui por quase um ano e quando finalmente me desprendi dos preconceitos e desapeguei da antiga vida, chega o momento de dizer adeus a tudo, as minhas formas, minhas roupas e a meu amor, me deitei na cama fiquei rolando de um lado para outro até que finalmente consegui adormecer.

Não dormir por muito tempo, sonhei que eu e Dênis estamos juntos e tínhamos um casal filhos, eu amamentava o mais novinho enquanto ele me preparava um café da manhã. Trazia e me beijava, dizia o quanto me amava, então ficávamos brincando na cama. Como eu queria que aquilo fosse real, poder me entregar plenamente a uma vida como sua mulher, sendo amada, desejada e possuída pelo homem que amo, porem foi apenas um sonho, talvez um reflexo dos meus desejos ou frustrações, foi muito gostoso, mas o celular desperta e eu acordo assustada. Tudo termina por aqui, acho que assim fica melhor, volto a ser quem fui durante dezoito anos, portanto precisava ser forte, me desapegar, dos costumes femininos que adquiri, do gosto pelo belo e delicado, das emoções provocadas pelo estrogênio. Em compensação também não mas teria que sofrer com aquelas horríveis cólicas menstruais. Talvez depois de algum tempo voltando a viver como Alan eu nem lembrasse ou ainda passasse a sentir nojo, afinal aquilo seria impensável antes do feitiço. Pensando melhor eu não fugiria, voltaria a ser o melhor amigo do Denis e o convenceria a esquecer de Aline, talvez o ajudasse a encontrar uma outra namorada.

O tempo vai passando, cada minuto parece uma eternidade, eu ligo para o Roberto e me revelo pronta para devolver o corpo da Aline. Eles vêm ao meu encontro, eu entro no carro do Roberto, vou sofrendo enquanto Aline tem a felicidade estampada nos olhos, ela me abraça, me beija ternamente e me diz:

−Não fique triste meu irmão, eu sei que você se acostumou a viver como mulher. –Eu não gosto de te magoar, mas o corpo me pertence e tenho o direito de ter minha vida de volta. –Eu disse que você não suportaria viver como mulher, estava errada, eu é que não me adaptei nem um pouco a viver como um homem.

−Tudo bem Aline, eu reconheço que fui egoísta, não tenho o direito de lhe privar de sua verdadeira vida. Foi uma tolice te me apegado a um corpo que não me pertencia, porem fico feliz te ter tido essa experiência, que me ajudará a ser um ser humano melhor, agora eu entendo as mulheres como poucos homens poderiam entender.

Ela balança a cabeça concordando, segura a minha mão num sinal de reconhecimento, que vivemos uma história mágica, cujo conhecimento ficara restrito entre as poucas pessoas que souberam do ocorrido.

O carro segue para um lugar chamado Riacho Grande próximo a Rodovia Anchieta, quando se aproximávamos das margens da represa Billings, avisto um pequeno grupo de pessoas, devem ser o tal pastor e seus seguidores.

−Eu e Roberto fizemos uma generosa doação a igreja do Pastor Abdias, ele é um homem de muita fé e poder, diz Aline confiante.

−Vocês estão pagando para ele?

−Não, apenas fizemos uma doação para as obras da igreja, respondeu Roberto.

−Tem certeza que esse homem não é apenas um charlatão?

−Claro que não, ele é uma pessoa de respeito, muita gente já o viu realizar milagres.

Roberto parecia acreditar piamente no poder do tal pastor, porem eu percebi, que poderia não ser um pastor honesto, podia se tratar de um farsante, talvez ele tenha fingindo acreditar na história que ouviu de Aline e Roberto apenas para tirar dinheiro dele. Isso não me pareceu de todo ruim, se o pastor falhasse Aline não teria opção a não ser se conformar, em ficar para sempre em sua atual forma e eu não precisaria se despedir de Dênis nem da minha vida como mulher.