Fios de ouro

14 - Sétimo dia

hello, súditos lindos do meu corashawn <3

não vou mentir que quase morri com o comentário de um milhão de escritora no último capítulo, mas seguimos fingindo que ngm lê pra não estragar tudo 

espero que gostem ^^

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Os rufos dos tambores se sobressaltavam dos gritos da multidão, o ar carregava o suspense da ocasião. Na tribuna de madeira a família El sentava-se em tronos, aguardavam o anúncio tão esperado, chegara a hora.

— Povo de El — Em gritos pediu o proclamador real, iniciava a cerimônia pública, uma diversão aos membros que vivam fora da casa real. — Hoje teremos o... prazer em assistir a mais uma decisão dos herdeiros de nossos soberanos. Que Rao guie a princesa em suas escolhas, e que seja sábia em seus critérios para com as rainhas. Vida longa à Kara, a princesa de El!

Enquanto seu nome e título explodiam na boca de sua gente, as mãos suavam em nervosismo, em minutos sua vida mudaria para sempre. O título que nasceu para conquistar só poderia acontecer dividindo a coroa, ninguém jamais conseguiria reger uma nação tão grande como El sem ninguém ao seu lado. As batidas dos tambores pareciam seguir o ritmo que seu coração gritava.

No outro polo as três garotas recriavam todas as chances possíveis de um pedido.

Em seus pensamentos, Lena estava feliz, não houve necessidade de uma batalha tão horrenda. Como a princesa havia dito, não há nada que não possa ser resolvido com amor. Depois de voltar para o castelo conversou com Sam, as duas certaram as diferenças e a camponesa assumiu a verdade, o que gerou um pedido de desculpa da Arias, não imaginava o que a amiga passava.

Seus sapatos, muito bem limpos, agradeciam por não terem ido tão longo no território El. Sua saída precisava ser vista apenas pela população do harém, uma jogada para distrair os inimigos, a informação que estava fora do desafio deveria ter atingido os ouvidos adversários, a vantagem duraria tempo o suficiente para não haverem ameaças em um dia tão importante. Lar Gand pensaria duas vezes antes de atacar novamente.

O recém promovido Allen batia os pés em nervosismo, sua patente permitia estar mais perto do objetivo de salvar a família real de toda e qualquer ameaça, seus olhos precisavam ficar atentos a multidão abaixo de seus pés. O anúncio precisava ser rápido, seguro e bem visível, eram as únicas chances de algum habitante contemplar seus soberanos e filhos, essa abertura atraia inimigos seja eles quem fossem, por isso arqueiros e soldados muito bem treinados revistavam toda e qualquer área, afinal a família El estava fora da proteção do castelo.

Zor acenou para Kara, era hora.

Ela se levantou, sua cadeira sendo deixada para trás enquanto atravessava o palco de madeira, seus saltos eram o único acompanhante para as batidas pesadas dos músicos. Seus olhos passaram pelas ansiosas mulheres; Fabrícia, Samantha e Lena, respectivamente. As covinhas da Gales, a cicatriz da Arias e os verdes da Luthor.

Seus joelhos se dobraram, sua escolha pronta para escorrer por entre os lábios, a decisão final.

— Como Kara El me ajoelho, herdeira da coroa levanto, a partir de hoje e sempre convoco Lena Lutessa Luthor para reger meu reino, minha família e meu coração.

Há tempos atrás, o herdeiro que participava não precisava se ajoelhar, pedir e esperar, porém a tradição dava ao outro lado a alternativa de negar, rejeitar um título tão pesado como o proposto.

Por longos minutos ela não soube falar, aceitar ou negar, sua boca se fechou para enviar energia a seus periféricos que tremiam, não aguentaria tanto tempo em seus saltos e correndo o risco de despencar. De joelhos para si, a herdeira da terra onde nasceu, Kara oficialmente recitava a frase que selava parcialmente seu destino.