33 - Preocupações

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Hello súditos, reta final pra mim no ensino médio, medo de não ter tempo pra respirar na facu, imagine escrever :( Espero que gostem <3

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Alexandra correu pelos corredores do Castelo Solare, um mau sinal, a última aparição da princesa em pés ligeiros fora aos oito anos, Kara aos nove e Luara tentando alcança-las com seus pés de seis anos, tudo para escaparem das amas e ordenarem para os cozinheiros que fizessem uma sobremesa na fora de hora. Mas, diferente daquela época, Luara não corria atrás de Alex, nem Kara gargalhava a frente, e tudo o que a ruiva carregava era um anúncio de seus homens na fronte.

— Majestade. — Disse assim que interrompeu uma reunião de sua rainha.

Kara tremeu, Alex jamais usaria majestade se não fosse um caso de vida ou morte.

— Comandante? — A loira falou incerta, sem mais explicações, Alex entregou-lhe a carta. O brasão de El estava em cera fria partido em dois. — Agradeceria se resumisse — Pediu a loira.

— É o Oeste, todas as torres estão reportando recuo pelas ameaças daxamita. O exército inimigo está recuando, majestade. — Assim como Kara, Alex parecia totalmente cética com o relato.

A rainha de El, riu ironicamente. E antes que pudesse dizer algo, o Conselho levantou, ansioso e intrigado com o fato, teorias voaram antes mesmo de Kara processar a informação.

— Silêncio! — Estressada o suficiente, Alexandra gritou. Como crianças, os homens e mulheres mais inteligentes em luta abaixaram a cabeça e se sentaram.

— Reforce as fronteiras, aumente as chamadas para o exército — Ordenou Kara enquanto caminhava para fora da sala — Eles têm um plano, daxamitas não recuam. Eles montam armadilha, descubram qual é.

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A água quente lambia sua pele avermelhada, lavando todas as tensões dos últimos meses. Seus cabelos dourados estavam úmidos e perfumados, assim como seu corpo limpo, mas a rainha não possuía pressa alguma em sair das piscinas, dessa calmaria reconfortante.

Era tão bom aproveitar o silêncio, ignorar a crise que começara desde que a irmã correu até ela meses atrás, ignorar o silêncio do outro lado no campo, ignorar a aflição em não saber quando aconteceria algum ataque, que choramingou ao som de uma das portas se abrindo.

— Não me diga, qual o novo problema? — Questionou de olhos fechados, a cabeça apoiada na pedra fria, pronta para saltar em sua nudez e ir atrás de uma solução.

— Aparentemente, nenhum. — Seu corpo tremeu, contradizendo suas expectativas, não era Alex ou Barry.

— Lena? — Abriu os olhos, um pouco surpresa com a repentina aparição.

A morena riu, uma curva perigosa, enquanto sentava na borda do mármore, molhando os pés descalços.

— Surpresa? — Moveu os dedos pelo vestido branco simples, era um tecido de seda colado. Os olhos azuis de Kara acompanharam cada movimento, atentos com qualquer possível ataque por parte da morena. A gravidez havia deixado Lena uma verdadeira predadora sexual, e a loira era seu parto favorito.

A mais velha afundou um pouco na água, sentindo-se um pedaço de carne diante daqueles verdes flamejantes.

— Não... apenas... — Ofegou quando Lena desfez o nó do vestido, levantando pela cabeça e mostrando a pele branca leitosa. Estava arrepiada pelo frio do mármore e quente da água. A visão dos seis inchados pela gravidez e a protuberância onde seu filho crescia, fez Kara sentir-se dura, pronta para ser usada do jeito que sua rainha quisesse.

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