42 - Medos

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Hello :3

Aparentemente eu tô viva ksksks 

Como vai a quarentena de vocês? Eu tenho visto qualquer desenho/série/filme com casal lésbico. Recomendo She-ra e as princesas do poder :> 

Espero que não tenham esperado muito, boa leitura. 

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Armaduras eram um símbolo de força. Mesmo que soldados de nascença comum as usassem, os nobres a utilizavam como símbolo de grandeza. Saber usar uma espada era o suficiente para intimidar simples moradores, a armadura dourada e lustrada dava o enfeite para que um cavaleiro se tornasse um rei em vilas kryptonianas.

Ao Leste, onde os campos congelavam em desertos brancos, e a comida era escassa, cavaleiros eram heróis, homens acima de humanos.

Lex sempre falava sobre se tornar um cavaleiro, usar armadura dourada e espada afiada, montando em um cavalo alado. Seus sonhos não duraram até o inverno mais frio, onde foram enterrados pela neve e fome.

Cruel ironia. Ela tinha tudo o que seu irmão um dia sonhou.

Um escudeiro a rodeava, amarrando o peitoral pesado, enquanto seus olhos estavam na rainha de El, saboreando a suave imagem que superava as paisagens montanhosas e o pôr do sol. Kara tinha aquele sorriso contido, com covinhas avermelhadas, e pele brilhante de suor, e Lena saboreava que fora ela a pôr aquela expressão de satisfação.

Talvez Lex estivesse certo, armaduras eram para sortudos.

— O que...? — Ela questionou Kara.

— Você fica fazendo caretas, é engraçado.

Lena iria retrucar, dizer que não estava, mas o escudeiro, mais uma vez, apertou um nó forte demais. Ela queria que fosse apenas os nós e o desastrado aprendiz. Porém essas dores não eram nada comparadas às tiras de tecido que comprimiam seus seios sensíveis. Essa dor sufocava, às vezes a impedindo de respirar.

Era como se a natureza a estivesse punindo, ou deixando bem claro que havia um bebê do outro lado daquelas montanhas precisando dela. Seu corpo produzira o leite, mas Lyra jamais os tivera, então seus seios endureceram em vingança.

O garoto finalizou com seu casaco de pele e a bainha da espada, fugindo da presença das duas rainhas o mais rápido o possível.

Antes de o escudeiro estar longe o suficiente, Kara a agarrou pelo quadril, assustando-a. Ela poderia fingir, por um momento, que não estavam em uma tenda no meio de uma guerra, que as armaduras de aço não as impediam do contato direito. Era apenas Lena e Kara, duas amantes aproveitando um tempo juntas. Lena soterrou as preocupações nos cabelos loiros, ignorando por um momento tudo.

— Você fica muito linda assim — Kara murmurou em seu ouvido, causando arrepios em sua pele. — Eu adoraria leva-la para minha cama. Você deve ter muitos pretendentes se jogando aos seus pés.

Lena riu, elas estavam em alguma dança de flertes espontâneo.

— Você deveria ter cuidado. Minha esposa é uma mulher muito poderosa, eu odiaria ter sua linda cabeça fora do corpo.

Kara se desatou do abraço com o rosto sério, mas Lena era capaz de ler o divertimento em seus olhos azuis, ela também se divertia com a dança. A loira molhou os lábios, ainda sombria.

— Ela não precisa saber — deu de ombros, alisando o braço de Lena. Sua voz não passava de um sussurro perigoso, confidenciando segredos. —, eu seria sua amante. Mas, eu mataria qualquer um por você. — Kara beijou a ponta de seu nariz, como se a promessa não fosse carregada de verdade. Kara detinha o maior poder em todo o reino. — Eu sou uma simples serva à mercê de seus prazeres, majestade.

Fios de ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora