Fios de ouro

O triângulo e o falcão

Hello súditos :3 

Cá estou eu.

Espero que gostem <3 

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Estava ficando entediante, em algum momento havia perdido a vontade em transar com a mulher. O começo havia sido bom, mas os gemidos o distraiam e tornava tudo estressante.

Gozou cedo, quanto antes acabasse com isso, melhor.

— Jerye! — Reclamou ofegante, precisava de vinho para esquecer o fracasso que havia tido.

— Majestade — Saldou. Sua velocidade em chegar ao rei era imensurável, por isso sua permanência na sala do quarto ouvindo tudo era importante, precisava estar para atender todos os chamados do rei.

— Seja útil e me traga vinho — Seus olhos vagaram para o corpo ofegante ao seu lado. — E você — Tomou seu rosto suado. — Para o harém.

A mulher, com curvas invejáveis, saiu apenas com um dos lençóis do rei. Seria seu troféu até outra ser escolhida, isso daria menos de um dia. Os estoques de lençóis reais estavam em falta por esses motivos. Uma noite e eram mandadas de volta para o harém, deixando apenas um manto como lembrança da noite.

Jerye voltou rapidamente com a taça transbordando, apenas vinho poderia animá-lo novamente.

— Todos inúteis — murmurou entre goles — o que adianta casar com tantas se algumas não me satisfazem?

O senhor observou até ser sua deixa para falar, anos ao lado do rei poderiam dar-lhe um pouco de intimidade, e até dizer que compartilhavam um bom diálogo, precisaria de mais vinte anos para se considerar amigo do rei.

— Encontrará alguém que lhe dê muito prazer, majestade, só precisa procurar mais um pouco.

— Majestade — Uma voz interrompeu aos dois. A porta do quarto anunciou a entrada de duas figuras. O Tenente Allen e um desconhecido.

Franziram o cenho. Se o Tenente Allen estava ali algo muito importante havia acontecido. Ninguém conseguia tirar o homem de suas funções militares, nem mesmo sua mulher, apenas o filho Henry.

— Henrique Allen, a que devo sua visita — Provocou o rei. Suas principais atividades favoritas eram beber, transar e irritar aos homens. Principalmente aos que se achavam dignos de seriedade máxima. Como o Tenente Allen, nunca o vira sorrir, nem mesmo um mostrar de dentes bobos. O homem parecia não ter senso humor.

— Como sabe majestade, seu segurança foi assassinado há alguns dias. Temos feito vista grossa por cima, mas precisa de um substituto provisório. Por isso estou aqui. — Explicou.

A boca do rei pressionou, é claro que se lembrava do último homem corajoso para protegê-lo. Morreu envenenado alguns dias antes, o corpo foi encontrado em uma clareira. O responsável não foi encontrado, mesmo com todos em busca de uma resposta.

Ele era um velho de linhagem nobre, uma perda considerável para a elite no reino.

— Vou fingir interesse enquanto bebo — Piscou, sua taça ficou vazia no outro segundo.

O Tenente Allen, já acostumado com o rei, bufou. De um jeito ou outro ele ouviria.

— O último foi um senhor de idade, não havia resistência, a chama de um jovem. Por isso, procurando entre os melhores recrutas, eu trouxe novidades — Seu corpo saiu da frente do desconhecido, o rapaz foi notado pela primeira vez no quarto. — Garanto que Gabriel não irá decepcioná-lo, Majestade. Nunca vi garoto mais astuto e valente.