25 - Décimo primeiro dia

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HELLO SÚDITOS

Então, é aquele negócio, né? Meu computador ainda tá sem net, então só tem o da minha irmã. E ela quer me matar por ter tomado o dia todo para escrever esse capítulo. Espero consertar essa porcaria logo pra escrever com tudo ^^

Espero que gostem 

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A cúpula estava amontoada de pessoas, nobres e plebeus espremiam-se por uma visão privilegiada do púlpito e o longo corredor. Mesmo com as inúmeras velas e tochas pairando sobre suas cabeças, sentiam o frio cortante de inverno. A moda aderida era os espessos casacos de pele e luvas felpudas, além de disputas pelas chamas que aqueciam o suficiente para não perderem os dedos da mão.

Mesmo dia, as chamas estavam acesas. A neve cobria parcialmente todas as janelas, incluindo a peça enorme de vidro no teto.

Seria impossível encontrar flores naquela região e no inverno, por esse motivo a ornamentação consistia em tecidos claros; o azul-claro de Estella, o dourado de El, peças delicadas e a ousadia de uma escultura de gelo, o frio a manteria definida até o verão.

— Seus pais ficariam orgulhosos. — Lauren sussurrou no ouvido de Sam, o tom suave como quem conversava com uma criança. Ou como quando se encontraram pela primeira vez, uma pobre garotinha chorando sobre o corpo de seus pais.

Involuntariamente, seus olhos mancharam de lágrimas.

— Não me faça chorar, Laur — replicou, a voz embargada. Não poderia chorar antes de seu casamento, precisava demonstrar força como nunca.

Haveriam sempre opositores em qualquer brecha de porta, nos corredores, nos quartos, sussurrando mentiras e defeitos expostos. Colocariam o dedo nas feridas mais profundas, nas imperfeições mais aparentes. Lena poderia não saber e ser a mais ingênua no palácio, mas todos estavam sendo assistidos, sejam por simples súditos à espiões disfarçados.

— Tradição estelliana — Zeus!

Sua melhor amiga parecia testar os limites de suas emoções. Lauren segurava uma pequena caixa de madeira, internamente revestida de veludo preto, um colar de rubis contrastava em vermelho vivo. A princesa estelliana sempre dizia que o vermelho e preto eram suas cores, a forma imponente sempre caíra muito bem na ex-dama de companhia.

Tradição estelliana, segundo a tradição, familiares, geralmente os pais, davam aos filhos uma joia ou peça de roupa que pertenceu a eles. Uma forma de guardar um pedaço de cada um, uma forma de levar uma peça de sua antiga vida para a nova. Samantha conhecia aquele colar, estava gerações na dinastia de Lauren.

— Não posso aceitar — nem conseguiria externar a dor daquele gesto. Lauren, a jovem que a acolheu como uma irmã, dividiu segredos e conforto, estava dando-lhe um objeto de anos em uma família a qual ela não pertencia. — Lauren, isso é para seus irmãos. — Sem conjugue, a princesa estelliana deveria passar o artefato para os irmãos, mas a oferta tinha sido dada à Sam.

— Está na nossa família a gerações. Estou dando para minha irmã. — Zeus, seus olhos transbordaram, não poderia aguentar algo assim. Sentiu os braços firmes comprimindo seu corpo, eram tão familiares, por anos havia sido seu único conforto.

Não conseguiu impedir o soluço forte, Lauren voltaria para Estella, ela ficaria sozinha em uma corte desconhecida. Sozinha não, pensou.

Minha irmã. — A frase possuía mais força em Estelliano, o suave e natural idioma que cresceu ouvindo ficava mais bonito naquela terra, muito diferente do polido kryptoniano ou do brutal daxamita.

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