1 - Primeiro dia

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Hello, súditos. 

Cá estou eu de volta. Vamo sentar um pouco aqui rapidinho. 

Quando eu pensei em fazer essa fanfic, eu fiz pra quebrar vários clichês que me incomodam em ler. Por exemplo, o fato da personagem ter um pênis e pensarem que necessariamente ela precisa ser pegadora, agir como homem e usar calças. E como eu adoro quebrar rótulos, Kara está aqui para provar que nada define quem você é. Vai ser princesa delicada sim, é isto. 

E segundo que eu fiz essa história pensando em aventura e pôr minha cara a tapa *emoji de luazinha*.

Agora deixando polêmicas de lado. Mano, vocês reagiram tão bem ao prólogo que me apaixonei por vocês logo agora. Então trouxe rápido o segundo capítulo. Ou o primeiro, depende se você contar com o prólogo. Enfim, o "1 - primeiro dia" é para facilitar as coisas para mim e vocês. O número na frente é o do capítulo e o dia é a partir no momento em que a Lena entra no harém, o antes desse não conta :D

Espero que ngm tenha nada contra poligamia ksksksk 

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O vestido verde caiu feito uma luva em seu corpo, mesmo que sentisse algumas partes apertadas demais para poder respirar, era um vestido perfeito. A base caia ao lado do corpo acompanhando todas as curvas que a puberdade lhe dera. Ao se olhar no espelho, se sentiu até mesmo bonita, por breves segundos ao menos. Porem se ver ao lado uma de suas rivais, aquela beleza momentânea foi ofuscada.

Nara Lion, uma das moças mais velhas por ali, intimidava a todas. Os cachos fechados, que formavam uma nuvem macia em sua cabeça, estavam adornados com joias. Os olhos cor de mel combinavam com o cinza do seu vestido, era uma das mais belas naquele lugar. Além de causar desconforto para as mais novas, até em Lena. Nara era experiente na vida, saberia tirar de letra a arte de sedução para com a princesa.

— Muito bem, ladies — chamou uma soldada, era a mesma que chamara a princesa Estella no dia anterior. Só que Lena não via mais a princesa, apenas a mulher de cabelos castanhos que havia recebido o sussurro da alteza. —, o café da manhã hoje será com a família real. — Foi como colocar um feixe de palha em um incêndio, as meninas ficaram eufóricas.

As mulheres do rei estavam arrumadas na mesma proporção, ou até melhores, de que as garotas. A camponesa via apenas três, não saberia dizer onde estava a quarta. sabia por alto que a rainha não dormia no harém. Mesmo que tivesse espaço para todas e ainda sobrava para uma centena. Do outro lado, Lena pode ver a mais jovem esposa. Conhecia as histórias da família real.

Aquela era Jasmim, a última mulher que o rei Zor El adicionou ao harém. Tinha apenas trinta anos, e dois filhos dos sete príncipes El. Os príncipes Jonathan e Lorenzo II. Sua história era um tanto parecida com a dela, tirando a parte que Lena foi obrigada, e a mulher foi arrastada. Chegou na porta do palácio em uma noite de outono, tinha dezenove anos quando mercadores a trouxeram. Seus pais haviam lhe vendido por algumas moedas de dinno. O rei tinha vinte e nove anos quando se deparou com a cena, ficou tão transtornado pelo insulto que pediu a mão da jovem ali mesmo, ela aceitou sem muitas opções, então Zor El a deu total liberdade para decidir o destino dos homens que a venderam.

Um ano depois Jonathan nasceu.

Vendo-a entretida com um livro, a Luthor entendeu porque o rei ficou tão transtornado, mesmo pelos trinta anos, parecia muito jovem. Nem mesmo o tempo poderia esconder os cabelos morenos e os olhos castanhos, seu rosto tinha uma afunilada tão sutil que a fazia qualquer um se distrair. Faria a mesma coisa que o rei. Se assim parecia tão jovem, quando mais nova deveria parecer uma criança.

Fios de ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora