40 - Batalhas internas e externas

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Hello, súditos,  tudo bom com vocês? Espero que sim. 

Comecei a faculdade :>, eu que lute pra atualizar a fic. 

Esse capítulo tem TRÊS MIL PALAVRAS, e nem coloquei todas as cenas 

Perdão qualquer erro e espero que gostem <3

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A loira nunca fora vista tão encantada quanto nos dias que seguiram o nascimento de suas garotas. Era quase possível esquecer todos os problemas quando ninava suas filhas, as assistia comer e dormir. Aparentemente, nada a abalava, nem mesmo fraldas sujas, cólicas, ou mesmo o cansaço de noites em claro.

Kara pairava pelo berçário quase vinte quatro horas por dia, com exceções para Lena e Sam, e assuntos de extrema importância em El. Em algum momento Alex a apelidara de babona, desmontando qualquer faceta de rainha severa que a irmã um dia poderia ter, Kara era apenas uma mãe coruja cuidando de seus filhotes com muita atenção.

Em contraste com a inabalável Kara, Samantha nunca esteve tão cansada em sua vida, física e mentalmente. As meninas pareciam revezar entre o dia e a noite, enquanto Lyra dormia, Ruby chorava, e vice-versa. Elas a drenavam fisicamente, tirando suas boas horas de sono e energia no leite. Sam estava mentalmente esgotada por Lyra, Kara, Lena e ela própria.

Alguns dias atrás, Maggie e Kara apontaram o inicio dos sinais de que algo estava errado com a Lena. Ela parecia bem, aparentemente, ao menos fisicamente, sorrindo e andando pelos corredores resolvendo os problemas regulares do reino. Mas Lena parecia ignorar um fato importante, o bebê que dormia a maior parte da noite, que tinha covinhas de ambos dos lados da bochecha e que adorava chupar o pulso fechado quando estava incomodada com alguma coisa.

Kara tentou intervir de alguma forma, conversando sobre a apatia de Lena em meio a uma situação tão traumatizante e sobre a filha, mas a morena desviara com sutileza, a maioria das vezes.

A kryptoniana também a irritada. Como uma sombra, Kara sempre estava lá em seu ombro. Sam não poderia reclamar da ausência de Kara ou que ela era uma mãe ruim, pelo menos. Era algo bom para Ruby e Lyra que mereciam atenção total. Porém, por outro lado, Samantha sabia que a loira usava o máximo de tempo no berçário para se esconder de seus problemas, os ignorando como um bêbado faria com ajuda do álcool.

Tudo combinado a dois bebês carentes a estava deixando de cabelos em pé.

Suas divagações foram interrompidas por Lyra golfando em seu sono, aparentemente assustando ela própria, levando-a ao choro.

— Ei, Kind — Sam a limpou antes de nina-la em seu ombro, acalmando-a com o leve balanço. —, está tudo bem. Eu estou aqui.

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Lena jamais esteve tão confusa em sua vida.

Ela se sentia presa em sua própria mente, escrava de pensamentos repentinos que desapareciam tão rápido quanto vinham. Em alguns momentos parecia como água salgada em seus pulmões, em outros, era como alguém a segurando por trás, tampando sua boca com mãos frias e braços fortes.

Em algum lugar, o fantasma de um sentimento passado, algo como amor, a levava para o corredor onde os choros tornavam-se mais intensos, então a mão corpulenta a arrastava de volta com pensamentos negativos, com noções distorcidas da realidade. Lena sentia ser insuficiente demais para entrar, ela não merecia estar ali, Lyra não merecia seus defeitos. Ela estava quebrada, de alguma forma.

— Lena! — Era Kara, vindo com aquele característico olhar. Há semanas, tudo o que recebia daqueles olhos azuis eram pena e preocupação. Rao, ela havia deixado sua esposa preocupada, e não só Kara. Lena via Sam, Maggie e Alex a cercando, às vezes.

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