37 - Ducentésimo septuagésimo terceiro dia

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[Atenção!!!!] Pessoas a qual tem 0,0000000001% de terem filhos e são maleáveis a isso (rs) não recomendo, eu posso estar dando a você o melhor anticoncepcional do mundo. Àquelas pessoas sensíveis tbm não.

Não esperem um clichê

É isso, espero que gostem <3 

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— .... Então, lá estava eu, uma adolescente, com pés errantes, tropeçando nos saltos e diante de todos! — Kara contou virando o resto do copo em um golpe, solvendo a vergonha e álcool.

Em contra partida, suas mulheres tentaram de todas as maneiras esconder o riso, Lena mordeu a manta em que estava envolvida e Sam, com uma tosse mal projetada. Apenas para evitar ainda mais da cor avermelhada que tomara o rosto da loira.

Era engraçado que, às vezes esqueciam-se facilmente o quão tímida Kara poderia ser, devido a sua posição de autoridade. Ela demonstrava, em pequenos detalhes que outros não percebiam. Como quando estava com a família, apenas por diversão, e evitava ser o centro das atenções. Também haviam as ocasiões de nudez não sexual, como ver uma delas trocando de roupa, ou até mesmo sua própria carência de roupas.

Lena pegou mais um pedaço de queijo, mastigando-o antes que falar. — E você, Sam, alguma coisa interessante no passado?

Sua risada parou na garganta junto ao suco.

— Nada demais.

— Podemos discutir isso outra hora? — Kara interrompeu — Está ficando tarde.

Sam e Lena concordaram com a ideia deixando as louças na mesinha, alguém limparia outra hora. No ato de levantar, Lena parou, respirando fundo e apertando o sofá.

— Tessa?

Mas a única resposta que Sam teve foi um ruído de dor.

— Estou bem, acho que posso entrar em trabalho de parto a qualquer momento — Lena tentara ao máximo pôr uma pitada de humor no intuito de não gerar preocupações, mas ela própria não estava tão certa que eram contrações inofensivas.

— Por que não deitamos? — A estelliana sugeriu, acenando para sua esposa em busca de ajuda para guiar Lena à cama.

Em seus humildes dezenove anos, Samantha tinha coletado um pouco de experiências em sua terra natal sobre a concepção de uma criança. Ela sabia ler os sinais de uma mulher preste a dar à luz, havia lido também nos meses em que sucederam sua gravidez, e o pouco de informação que tinha, Lena demonstrava indícios claros.

As duas pairaram sobre Lena, acompanhando-a na caminhada de dois metros dos sofás a sua cama, como se o bebê fosse simplesmente despencar a qualquer momento. Elas deitaram, cada uma tomando um lado na cama entre Lena.

Depois de o que parecia horas, Lena grunhiu outra vez, respirando fundo, atravessando a dor repentina.

— Devo chamar minhas mães? As parteiras? Os sacerdotes? — Kara indagou, apressada em inspecionar Lena, dando-a olhares atordoados, descontente em apenas assistir alguém que amava sofrer.

— Ainda não — Samantha interviu, arrumando os travesseiros embaixo da amiga o melhor possível — As dores ainda estão aleatórias e espaçadas. Quando você as sentir mais frequentes e dolorosas nós chamamos... isso pode demorar horas e não queremos estressá-la

— Mais dolorosa? — Lena murmurou, ainda atordoada e ofegantes devido a contração anterior.

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As horas decorreram vagarosas e árduas para Lena. Talvez tivesse se passado quatro ou dez, ela não saiba, tudo o que tinha conhecimento eram as infinitas vezes que desejou simplesmente expulsar esse bebê de seu corpo.

Fios de ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora