43 - Círculo dourado

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Escritora viva aqui :) Espero que gostem, perdoem qualquer erro :> 

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Castelo Real, Vrangs.

— Hoje duas almas se entrelaçam, traçando juntas seus destinos até que o fim chegue. Nosso amado rei, e sua futura rainha, decidem se unir perante seus súditos mostrando que ainda há esperança para um mundo corrompido por errôneas ideias. O amor entre um homem e uma mulher é o mais puro diante dos homens e da natureza...

As falácias do homem distraiam Luara do toque de Yago, estar de mãos dadas era o mínimo esperado para um casal em seu grande dia, mas para a princesa, aquele poderia ser considerado seu tormento, a morte, de pelo menos sua alma, se não, do seu corpo.

Desde a tentativa de Alex, e a morte do rei, as coisas se agravaram em Vrangs.

Sob o comando do príncipe, o atual rei, o reino afundou em trevas. A começar pelas filhas de Yago I, enviadas aos mais diferentes cantos do território, com diferentes alianças políticas que favoreceriam o atual rei, mesmo com os clamores da rainha Mãe de que não era necessário. A única irmã que ainda permanecia no castelo era jovem demais para se casar, apertando as saias da rainha com medo de que a qualquer momento fosse levada da mãe, a rainha mãe tinha a mesma preocupação, atordoada pelas filhas perdidas, se agarrava a última com a vida. Em seu segundo ato, todos os bastardos do pai foram executados, crianças arrancadas de suas mães de uma hora para a outra, apenas porquê o rei decidiu trair a esposa.

Vrangs estava fechado em suas fronteiras, exceção de Daxam, nenhum forasteiro seria permitido em suas terras.

As pessoas na rua estavam preocupadas, sem as rotas comerciais, Vrangs entraria em uma crise economia rápido. Em resposta aos clamores do povo, Yago agiu como se tudo estivesse bem, "nosso reino é grande e forte, não precisamos de esmolas de ninguém". Nem mesmo o mais tolo dos homens poderia acreditar em tais palavras, porém, aqueles que espalhavam murmúrios de revolta desapareciam na calada da noite.

Yago II agia como se a guerra já estivesse ganha, como se a dinastia El não estivesse em seu pescoço.

Então veio-lhe o ultimato. "É com felicidade que eu anuncio meu casamento com a linda princesa Luara, e mesmo que El tenha mostrado tamanha traição matando nosso amado rei, meu querido pai... eu concederei o perdão a Luara para continuar com a união." Um teatro. Uma peça de humor que faria os autores chorarem. Se ele estivesse casado, com uma El sob sua "proteção", sua família jamais poderia chegar perto o bastante para liberta-la, e ele ganharia a imagem de homem benevolente, poupando a princesa pelos atos da irmã.

É claro que Luara se recusou, tentando uma greve de fome que durou até o próprio a amarrar e forçar comida em seu sistema. Ela ganhou mais cicatrizes e sombras; homens e mulheres em total lealdade com o rei que estavam dispostos a força-la para o banho, a entrar nas roupas, escovar os cabelos, ela nunca estava sozinha. Ele era esperto o suficiente para não deixa-la, pois, sem uma princesa, ele estava morto.

Em um dos dias, entretida com seu reflexo no espelho quebrado, Yago entrou. Em sua mão um monte de penas nervoso que inutilmente gritava em busca de sua dona. Romeo tinha os olhos tampados, e as pernas amarradas, a asa solta batia de forma agitada.

— Quanto o homem perguntar você dirá "sim", lembre-se que todos aqueles que você ama sofrerão se não o fizer.

Eles o amarraram do lado de fora de sua janela, vulnerável ao clima, em uma gaiola de ouro. Os dois se olhavam a maior parte do dia, ave e humana, ambos em suas próprias gaiolas douradas, ambos em busca da liberdade outra vez.

Fios de ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora