Capítulo 19.

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Sophie

Entrei no quarto com o homem e tranquei a porta. Olhei para ele, que havia se jogado na cama, já sem sapatos. Dando risada, eu me aproximei e me sentei ao seu lado, também me livrando dos calçados.
— Acho que precisa de um banho. Todo esse suor... — Disse, tirando uns fios de cabelo grudados na testa do mais velho.  — E eu também. — Completei, com um sorriso de lado.
Ele se levantou e nós fomos até o banheiro. Apesar de ainda estar bastante alerta, Nik não conseguia se equilibrar com muita facilidade e então eu decidi ajudá-lo a se despir. Minhas mãos alcançaram a barra de sua camiseta, subindo o tecido devagar. Minha respiração ficou pesada, e a dele também. Quando eu abri sua calça, fiquei ainda mais tensa. Desci o tecido pesado e o joguei para o canto do banheiro. Ao colocar as mãos no tecido de sua cueca, ele as segurou e disse que conseguia se livrar daquela peça sozinho. Então, eu concordei e, sem tirar os olhos dos dele, foi minha vez. Primeiro eu tirei minha meia arrastão, e então abri a saia jeans descendo-a lentamente. Não dizíamos nada, apenas nos olhávamos. A sensação era sufocante, e a tensão sexual praticamente palpável. Após me livrar da saia, desci as alças do meu collant por meu ombro e o retirei também devagar, deslizando o tecido por meu corpo e ficando por fim apenas com meu sutiã e calcinha pretos.
Sem mais esperar, ele se aproximou de mim com a mão por entre meus fios de cabelo e me beijou com voracidade. Sentia seu gosto misturado com vodka, enquanto sua língua invadia minha boca e sua mão antes livre agora segurava minha cintura com certa força.
Ainda nos beijando, caminhamos para dentro do box.
— Não podemos molhar nossa roupa. — Eu lembrei, afastando os lábios apenas o suficiente para falar. Ele riu, e então eu soltei o fecho do meu sutiã, retirando a peça devagar e a colocando no chão onde as outras peças de roupa estavam. Senti meu rosto queimar. Apesar de ser confiante, ainda era intimidador ficar exposta daquela forma na frente de alguém.
— Você está vermelha. — Ele constatou o óbvio, e eu revirei os olhos, cruzando os braços em frente ao corpo. Então ele se aproximou mais, me colocando contra a parede e colando seu corpo no meu. Pude sentir sua ereção contra minha barriga e soltei um som surpreso quando ele me pegou no colo, fazendo com que eu colocasse as pernas ao redor de sua cintura. Ele me beijou novamente, com mais voracidade ainda do que da última vez, e então me levou até a cama.
Com delicadeza ele me deitou e ficou por cima de mim, começando então a beijar meu pescoço. Eu suspirava e reprimia alguns gemidos, experimentando a maior excitação que já tinha sentido.
Ele se afastou, o que me rendeu um gemido de insatisfação.
— Está tudo bem? — Ele perguntou, e eu sabia o que ele queria dizer com aquilo.
Eu assenti, com um leve sorriso, passando a mão nos cabelos do mais velho. Ele continuou me olhando por uns segundos, e eu novamente me senti envergonhada. Nikolai era o único que conseguia me fazer sentir assim, e talvez fosse a forma como ele me olhava. Apesar de eu reconhecer minha beleza, ele sempre parecia olhar para mim como se eu fosse uma obra de arte rara que ele admirava em um museu. E aquilo sempre trazia mais cores para minha bochecha do que eu gostaria.
—  Você é a coisa mais linda que eu já vi... — Disse, acariciando meu rosto. Eu balancei a cabeça, de repente desconfortável - ainda que feliz em receber o elogio. Ugh, por que eu não podia me sentir normal na frente dele? Por que eu ficava tão boba?
Acho que a vodka está fazendo efeito agora. — Foi minha resposta, e ele riu. Ambos sabíamos que ele ainda estava a alguns copos de realmente ficar alterado.
Então, para meu alívio, a conversa parou quando ele voltou a me beijar. A única peça de roupa que ainda nos separava era sua cueca, e eu já estava ansiosa para me livrar dela. Antes que eu pudesse tomar alguma atitude, os beijos desceram de meus lábios para meu pescoço, de meu pescoço para meus seios...e ali, eu gemi ao sentir sua boca. Enquanto chupava um de meus seios, sua mão apertava o outro e eu fechava os olhos com força, enquanto meu corpo tentava lidar com todas aquelas sensações.
Em seguida, ele desceu mais, beijando minha barriga até chegar . Eu fiquei tensa por um instante, mas quando ele me lambeu ali, eu dei um suspiro satisfeito e senti meu corpo relaxar. Quando ele começou a de fato me chupar, eu coloquei a mão por entre seus cabelos, segurando ali enquanto jogava a cabeça para trás e aproveitava a sensação que percorria todo meu corpo.
Senti uma falta repentina quando ele se afastou de minha intimidade, e olhei para baixo para entender o que acontecia. Ele me olhava do jeito mais sensual que eu já havia sido encarada, e então para minha surpresa, colocou o indicador dentro de mim.
Um sonoro "ahh" escapou e eu precisei morder o lábio para não fazer barulho. A sensação foi um pouco invasiva no começo, mas meu corpo pareceu se adaptar ao intruso. Enquanto ele movia o dedo, voltou a me chupar. Ele fazia tudo sem muita intensidade, com uma calma que estava me deixando cada vez mais necessitada de algo que eu nem sabia o que de fato era.
Assim que decidiu já ter me torturado o suficiente, senti seu dedo escorregar para fora. Finalmente ele se livrou da maldita peça de roupa, e eu pude ver seu membro já bastante ereto. Por um momento, fiquei preocupada. Quase perguntei se ele achava que ia caber, mas achei melhor me poupar desse constrangimento.
Por cima de mim novamente, ele esticou o braço e pegou a carteira que havia deixado no criado mudo. Tirou dali um pacote preto, que eu já sabia o que era. Ele abriu e rapidamente cobriu seu membro com a camisinha.
Seu olhar em seguida foi um pedido de permissão, e após minha resposta positiva ele se posicionou e, devagar, entrou em mim.
Aquele incomodo retornou, meu corpo reconhecendo que aquilo que acabava de entrar não realmente fazia parte de mim. Contudo, algum tempo depois eu já havia me acostumado, restando apenas aquela sensação boa que havia sentido antes - porém multiplicada.
Quando ele já podia se mover mais sem meu desconforto eu envolvi seu quadril com minhas pernas, nossos lábios voltando a se encontrar em beijos cada vez mais ardentes e profundos.
Todo aquele mix de sensações estava me deixando louca, meu corpo parecia não saber como reagir. Era como se eu estivesse prestes a explodir. E então, eu o fiz. Atingi o ápice, sentindo minha intimidade contrair enquanto um gemido nada baixo escapava de minha boca.
Meu corpo em seguida relaxou, enquanto eu sentia as investidas do homem agora um pouco mais intensas. Pouco depois, ele também pareceu atingir seu máximo, gemendo perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar. Ele se manteve por cima de mim alguns segundos depois, recuperando seu folego, e então segurou a base da borracha que cobria seu membro antes de sair de dentro de mim.
Enquanto ele se direcionava ao banheiro para descartar a camisinha, eu fiquei ali na cama encarando o teto enquanto meu corpo se recuperava da melhor sensação que já havia sentido. Quando escutei o barulho do chuveiro, lembrei que tínhamos pulado aquela parte e fui ate o local.
— Se importa se eu me juntar a você?
Nikolai sorriu, me chamando com a cabeça. Tomamos um banho demorado, aproveitando cada oportunidade para tocar um no outro.
Já limpos e secos, vestimos nossas roupas íntimas e fomos em direção à cama. Era tarde e eu finalmente senti o cansaço me atingir.

O TreinadorOnde histórias criam vida. Descubra agora