Capítulo 1

13.4K 1.3K 117
                                    

Vamos começar?
Voltar um tico pra quem esqueceu alguma coisa. Então, não estranhem. Vou voltar alguns acontecimentos pra melhor compreensão ok..?

Pode clicar na estrelinha lá embaixo?

Pezão

Minha vida nunca foi fácil.

Nascido e crescido aqui no Alemão, eu enfrentei todas as dificuldades que qualquer pessoa enfrenta aqui. A diferença, que eu fiz o necessário pra sobreviver. Tive que matar alguns? Tive! Tive que espancar outros? Tive também! Mas, nessa vida meu lema sempre foi: se tiver que sofrer, sejam eles e não eu.

Eu não tenho família. Aliás, tenho um irmão perdido no mundo por aí. Pelo menos é o que dizem. Meu pai era braço direito do antigo dono disso aqui. Eu cresci nesse meio, não por vontade dele, mas porque essa vida sempre me fascinou. Adrenalina que corre nesse meio é demais, apesar de que, depois que virei patrão, na tenho sentido ela com frequência.

Minha mãe era foda. Era bonita, amorosa, engraçada. Mas isso tudo não foi suficiente pra que meu pai controlasse o próprio pau. É aí que entra o tal irmão.

Dizem os mais sabidos daqui, que meu pai se envolveu com a mulher de um aliado. Foi no baile no morro do cara, e comeu a mulher dele.

Resultado? A 'distinta senhora' engravidou e o corno descobriu, porque dizem que ele não podia fazer filhos. Daí pra frente foi só loucura, o aliado virou inimigo, o casamento dos meus pais degringolou e eles só sabiam brigar. Minha mãe chorava todo dia. Meu pai passava noites fora de casa, bebendo e se drogando. Dessa feita pra cá, eu prometi a minha mãe, que nunca faria com mulher nenhuma o que meu pai fazia com ela. Por isso não arrumo mulher. Meu pavio é curto e eu entro manter a promessa que fiz. Nem sempre consigo, mas tento.

Ah! Quanto a meu irmão? Dizem que o corno lá batia muito na mulher durante a gravidez, o que fez ela ter complicações no parto. O menino nasceu cheio de problemas de saúde, sei nem se sobreviveu. Já ela, morreu. Ao que parece, ela fugiu do hospital logo depois do parto. Acharam o corpo dela na rua dois dias depois, mas sem o bebê. E nisso, fico até hoje sem saber se esse tal irmão viveu.

Meus pais morreram numa invasão. Polícia invadiu e de uma vez só, matou o antigo dono e meus pais. Minha mãe entrou na frente da bala por meu pai. Mesmo depois de tudo, ela morreu com ele. Não foi uma cena bonita de se ver, já que eu estava escondido vendo tudo.

Mas, pelo menos depois disso, me tornei o que sou hoje. Quando assumi o morro, era um adolescente cheio de marra. Matei muita gente de bobeira, bati em muitos só por olharem muito tempo pra mim. Enchia a cara de bebida e drogas ficava doidão, foi assim que minha fama de psicopata surgiu. E eu não fiz nada pra tirar essa fama, deixa eles pensarem assim, quem sabe eu não sou realmente psicopata né.

Mas, o tempo foi passando, experiência chegando, e eu mudei um bocado. Drogas só em dia de baile. Não quero mulher na minha vida, não pra muito tempo. O problema aqui, é que as nega acha que eu sou otário. Chega no baile toda se piscando, vem se esfregando em mim, e na hora do vamo ver, vem se fazer pro meu lado. Não comigo! Ciscou até aqui, vai ter que botar uai.

E assim vou levando a vida.

Hoje Rato veio aqui me passar o lucro do último assalto. Gosto desse cara. Lembro de quando ele chegou aqui todo cabreiro, dizendo que não tinha onde ficar. Me contou a história dele, e eu me compadeci. Hoje é meu ladrão forte, e nao abro mão. Serviço na mão dele é garantido, nem me preocupo. O que tá esquentando meu juízo é outra coisa, tem um futuro finado me roubando debaixo do meu nariz!

Refém (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora