Capítulo 17

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Olhe, estou escrevendo aqui, mas muito triste.
Cadê aquele mundão de comentários hein...?

Pezão

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Pezão

Saber que aquela mulher tava morta me dava uma paz de espírito tão grande.

Mas, ao mesmo tempo me trazia um só pensamento: E agora?

Eu vivi todos esses dias em procurar, torturar e matar Natália. Agora que consegui isso tudo, não sei mais o que fazer.

Definitivamente, depois disso tudo eu não consigo mais simplesmente seguir minha vida como era antes.

Nada era como antes!

Agora mesmo, estou na minha sala todo quebrado por ter dormido no chão de novo. Todo dia é a mesma coisa: eu bebo muito, chego a pensar em me drogar, mas acabo dormindo antes disso. Aí eu sonho com a menininha, acordo lá pelas três e pouca da manhã, e fico com medo de dormir de novo. Aí eu bebo mais até desmaiar de tão bêbado.

Vida de bosta eu sei. Mas eu não consigo evitar.

Eu me sinto o mais bosta de todos os homens. Chefe de tráfico de bosta que eu sou. Eu só precisava fazer uma coisa, que era proteger meu filho, e nem isso eu consegui.

Jogo o copo na parede, porquê é o máximo que eu consigo fazer pra me acalmar, já que não posso sair por aí batendo em meio mundo. Quer dizer, poder eu até posso afinal quem manda nessa bodega aqui ainda sou eu, mas aí ninguém ia entender nada.

Eles já estavam me questionando o porquê de eu andar tão impaciente nos últimos dias. Reconheço que eles estão preocupados comigo, mas porra.. é involuntário. Não é algo que eu consiga controlar. Eu queria pelo menos falar sobre essa merda toda, Se ao menos alguém soubesse.

Eles não sabem.

Ela não sabe.

Ninguém sabe.

Virei a garrafa pra beber o restinho de uísque que tinha ali. Desceu ruim demais, péssima ideia beber antes de escovar os dentes.

Levantei e fui lavar a cara e dar um mijão. Hoje vou dar uma volta pela minha quebrada. Faz tempo que não faço isso, já que só a cara risonha do povo me dava nervoso.

Saí da minha sala, dando de cara com a maior bagunça. Era vapor achando que era motel aqui, pois ia saindo de um quarto com uma puta. Em frente, tinha uma mesa de ferro, daquelas de bar, onde tinha um monte de homem jogando dominó.

Minha cabeça tava explodindo, e eles batiam as pedras do jogo da mesa com força.

Eu disse que ia ser mais paciente? Disse nada disso não.

Meti a mão embaixo da mesa e aí vi pedra de dominó, copo e garrafa de cerveja voando longe.

Tô ficando mole? Ninguém tá me respeitando nessa buceta mais não será?

Refém (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora