Hello my girls
Muito poliglota eu hein hahaha
Vamos lá?Pezão
Depois que apaguei no morro, que Rato me acodiu, não me lembro de nada. Mas, tenho flashes que eu não sei se aconteceu realmente, ou se era sonho.
A única coisa que eu lembro mais vivida mesmo, é Michelle me chamando bem distante. Será que foi sonho?
Só sei que acordei, não sei quanto tempo depois, dando de cara com um médico ao meu lado na cama, olhando aqueles aparelhos lá. Eu não conseguia falar, mas também nem precisou já que ele me viu antes
Médico: Que bom que acordou Sr. Não tente falar, pois o Sr passou por um procedimento complicado. Apenas acene pra mim, está sentindo dor? - balancei a cabeça confirmando - na cabeça? - confirmei novamente - só? Ok! Essa dor é absolutamente normal, seu corpo sofreu uma sobrecarga de substâncias tóxicas. Mas já estamos tratando isso tá. Seu família está aí, quer que chame? - afirmei
Rato deve tá só o veneno. Vão falar um monte no meu ouvido, que quando foi ele que tava enchendo o cu de droga, eu fui o primeiro a dar uma chamada. Agora tô eu aqui na mesma situação.
Alguns minutos depois, a porta abriu e o cheiro inconfundível chegou antes dela. Eu não sei se ficava envergonhado por essa situação, ou se ficava feliz por ela estar aqui.
Miih: Podem ficar na porta Por favor? - ela perguntou aos medico
Medico: Ele não irá conseguir falar por enquanto por conta dos remédios e dos entorpecentes ok? Não faça perguntas pois ele não irá responder
Miih: Ok - Eles saem, e ela se vira pra mim com o rosto todo vermelho, segurando pra não chorar - VOCÊ NUNCA MAIS FAÇO ISSO PEDRO, OLHA O QUE VOCÊ FEZ COMIGO, EU TO SOFRENDO PORRA. QUE MERDA! VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO, SEUS AMIGOS ESTÃO TUDO AI FORA POR VOCÊ - ela gritava comigo aos prantos - QUE MERDA! VOCÊ ME MANDA SEGUIR MINHA VIDA MAS NÃO SAI DA MINHA COLA, O QUE VOCÊ QUER? ACHA QUE NÃO IRIA RECONHECER VOCÊ NA PORTA DO CONSULTÓRIO, DO SHOPPING E DOS RESTAURANTE? SEMPRE SOUBE QUE ERA VOCÊ...VOCÊ .. você tem que sair dessa meu
Eu queria falar pra ela que eu também queria sair dessa, mas não consigo. Eu não consigo simplesmente superar, dói demais.
Miih: E falar o que tá acontecendo, eu senti a dor da perda, Eu te amo ... pode vim milhares de homem mais eu so irei amar a porra do dono do morro, que quase morreu de overdose por minha culpa. Eu vi você partir em minha frente Pedro - ela senta perto de mim, deitando a cabeça no colchão ao meu lado, enquanto eu tento segurar uma lágrima - Você não pode fazer isso comigo, você prometeu não me abandonar, eu já estaria bem melhor com o teu apoio.
Ai caralho! Eu sei que eu prometi, e sei também que não cumpri, não só com ela mas com meu filho também. Ela acha que está melhor comigo, mas não tá. Eu só tô pensando no bem dela.
Miih: Você e eu temos que conversar assim que você sair daqui, não terá desculpas. Vamos ser aberto um com outro de uma vez por todas, e se você negar eu vou embora do Brasil!
O quê? Como assim?
Médico; Desculpe, mas terá que se retirar, vamos seda-lo para o melhor descanso
Miih: Tá Bom. Entendi
Ela bem em minha direção, e eu quero dizer a ela que não vá, que tudo que eu faço é pensando no bem dela, mas que ela não precisa ir pra longe. Eu não vou conseguir passar por mais essa.
Miih: Calma amanhã estarei aqui, aliás, nem vou embora - ela segura em minha mão forte - Boa noite, vê se não me deixa
Ela encosta a testa na minha e me dá um selinho. Aí a lágrima que eu tava lutando pra segurar cai. Ela se vai, e eu fico olhando pro nada, refletindo a bosta de vida que tô levando.
Médico: Sr Pedro, vamos te dar um remédio que vai te dar uma sonolência tá. Então, deite-se que provavelmente o senhor vai dormir.
Eu fiz isso, rezando pra acordar melhor e sair daqui.
Miih
Minha noite foi tranquila. Essa casa me trazia uma paz enorme, mais até do que a minha. Eu me sentia segura aqui, acho que deve ter alguma coisa a ver com aquele monte de homem ali fora fazendo a guarda.
Me levantei, escovei meus dentes com a escova de Pezão, e vesti uma blusa dele que ficou um vestido pra mim.
Desci e vi que a casa tava um ninho de guache. Parece que tava do mesmo jeito da última vez que vim aqui.
Como a visita era só a tarde, então resolvi dar um jeito nessa bagunça. Liguei uma música alta, peguei meus utensílios e faxina pra que te quero. Passei a manhã toda nisso, mas dei um jeito legal. Parece até casa de gente agora.
Olhei nos armário, e não tinha nada de nada, só achei 2 miojo perdido. Como eu tava com fome, eu fiz esses miojo, e mais instantâneo do que o macarrão, foi a velocidade que eu comi.
Saí da casa a pé, indo pro mercado comprar umas coisa. Cheguei lá, comprei de tudo: arroz, feijão (que tava pela hora da morte), macarrão, mistura. Fiz a feira completa.
Tava passando a compra no caixa, quando JP ia passando na rua.
Miih: JP - gritei ele
JP: Diga minha patroa - vish, mas tava aduloso
Miih: como tá as moda?
JP: Tamo aí na mão de Deus e na boca dos filha da puta - eu ri - quê cê manda Patroa?
Miih: Providencia um carro pra levar essa compra lá pra casa de Pezão?
JP: Agorinha mesmo - ele saiu correndo
Ele demorou alguns minutos, e pra adiantar eu levei o carrinho até a porta do mercado. Do outro lado da rua, tinha uma mulher me olhando fixamente.
Eu hein! Nunca vi na feira agora tá me encarando.
JP chegou e rapidinho levamos as compras, e ele me ajudou levar pra dentro de casa também.
Depois que arrumei tudo, mandei mensagem pra WM me levar ao hospital.
...
Cheguei no hospital, e perguntei já recepção notícias sobre ele
Miih: Eu queria saber do paciente Pedro Mesquita?
Recepcionista: Um segundo - ela teclou algumas vezes lá - ele foi transferido pro quarto hoje.
Miih: ele saiu do CTI??
Recepcionista: saiu sim. Agora, eu está no quarto 107
Miih: Obrigada
Segui quase pulando pro quarto. Tenho fé que ele vai ficar bem logo pra eu poder socar a cara dele até ele esquecer o que é droga.
Cheguei no quarto, e ele tava dormindo. Tão bonito, nem parece o demônio quando tá acordado. Tá.. tá bom.. ele não é tão demônio assim, eu admito.
Fiquei ali admirando um pouco ele, até que o médico entrou.
Miih: Oi Dr, como ele tá?
Médico: ele tá reagindo muito bem. Só temos que esperar o sistema dele estar limpo de qualquer vestígio da droga, que eu vou liberar ele.
Miih: E isso vai demorar Dr?
Médico: Acredito que não. Depois de amanhã acho que já dá pra ir pra casa. Às 17h acaba o horário de visita, tá?
Concordei e me sentei ao seu lado velando seu sono. Ele respirava tão sereno, sendo o oposto dele.
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Refém (CONCLUÍDA)
ChickLitLivro 2 - Para melhor compreensão, recomendo ler "Réu". Contaremos aqui, a história de Michelle e Pezão, que já foi adiantada em Réu. Porém, pra melhor entendimento, iremos voltar em alguns acontecimentos Ok..? Não sou nenhum exemplo de língua port...