Capítulo 11

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Pezão

Ver ela daquele jeito me quebrou todinho.

Eu juro por Deus, que se eu pudesse, teria trocado de lugar com ela, só pra que ela não passasse por isso tudo.

Mas eu não posso. Não consegui proteger ela, e sei que se ela nunca tivesse se envolvido comigo, não teria sofrido essa barra.

Pezão: Ôô maluca.. - disse baixo passando a mão em seus cabelos, que agora já não eram tão brilhantes - Vc é foda sabia..? Não é qualquer um que aguentaria tudo isso que tu aguentou não morena. Eu sou um fudido mesmo, um bosta de homem, eu sabia que todas vcs estavam correndo perigo, e mesmo assim eu descuidei. Se vc tá aqui agora, a culpa é toda minha.

Eu ia fazendo carinho no cabelo dela, e desabafando tudo que eu tinha vontade. Quero aproveitar que ela tá apagada, e não tem ninguém aqui pra ouvir meus lamentos.

Médico: Vc é o acompanhante dela? - ele disse entrando pela porta, com uns papel na mão

Pezão: Sou. Algum problema com ela?

Médico: Precisamos conversar.

Pezão: Dá o papo então - eu respondi sem me afastar dela - como ela tá?

Médico: Bom, já aplicamos uma série de medicamentos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, porém o tratamento continuará em casa por mais 28 dia, está bem?

Pezão: Em casa? Quer dizer que ela vai poder ir embora?

Médico: vamos deixá-la em observação somente até amanhã, mais por causa da curetagem.

Pezão: Cure o quê? Que isso? - nunca nem vi o que é isso

Médico: É um processo de raspagem do útero, para remoção do feto.

Pezão: Como? - eu não sou tão burro. Eu sei o que é feto, mas eu tava me recusando a entender

Médico: Ela estava de 7 semanas, creio eu. Não sabia?

Pezão: Aí Caralho! Ela tava grávida?

Médico: Sim senhor. Quase 2 meses

Só aí eu me afastei dela, pra poder sentar. Eu não conseguia processar tudo aquilo que ele tava me falando.

Grávida? Pelo tempo, era meu.

Eu acabo de descobrir que ia ser pai, e na mesma hora, que perdi meu filho também

Médico: Senhor? Esta se sentindo bem? - não consegui nem responder, apenas balancei a cabeça afirmando - o senhor era o pai? - Balancei a cabeça novamente - eu sinto muito. Foi demais para o bebê, e ele não resistiu.

Refém (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora