A Garota apaixonada

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Asahi Gakko. A escola escolhida para receber a antiga turma 2-1 da Nipon Mumei.
Quando soube do ocorrido no colégio, a Kanto Kotogakko, que gerenciava a Nipon Mumei, imediatamente transferiu os alunos para outras escolas afiliadas, para evitar que a educação desses jovens fosse comprometida.
Mayu e Ayumi chegaram na estação de Minato pouco antes do trem partir. Usando seus cartões de estudante, elas passaram de graça pelas catracas e correram até a plataforma.
Ayumi segurou as portas do vagão para Mayu entrar.
Como de costume, o trem estava completamente lotado. As duas amigas tiveram que se espremer entre as pessoas, buscando um lugar mais confortável para elas ficarem. Ayumi foi na frente usando seu braço para abrir um caminho naquele multidão. Mayu nunca havia visto tanta gente num mesmo espaço. Aquela aglomeração exalava um calor intenso, parecia uma grande, quente e sufocante lata de sardinha. A ruiva decidiu buscar uma janela. Poucos estavam sentados naquele vagão. Gestantes, idosos e deficientes tiveram a preferência dos assentos. Os que estavam de pé se seguravam em barras no teto, deixando suas axilas à mostra, quase que de propósito somente para a Ayumi esbarrar nelas. A ruiva tentava ao máximo não encostar seu rosto na axila de alguém, para evitar esfregar sua cara num forte cheiro de desodorante, ou pior ainda, na falta dele.
Ayumi nunca se sentiu tão perdida. Ela procurava a janela, sem sucesso. Aquele mar de homens altos de terno e gravata não parecia ter fim.
Por fim a ruiva avistou uma luz entre um velho gordo e careca e um cara loiro que falava ao telefone. Ela a seguiu, passou entre os dois e encontrou a janela.
Ayumi ficou de costas para o vidro e é Mayu se pôs de frente para a amiga.
O trem fez uma curva jogando Yamazaki para cima da amiga. Ayumi ficou espremida entre a janela e a Mayu, e a Yamazaki espremida entre a amiga e o velho gordo e careca que estava atrás dela.
As duas amigas não estavam só próximas, estavam literalmente coladas uma na outra. Seus rostos, sim, estavam próximos. Os narizes a dois centímetros de distância. Mayu conseguia olhar profundamente nos olhos da amiga.
Mayu engoliu seco.
Um mínimo movimento do vagão poderia fazer as duas acidentalmente se beijarem, então Mayu virou o rosto para o lado. Ela queria dar um jeito de desgrudar da Ayumi mas estava muito apertado. Os seios dela estavam apertando os dois grandes da ruiva. Ela sentia o coração da amiga palpitando.
De repente Mayu sentiu algo roçando em suas nádegas. Alguma coisa acariciava sua bunda. Era o velho gordo e careca que a bolinava.
Ayumi notou que Yamazaki estava vermelha e super desconfortável com a situação. Mayu naquele momento quis gritar apontando o molestador para todos ali presentes, mas Ayumi sugeriu não criar um escândalo.
Ayumi desviou seu olhar por cima do ombro da Yamazaki, olhando diretamente nos olhos do velho. Aquele olhar fixo e penetrante estava deixando o homem suando de nervoso. Por um momento o velho pôde ver na retina da ruiva as almas de todas as pessoas que ela matou, brancos espíritos nadando na imensidão negra da sua pupila. Ele então virou de costas para a Mayu, a deixando em paz.

-Obrigada por isso. - suspirou aliviada - Não acredito que fui assediada no meu primeiro dia no trem.

-Você tem que ficar atenta. Esse tipo de situação é mais comum do que você pensa, principalmente com nós colegiais, e parece que somos as únicas desse vagão. Da próxima vez entramos em um com mais estudantes. Você tem que ficar de costas para alguma coisa, como eu estou fazendo, para evitar que te toquem.

-Entendi. Serei mais cuidadosa.

-Se alguém encostar em você de novo, me avise. Ou melhor, troque de lugar comigo. Se alguém ousar em me tocar, eu aperto as bolas do sujeito até me soltar.

-Obrigada por ser tão atenciosa. - Mayu corou.

-Só estou cuidando do meu brotinho. - Ayumi sorri.

-Não sou tão jovem assim.

Rapidamente o tem chegou à próxima estação. Mayu e Ayumi desceram junto com um amontoado de gente. Deixando a estação, as duas se depararam com uma área residencial. Como não sabiam bem onde ficava a nova escola, elas decidiram seguir estudantes que usavam o mesmo uniforme.
O uniforme que os garotos usavam era composto por uma calça marrom e uma camisa social branca com o escudo da escola costurado. O blazer verde escuro e a gravata vermelha vinho eram opcionais, então só alguns garotos as vestiam.
Por todo lado, grupos de alunos caminhavam juntos, batendo papo, jogando conversa fora e falando sobre estudo. Era possível identificar os grupos. O que ia na frente, todo organizado, os membros todos bem vestidos, sérios e sem dar uma palavra claramente eram os integrantes do Conselho estudantil. Os mais musculosos e altos pareciam ser os atletas. Garotas fofas e garotos risonhos e conversadores são daqueles grupinhos que se reúnem em uma sala vazia depois das aulas para matar o tempo com qualquer bobagens. Mais para trás estavam as Gyarus, grupos de garotas que tingem os cabelos de cores vivas e passam a manhã se maquiando para ir a escola, sempre usando acessórios, bijuterias e modificando os uniformes para deixá-los mais na moda. Ao lado das duas caminhava um grupo de estudantes sérios, carregando livros, as garotas de cabelo preso e os garotos altos as seguindo. Alunos aplicados e inteligentes, pra não chamá-los de nerds. Mayu se admirava com aquele vasta diversidade. Ela ainda não havia visto nenhum colega seu.

Caminhando por um tempo, as duas chegaram no portão do colégio. Entrando, podia-se ver os quatro andares que compunham o prédio da escola, que vista de cima tinha um formato de "U".
  Perto do portão elas avistaram seus colegas da antiga escola. Eles estavam com uma mulher atlética, com uma blusa tão colada que era possível ver o seu tanquinho. A professora estava lá para esperar os novos alunos. Depois de fazer uma rápida chamada, ela os levou para o ginásio que ficava atrás do prédio.
A diretora estava lá para recebê-los na porta.
Todos os alunos se sentaram na arquibancada e a diretora foi para o centro da quadra que era usada para basquete, futebol de salão e vôlei. A maioria dos assentos estavam vazios, pois só a nova turma estava lá.
A diretora pegou o microfone e começou a falar.

-Bom dia a todos. Eu sou Mitsuha Takada, diretora da Asahi Gakko. É uma honra imensa para mim dar as boas vindas para a nova turma 2-4 do nosso colégio! Esta que vos trouxe ao nosso ginásio é a professora de Educação Física e treinadora do time de atletismo Amanda Nakano. Ela é uma das integrante do nosso corpo docente, que infelizmente não pode ser todo apresentado no momento por as outras classes estarem em aula, mas vocês os conhecerão ao longo da semana. Todos nós estamos cientes da tragédia ocorrida na antiga escola onde estudavam, e que alguns podem estar num momento difícil por terem perdido seus professores, colegas, amigos! Por isso estamos disponibilizando uma psicóloga para aqueles que precisarem. Ela estará presente na nossa enfermaria. Podem contar com todo o nosso apoio! Bom, a Asahi Gakko é composta por um prédio de quatro andares que abriga as turmas e outras salas importantes. Sua nova classe está no terceiro andar. A cafeteria com máquinas automáticas e cantina, junto com a sala de computação, enfermaria, salas de descanso e biblioteca ficam no andar térreo. Salas do primeiro ano ficam no segundo andar. Segundo ano no terceiro e terceiro ano no quarto. Há banheiros em cada um dos andares. No subsolo ficam os vestiários e as piscinas. Atrás do prédio, como vocês podem ver, fica o ginásio, e aqui ao lado tem um campo de futebol e a pista de atletismo. Sejam muito bem vindos podem me procurar na diretoria se precisarem de algo.

Alunos se levantavam quando Mitsuha começou a falar novamente.

-Eu já ia me esquecendo... - todos se sentaram novamente - Antes de vocês irem, tem uma história que eu quero contar para vocês. Nosso primeiro diretor, no dia da inauguração dessa escola, pediu a mão da sua esposa em casamento. Eles se casaram nessa mesma quadra e por isso todos os anos nós fazemos um baile para relembrar o ato de amor. Esse evento é feito sempre no mesmo dia há mais de 60 anos e o próximo baile será neste domingo. Todos vocês estão convidados. Lembrando que o baile é apenas para casais e vocês só poderão entrar se estiverem acompanhados, então tragam o namorado ou tratem de arranjar um par. Obrigada, podem ir para a sala de aula.

Todos se levantam e saem. A professora Amanda os leva para a nova classe.
Como os alunos eram os mesmos, cada um se sentou no mesmo lugar. Mayu na primeira cadeira da terceira fila a partir da porta e à sua direita, Ayumi se sentou na primeira cadeira da segunda fila a partir da porta. Haruka e Akari também se sentaram nos mesmos lugares.

Amanda-sensei colocou a cabeça para dentro da sala.

-Só lembrando que depois teremos aula lá fora, então coloquem seus uniformes de Educação Física nos vestiários quando chegar a hora. - e ela vai embora em seguida.

Haruka estava séria no fundo da sala.

-Essa escola é bem menos moderna comparada a Nipon Mumei. - disse Haruka.

-Eu gostei. Essa sala tem o ar clássico das salas de aula dos animes. - retrucou Akari.

Antes da aula começar, Ayumi e Mayu decidiram explorar o prédio. Yamazaki achou a escola aconchegante. O primeiro lugar que ela escolheu ir foi a biblioteca. Lá ela se deparou uma grande variedade de novas obras-primas da literatura japonesa, como os clássicos de Natsume Soseki. Ela se maravilhou com aquelas altas prateleiras de livros empoeirados, de todos os tipos, gêneros e autores que não estavam presentes no acervo da Nipon Mumei. Um professor estava passando e avisou para elas voltarem para a sala.
Quando voltou, Mayu se deparou com um estranho pedaço de papel em sua mesa. Era um panfleto de uma clínica de aborto. Mayu olhou seriamente para o Hiroshi, que devolveu o olhar de poucos amigos.

-Que merda é essa?! - Ayumi indignou-se.

-Deixa que eu resolvo isso.

Yamazaki foi em direção ao garoto para tirar satisfação.

-O que significa isso?! - mostrou o panfleto.

-Não é óbvio? Estou tentando resolver o nosso problema. - disse calmamente.

-Meu filho não é nenhum problema pra mim, seu insensível! Aliás, por quê você se importa?! Já não disse que não estava nem aí para essa criança?!

-Olha aqui, eu prefiro ter o peso de abortar esse bebê do que o peso de ter um filho no mundo!

-Não se preocupe, você não vai ter! Você não é pai pro meu filho! Você não merece essa criança! Nós dois vamos ficar muito melhores sem um tipo como você! Então vê se some das nossas vidas!

-Nesse caso não me venha cobrar pensão!

-Isso a justiça vai decidir!

Mayu volta para sua carteira. Ela estava quase chorando.

-O quê ele disse?! - perguntou Ayumi.

-Aquele idiota não vai tirar o meu bebê de mim! Não vai... - ela limpa suas lágrimas.

Depois de muitas aulas, chegou a hora da Educação Física. Todos os alunos da turma 2-4 se dirigiram aos vestiários.
Hiroshi foi o único que ficou na sala de aula. Ele estava furioso. Chorava as carteiras. Haruka apareceu por trás dele.

-Destruindo propriedade da escola? Já quer ser suspenso no primeiro dia? - disse Haruka.

-O que você quer, heim Nishizawa?! - ele realmente não podia conversar com alguém no clima que ele estava.

-Estudamos juntos há anos, acho que você pode me chamar de Haruka.

-Ainda não me disse o que quer.

-Eu acabei ouvindo sua conversa com a Mayu. Situação complicada essa a sua, não?

-Você tá me zuando?!

-Claro que não. Só quero conversar amigavelmente. Será que podemos ou você prefere continuar brigando com a carteira?

Hiroshi suspira e senta em cima da mesa.

-Beleza. Fala.

-Quero te propor um acordo.

-Como assim?

-Bem, você sabe que eu sou muito rica...-

-Eu sei. - a interrompeu - Todo mundo sabe. E você faz questão de deixar isso bem claro todos os dias.

Hiroshi podia não ser a melhor pessoa do mundo mas até ele concordava que a Haruka era uma chata.

-Enfim... - continuou - Eu sei que você está preocupado com a pensão do bebê, afinal é um pagamento mensal que você vai ter que fazer até a criança atingir a maioridade.

-Você não está ajudando no meu emocional! Vá direto ao ponto.

-Eu posso te dar o dinheiro da pensão. Cada centavo.

-Ah, tá bom. Até parece!

-Não acredita? Hiroshi, querido, esse dinheiro não me faria falta nem aqui nem lá na China. Eu só quero uma coisa em troca.

-Estou ouvindo.

-Quero que você seja meu namorado.

-Hmpf. Tá falando sério?

-Sim. E como meu namorado, você deve me acompanhar aonde eu for. Logo eu farei uma viagem muito importante que vai mudar a minha vida. Me mudarei para outro país e quero que você venha comigo.

-Então, basicamente você quer que eu seja seu cachorrinho e que me mude com você para fora do Japão?

-Não deixei isso claro?

Hiroshi ri alto.

-O Tadashi tinha razão, você é louca!

-Olha, eu sou rica. Muito rica. Sendo assim você não vai nem precisar trabalhar. Vai ter uma vida de rei. Eu pagarei a pensão a vista e fora do Japão você nunca mais vai ouvir falar dessa criança e nem da cadela da mãe.

-Oferta tentadora. Vou pensar no seu caso. Mas já vou avisando que eu nunca fui um cara de uma mulher só.

-A viagem será ano que vem. Seja meu namorado até lá. Posso te mostrar os benefícios de ser meu parceiro.

-Vai rolar uma transa?

-É claro. Mas nos planos do meu pai, meus filhos só poderão vir depois dos meus 30 anos.

-Seu pai planejou seus filhos?

-Minha vida toda segue um plano. Como dono de uma grande marca, meu pai teve que pensar naqueles que vão herdá-la.

-Bizarro.

-E então? Você topa ser meu namorado.

Hiroshi pensou por um tempo.

-Beleza, vamos ver onde isso vai parar.

-Fico feliz por ter aceitado.

Haruka tira do bolso dois anéis.

-Esse é meu e este é o seu.

-Anéis?

-Precisamos de algo para mostrar que estamos comprometidos.

Hiroshi lê a inscrição do anel.

-"H&H"?

-Hiroshi & Haruka. Mandei fazê-los especialmente para nós.

-Há quanto tempo você tem isso guardado?

-Não importa. Agora, devemos selar nosso namoro com um beijo?

-Depois. Eu te vi comendo carne, deve estar com um mal gosto na boca.

Hiroshi passa por ela e vai para o vestiário.

Haruka suspira e vai até o banheiro. Ela lava o rosto, e do bolso tira um frasco amarelo com uma tampa branca. Ela retira dois comprimidos do frasco e os engole. Ayumi que acabara de entrar no banheiro, pegou Nishizawa no flagra tomando os comprimidos.

-Tá olhando o quê?! - diz Haruka.

Ayumi simplesmente a ignora e entra numa das cabines.

Com todos já devidamente vestidos, a turma 2-4 seguiu a professora Amanda para a pista de atletismo.

-É o seguinte, como vocês já ouviram da diretora Mitsuha, eu também sou a treinadora do time de atletismo. Nessa escola é comum nós escolhermos um menino e uma menina para representarem a turma em gincanas, festivais e coisas do tipo. Eu já selecionei os da outra turma, mas como vocês chegaram somente agora, chegou a hora de escolher os seus representantes. Alguém se dispõe?

-Com licença! - uma garota dá um passo a frente - Meu nome é Aihara Retsuko, e eu era a capitã do time de atletismo da Nipon Mumei.

-Ótimo! Então você pode...-

-Um momento! - Haruka interrompe a professora - Bom, Retsuko, você pode ter sido a capitã, mas não significa que é a mais rápida. Você nunca me viu correr. Posso facilmente vencer você numa pista.

-Que vadia... - sussurrou Ayumi para Mayu - Vou dar uma lição nela.

Ayumi dá um passo a frente.

-Parece confiante, Haruka. Para alguém que nunca correu, desafiar assim logo uma atleta treinada...

-O que está dizendo?

-Olha, eu também representei a minha escola em Quioto... - mentiu Ayumi - Ei sensei, o que acha disso: nós três competimos e quem vencer representa a turma.

-Parece justo. Então vamos! - disse Amanda. - Faremos três provas: 50 metros, 100 e 400 metros rasos. Quem se der melhor nas três corridas representa a classe. Vamos começar!

A professora procura mas não acha seu equipamento. Ela aponta para a Mayu.

-Você! Qual o seu nome?

-É Mayu Yamazaki, sensei!

-Yamazaki, eu esqueci minha prancheta e meu cronômetro na gaveta da mesa dos professores na sua sala de aula. Por favor, pegue-a pra mim se não for um incômodo.

-Claro que não, sensei, irei imediatamente.

Mayu corre até o terceiro andar e entra na sala. Ela investiga as gavetas por um tempo até encontrar. Quando ela se vira para voltar, Ayumi aparece é ela leva um susto.

-A-Ayumi?! O que está fazendo aqui?

-A Amanda sensei me pediu para te ajudar a procurar.

-Eu já achei, vamos.

Ayumi impede que Mayu passe.

-Espera um pouco. Você quer me ver acabar com a linguaruda da Haruka.

-Sim, vamos.

Ayumi se aproxima e deixa Mayu encurralada contra a mesa.

-Então nesse caso... Preciso de um beijinho de boa sorte.

Ayumi suavemente pôs a mão na nuca a Mayu, e aproximou o rosto até que seus lábios se tocaram. Mayu arregalou os olhos de susto. Ela não esperava algo tão repentino. Ela ficou imóvel. Não foi um beijo de língua, apenas um selinho demorado, mas foi o suficiente para fazer seu coração disparar. Ayumi continuava pressionando seus lábios contra o dela. Mayu fora beijada por uma garota. Uma garota!
Quando a ruiva afastou seu rosto, Mayu respirou ofegante. Yamazaki ficou sem reação.
Ayumi pegou a prancheta da mão da amiga e deu ela volta para voltar para a pista.
Mayu ficou parada. Seu rosto estava muito corado e seu coração ainda batia a mil. A única coisa que ela conseguiu pensar foi: "eu quero mais".
Mayu correu para alcançar a Ayumi que já estava quase cruzando a porta. Yamazaki a fez ficar de frente para ela. Mayu a puxou pelos ombros, fechou os olhos e avançou sobre sua boca. Ayumi a abraçou e introduziu a língua. Aquele foi o melhor beijo que a Mayu já recebeu. Ela não pensava em mais nada, a não ser:"eu quero mais... Eu quero mais...". A cada batida do seu coração Mayu sentia um arrepio percorrendo por todo o seu corpo.
Quando Yamazaki foi beijada por Hiroshi Fukushima ela não sentiu nada de bom. Mas aquele beijo era bom. E queria ficar daquele jeito com a Ayumi para sempre, mas lhe faltou ar e aquele beijo gelado e excitante acabou.
Um pouco de saliva escorria das bocas das duas. Elas ficaram um tempo olhando bem fundo nos olhos uma da outra em silêncio, até que Mayu disse:

-É pra dar mais sorte.

MayuOnde histórias criam vida. Descubra agora