A Garota Louca - Parte II

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Em meio ao silêncio que predominava naquela rua deserta um som estrondoso ecoou. As únicas 4 pessoas presentes ali reconheceram o barulho.

-Ouviu isso?! - sussurrou Ayumi.

-Foi um tiro? - questionou Mayu.

-Tenho certeza. E veio da casa da Haruka.

Mayu arregalou os olhos temendo que sua presa estivesse na mira de outro. Claro, ela não deixaria que um qualquer tocasse Haruka, afinal era sua, e só sua, vingança. Até mesmo Ayumi só tinha permissão para executar a riquinha numa situação emergencial.

-Vamos! - disse ela - Ninguém vai tocar aquela vagabunda antes que eu mesma arranque fora seu útero!

Ao mesmo tempo, na viatura, Hiro e Masami observavam atentos. O detetive imóvel, vidrado, enquanto sua parceira mexia no seu cinto, apreensiva. Hiro só saiu da sua posição estática quando ouviu o som do tiro.

O casal de entreolhou.

-Um disparo? - disseram ao mesmo tempo.

-Foi perto. - presumiu o detetive.

-Hiro, olha! - Masami apontou para a dupla que deixou o carro e correu em direção à casa da Haruka. Mayu disparada na frente enquanto Ayumi tentava acompanhá-la - Estão entrando na mansão dos Nishizawa!

-Precisamos segui-las! - declarou Hiro no mesmo instante.

-Podemos entrar na mansão assim sem um mandato? - questionou preocupada.

-Masami, ouvimos um tiro! - respondeu berrando. Logo depois seguiu em direção à mansão.

Masami passou muito tempo estudando e treinando para ser uma boa policial, contudo nunca antes participou de um trabalho em campo. Estava nervosa por ser sua primeira missão, aflita por saber quem deveria prender e preocupada com seu namorado que não estava em seus melhores dias. Ela sentiu um aperto em seu peito que só sentia quando pressentia que algo ruim fosse acontecer. Seu corpo gelou e ela temeu o que poderia estar esperando-a.

-Vamos! - disse Hiro. A mulher obedece.

Ayumi e Mayu, sem perceberem que estavam sendo seguidas, passaram pelo grande portão prateado que Satoru e Itou deixaram aberto. Hiro e Masami vinham mais atrás com cautela.

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Itou desabou molhado em lágrimas e sujo com o sangue do Satoru que respingou quando Haruka o baleou. Suas mãos trêmulas largaram o taco de baseball ensanguentado e ele olhou para elas horrorizado, sentindo vontade de vomitar, em seguida para o corpo de Akari.

-Bom, bom, bom. - disse Haruka sorrindo e olhando para o cadáver desfigurado e cheio de hematomas da sua ex amiga - Ela teve o que mereceu. Contudo eu não me importaria se você tivesse batido com mais força, ela só parou de se mexer depois do décimo quinto golpe.

A vil garota analisou a situação olhando para os dois corpos no chão da sua garagem e qual deveria ser o próximo passo. Teve uma ideia ao ver ferramentas de jardinagem perto da mesa de carpintaria onde haviam outras tralhas de trabalho, além de um galão de gasolina e aparatos de mecânica do seu pai amante de carros clássicos.

Itou não se mexia, estava tão aterrorizado que sua mente estava em outro lugar. Haruka bateu palmas tentando chamar a atenção do garoto.

-Ei! Acorda! Pegue aquela pá. Você vai enterrar eles no jardim dos fundos onde os jardineiros estavam preparando a terra. Esses dois vão servir de adubo para as nossas novas cerejeiras.

MayuOnde histórias criam vida. Descubra agora