-Estive pensando numa coisa que poderíamos fazer juntas. Creio que isso irá irritar bastante a vaca da diretora Mitsuha, mas preciso da sua colaboração. - disse Mayu.
-Do jeito que ela nos tratou no baile, eu topo. - disse Ayumi.
-A diretoria fica ali. - apontou - A Mitsuha sempre vai almoçar na sala dos professores então a sala dela fica vazia por meia hora. Eu sei que estávamos indo comer no terraço, mas o que acha da gente dar uma passadinha lá dentro e fazer algo imoral?
-Hum... Algo muito errado que poderia nos render uma punição pesada ou até uma expulsão? - Ayumi ri - Eu topo!
Mayu puxou Ayumi pelo braço e as duas correram para a sala da diretoria. Depois de checarem se havia câmeras de segurança, o casal se despiu e fez "coisas" em cima da mesa da diretora. Alguns minutos depois, já vestidas, as jovens deixaram a sala, encontrando Mitsuha na porta. A mulher vinha distraída, concentrando sua atenção em alguns documentos, por isso se assustou quando esbarrou no casal.
-Vocês?!
O casal sorriu sarcasticamente.
-Olha se não é a nossa diretora que odeia lésbicas. - disse Yamazaki.
-Não deviam estar aqui! Posso saber o que as moças estavam aprontando?!
-Entramos aqui por engano. Peço perdão. Garanto que não vai acontecer de novo.
-Vocês não me enganam! Posso ver nos seus olhos que estão mentindo! Digam agora mesmo o que faziam lá dentro!
-Prefiro não dizer, vou deixar a senhora adivinhar. Hoje é o dia dos namorados portanto não vai ter aula agora a tarde, então, se nos der licença, vamos embora aproveitar nosso dia como um casal. Divirta-se tentando descobrir o que fizemos e em quais lugares fizemos. - risos.
Mitsuha ficou par trás sentindo-se uma boba e com medo do que iria encontrar quando entrasse. Yamazaki e Saito já iam longe. Ayumi ria e debochava da mulher.
-Viu a cara dela? - risos.
Mayu vinha mais calada, olhando para cima, aérea.
-Tá pensando no quê, gata? - questionou, sua namorada.
-No quanto me tornei sádica. Há três meses eu estava me escondendo e chorando pelos cantos, uma garota medrosa e idiota. Hoje, dois minutos atrás eu estava transando com uma garota pra dar uma lição na nossa diretora homofóbica. Afinal, meu psicólogo estava certo, depois de um trauma me tornei uma sociopata fria.
-Está chateada?
-Não sei bem o que sinto em relação a isso. Gosto de dar lições nas pessoas mas... Quer saber? Mas nada! As únicas pessoas com quem me importo são da minha família! Quero que o resto do mundo queime! Quero que a Haruka queime! Mal posso esperar para colocar minhas mãos nela!
-Acho melhor você falar baixo.
-E daí se alguém ouvir? É só a gente matar essa pessoa e ninguém fica de testemunha. Se ela correr e contar pra 100 pessoas então vamos matar todas elas! Vamos expurgar todas as malditas almas desse mundo até que não sobre ninguém para nós fazer mal!
-Gosto do seu entusiasmo mas não precisa exagerar.
-Me desculpe. Talvez eu esteja ansiosa para o que vamos fazer. Será que é prudente só aparecermos lá sem ter nada muito planejado? Estamos contando com muitas coisas que podem não acontecer. Por exemplo, pode ter algum segurança que não esperamos. Talvez devêssemos revisar o plano.
-E se em vez da gente ficar em casa esperando dar 3 da tarde, pegassemos o carro da sua mãe e ficarmos perto da casa da Haruka vigiando?
-Ficar de tocaia parece mais prudente, mas não temos carteira de motorista.
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Mayu
Mistério / SuspenseNo friends, no life. Essa era a vida de Mayu Yamazaki, uma estudante de 16 anos que vivia sua vida sendo torturada por três colegas de classe que só faziam aquilo por diversão. Ela vivia apenas com a perpétua esperança de que tudo poderia ser melho...