A Garota que se decepcionou

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Os dois se olhavam fixamente. Hiroshi encontrava-se pensando no que responder para a garota que estava na sua frente. Mayu encarava Hiroshi seriamente aguardando a sua resposta.

-E então? Você vai me beijar? - Yamazaki perguntou novamente.

-Se eu te beijar, você vai transar comigo? - Fukushima perguntou.

-Eu somente transaria com o homem que eu amo. E eu te amo. Mas tenho que ter certeza que meus sentimentos são recíprocos.

-Então tá. Se é só isso eu te beijo.

-S-Sério? - Mayu cora.

-Não é isso o que você quer? Vem então.

-É que...-

-Algum problema?

-N-Não...! - Mayu ergueu e afinou sua voz por um segundo. Ela percebeu e ficou com vergonha. Ela logo volta ao tom de voz normal - T-Tudo bem.

Os dois estavam numa rua estreita numa parte muito pouco movimentada de Tóquio. De um lado da rua haviam algumas casas e do outro terrenos baldios. Passava das 21h e estava uma completa escuridão, fora pelos postes de lâmpadas incandescentes que piscavam a cada três segundos. Não era o lugar que a Mayu queria para o seu primeiro beijo, mas ela estava disposta a ignorar o lugar nada romântico se fosse pelo seu amado.
Mayu, vermelha de vergonha, foi se aproximando do Hiroshi lentamente-com curtos passos. Ela para a centímetros dele e fecha os olhos. Ela aos poucos vai separanto os lábios até que formou um tímido e trêmulo biquinho. A boca da Mayu não estava aberta o suficiente para que duas línguas pudessem se encontrar, o que dava a perceber que a ela esperava um beijo sem língua, mas não era o que o Hiroshi queria.
O jovem Fukushima agarrou-a pelos ombros e a puxou até que suas bocas se encontraram. O jovem introduziu sua língua a força na boca da Yamazaki, esta arregalando os olhos de susto. Mayu tinha seus gemidos abafados enquanto a língua do Hiroshi rastejava por cada centímetro da boca dela.
A jovem começou a sentir-se sem ar. Ela colocou as duas mãos sobre o peito do Hiroshi e o empurrou até que suas bocas se separaram, deixando apenas uma "ponte" de saliva ligando as duas línguas que sumiu no ar quando os dois se afastaram.
Bastante ofegante, Mayu, com a mão, limpou um pouco de saliva que escorria da sua boca até o queixo.
Mayu se sentia mal com aquela situação. Seu tão aguardado primeiro beijo não havia sido como ela havia sonhado.

-Pronto. Nos beijamos. Vamos para o motel? - perguntou Hiroshi.

-Eu... Eu ainda não estou segura com isso... - respondeu ainda ofegante.

-Mas o que mais você quer que eu faça?! - o jovem elevou um pouco sua voz - Você disse que transaria comigo se eu te beijasse!

-Sim, mas... Eu... Você sabe o que eu passei nos últimos dias... As feridas...da última sexta-feira ainda não se fecharam... Eu sempre quis que um dia nós dois tivéssemos um momento íntimo de amor e calor, mas no momento eu estou muito emocionalmente abalada e não estou pronta para esse tipo de contato físico... Me desculpe...

Hiroshi a aquela altura não conseguia pensar em algo para convencer a Mayu. Num instante uma coisa veio à sua cabeça. Não era a melhor idéia mas foi a única coisa que ele conseguiu pensar.

-Bem... Eu entendo... Você foi estuprada e agora tem receio quanto a fazer amor... - ele olhou para Mayu com uma cara triste.

-Ahn... O-O que foi Hiroshi? - ela perguntou preocupada.

-Mayu.... Deixa eu te perguntar: Você não gostaria de fazer direito?

-F-Fazer direito o quê...?

-Amor. Você disse que queria ter um momento íntimo de amor comigo, e eu imagino que você se referia a sua primeira vez, estou certo?

-B-Bem...-

MayuOnde histórias criam vida. Descubra agora