Capítulo 6

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Agatha

Hoje graças a Deus meu despertador funcionou, porque ninguém merece ir pra escola com fome, se arrependimento matasse eu teria mais o menos enrolada, pois me arrependi amargamente de ter ido pra escola com fome ontem.

Me arrumei, desço a escada e vou para cozinha não encontro minha vó, já três dias que eu não a vejo sei que ela vem em casa pois encontro comida pronta e não sou eu que faço, acho que essa ONG tá tomando todo tempo dela.

Tomo café como tudo que gosto até me senti satisfeita, pego as minha coisas e saio para a escola. Vejo a Samantha me esperando no mesmo banco de ontem, tenho que admitir ela é um pouco estranha mais também é legal, assim que me ver ela levanta e seguimos pra escola conversando coisas banais.

Quando chegamos na escola que está bem movimentada hoje seguimos pra sala conversando, na verdade a Samantha conversa, já que ela quase não me deixa falar direito e na verdade gosto muito de escuta-la.

Quando chegamos na porta vejo o Jonathan com a Lívia no seu colo, eles estão se beijando assim que os nossos olhos se encontra ele empurra a Lívia do seu colo ela me olha com um sorriso debochado.

Entro me sento com uma agonia no peito, meu coração está acelerado não sei porque estou sentindo isso, mas sei que isso não é bom.

A professora entra na sala e começa a aula, o tempo parece que não passa.

****

Finalmente chegamos no intervalo e a Samantha vai buscar uns lanches pra gente, ficou ouvindo música.

Quando olho pra porta vejo o Jonathan vindo em minha direção, meus olhos vão ao encontro dos seus e derrepente a Lívia entra na frente dele, desvio meu olhar para janela por alguns minutos e quando olho eles não estão mais lá.

Depois de uma eternidade a Samantha chega com os nossos lanches, não sei onde ela encontrou esse sanduíche mais está maravilhoso. Tivermos algumas aulas e confesso que a última foi a que mais me interessou, já que o professor é muito bonito.

- Lindo né!- olho confusa- o professor, a partir de hoje matemática é a minha matéria favorita- diz e eu dou risada.

As aulas acabaram e estou saindo com a Samantha, como eu disse ela não para de falar. Sinto alguém puxar o meu braço quando olho o Jonathan está olhando pra mim, assim como todos os que passam.

- Precisamos conversar- diz ainda me olhando, odeio ser o centro da atenção.

Me viro pra Samantha e ela apenas assente, parece que já nos conhecemos a anos como se ela entendesse o que eu estava pensando.

- Te espero lá fora- diz saindo.

Olho para o meu braço que ele ainda está segurando e ele o solta solta rapidamente.

- Vamos conversa em outro lugar- sai sem esperar meu consentimento.

Seguimos em direção ao refeitório ele para em frente a uma mesa grande que normalmente ele fica com os amigos. Senta e demora um pouco pra falar, então eu começo.

- Podemos fazer o trabalho no fim de semana- ele mim olha confuso- se você não tiver nada pra fazer- completo.

- De por tudo bem, pode ser na minha casa?- assinto.

- Dez da manhã tá bom ou você ainda tá dormindo?- digo olhando sério.

- Tá bom- diz apenas.

- Eu tenho que ir, minha amiga está me esperando- ele concorda e saiu.

Ainda tem várias pessoas me olhando estranho, eu odeio isso, falta de educação.

Samantha me olha sorrindo, concerteza essa menina deve ser doida essa é a única explicação. Me aproximo dela.

- E aí o que ele te falou?- pergunta eufórica.

Não sei o motivo de toda animação dela.

- Marcamos o dia do trabalho somente- respondo sem muita importância.

- Só isso?- assinto- eu em que menino sem graça- diz e sorrio.

Vamos andando até ela parar e por impulso eu paro também.

- O que você tá fazendo aqui?- diz ela irrita.

Olho pra frente e vejo um rapaz alto, moreno, com olhos castanhos vindo em nossa direção.

- Eu estava passando por aqui vi você decidir irmos juntos- diz sorrindo.

- Até parece- diz revirando os olhos.

Tô me sentindo perdida no meio dos dois.

- Não vai apresentar a sua amiga não?- ela suspira.

- Lucas essa é a Agatha- ele sorrir- Agatha esse é o chato do meu irmão Lucas.

O Lucas é muito bonito e educado. Seguimos conversando, eles se despedi e eu sigo pra casa quando chego vejo a minha vó em casa, ela tá preparando o almoço.

- Oi vó- coloco a mochila no sofá e vou em sua direção.

-Oi minha boneca- diz arrumando lasanha na mesa.

- Como a senhora está? Quase não a vi esses dias- digo.

- Eu estou bem minha flor, aconteceram alguns acidentes em outras cidades e a nossa ONG está tendo que se desdobra pra ajudar, e você meu bem como está?- diz ela.

- Eu estou bem- digo com um sorriso.

Minha vó é brasileira veio morar aqui já faz muito tempo, mesmo assim a comida dela ainda continua maravilhosa, não perdeu a essência.

Eu subo pro quarto escrevo algumas coisas, um tempo depois desço pro almoço e ficamos em silêncio sei que tem algumas coisa errada, minha vó não é de ficar quieta. Eu sei que ela não quer me contar, e eu também não quero ser intrometida, se ela não quer me contar deve ter seus motivos e eu respeito isso.

Terminamos o almoço a minha vó sai falou que tem um compromisso importante. Eu aproveito e decido ir na biblioteca começar a pesquisar algumas coisas sobre as estações.

A biblioteca mim lembra muito os meus pais, minha mãe adorava ler e escrever já o meu pai gostava muito de música, por isso eu me identifico com ambas as coisas.

Durante esses três dias, tô tentando superar a falta que os meus pais me fazem, tento não sentir tanta saudades, tento não mostrar a minha dor e acho que está funcionando. Fico horas pesquisando, analisando e vendo reportagem sobre as estações, confesso esse tema é um pouco sem graça e complicado de montar um trabalho.

Vejo alguém se aproximar e quando olho tomo um assusto em ver o Lucas me encarando.

- Disculpa não queria te assusta, você tava tão concentrada que nem me viu chegando- diz um pouco envergonhado- posso sentar- assinto e ele senta- o que você tá fazendo aqui?- simplesmente pergunta.

- Eu vim pesquisar algumas coisas para o trabalho da escola, e você o que faz aqui?- ele arregala os olhos.

- Eu vim- ele se atrapalha- eu ia encontrar uns amigos- ele tá mentindo- aí te vi e decidir falar com você.

Ficamos algumas horas conversando e o Lucas me ajuda com algumas pesquisas. Tá ficando tarde eu me despeço e sigo pra casa, minha vó não está novamente, subo para o quarto e pego meu violão ganhei ele de presente há três anos ele já tá bem velhinho, mas gosto dele mesmo assim.

Toco algumas músicas que eu gosto e é inevitável não lembrar dos meus pais. Começo a chorar, a falta deles estão mim corroendo por dentro e mesmo que eu tente não lembra isso se torna algo inevitável afinal eles fazem parte da minha vida.

Revisado.
Gente desculpa a demora mais a minha internet tá uma pouco lenta, eu também tô um pouco sem tempo. Espero que vocês gostem. Se gostarem não esqueça de votar isso ajuda muito.
Beijinhos

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