Capítulo 212

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|Narração Hugo|

— Eu não sei Hugo... Eu preciso colocar meus pensamentos no lugar, estou confusa. Mas não quero voltar pro meu apartamento, eu preciso de um lugar longe de todos. — passou o dorso da sua mão em seu rosto. Logo me veio uma ideia maluca na cabeça, talvez ela topasse.
— Quer ir comigo para a casa dos meus pais? —
perguntei sem pestanejar e eu senti o cheiro de bolo invadir minhas narinas, pelo horário que eu coloquei ele já estava quase pronto.
— O que? Eu não sei... — disse meio atrapalhada com as palavras.
— Eu sei, você não me conhece o suficiente para viajar comigo, mas podemos nos conhecer esse final de semana, e uma casa no interior de San Diego seria perfeito para você colocar seus sentimentos em ordem. — dei de ombros tranquilo, eu não me importava em levar ela comigo, só teria que aguentar as perguntas absurdas da minha mãe.
— Eu só preciso passar no meu apartamento pegar algumas roupas. — pude ver um sorriso brotar em seus lábios e suspirei aliviado.
— Tudo bem, mas antes vamos comer aquele bolo... — apontei para a cozinha e ela sorriu.
— Vamos. — se levantou e andamos em direção a cozinha.
Peguei dois pratos de sobremesa e depositei sobre a mesa, desliguei o forno e esperei alguns minutos para que pudesse tirar de lá, segundo a minha mãe ele podia desandar se tirasse for forno em imediato. Enquanto os minutos passavam eu e Paloma trocávamos algumas palavras, perguntávamos coisas um do outro e descobri que ela tinha vinte anos — o que não aparentava — e que fazia faculdade de Ciências Contábeis. Sua melhor amiga se chamava Agatha e elas moravam juntas. Me contou também que estava se sentindo um pouco melhor, e fiquei contente em saber que eu contribui para isso.
— Prontinho. — cortei o bolo e servi um pedaço pra ela. — É o que tem pra hoje. — servi o meu pedaço e me sentei de frente pra ela.
Cravei meu olhar no seu e fiquei esperando sua reação, se estivesse ruim com certeza eu perceberia pela sua expressão.
— Hum... Tem certeza que foi você que fez? Está muito bom. — se levantou e pegou mais um pedaço, ela estava faminta, e eu não estava diferente.
Depois de comermos metade da forma, decidimos ir até o seu apartamento para pegar algumas roupas pra ela. Fiquei com medo que ela pudesse mudar de ideia e achar uma absurdo viajar com um "estranho", mas não, ela estava decidida a isso.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora