Capítulo 313

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|Narração Agatha|

Enquanto o carro percorria pelas ruas de San Diego, eu estava com um aperto enorme dentro do peito. Sai da casa de praia bem cedo, e pensei que Luan ao menos iria se despedir de mim, mas não, ele nem fez questão disso, e eu o entendo.
Peguei minha mala em silêncio, da mesma forma como eu vim o caminho todo, e agradeci imensamente por Paloma ter respeitado o meu momento, eu realmente não estava afim de conversar, não agora.
Tomei um banho, e me joguei na cama sentindo o seu cheiro no travesseiro ao lado. Vez ou outra ele dormia aqui, e seu cheirinho estava ali, e eu não tinha percebido até hoje. E de novo as lágrimas começaram a rolar em meu rosto. Fechei os olhos e peguei no sono, não sei por quanto tempo eu dormi, só sei que foi bastante.
Senti alguém me balançar e quando abri os olhos Paloma estava com os olhos arregalados, ela estava com o rosto todo molhado e gritava em desespero.
— Eles estão aqui... — disse com a mão na barriga e eu me levantei da cama rapidamente.
— Eles quem? — perguntei sem entender.
— Christian e o Fred, eles fugiram da cadeia e estão atrás de nós... — pude ouvir gritos vindo da sala e me apavorei.
— Se esconde amiga... — pedi preocupada, e foi quando a porta se abriu revelando Christian com uma arma em mãos apontada pra mim, ele tinha um sorriso diabólico nos lábios.
— Quanto tempo princesa! — ele foi bem sarcástico em suas palavras.
— O que... Você quer? — perguntei com a voz falha.
— Você! — apontou com a arma pra mim, e foi se aproximando lentamente. Eu não conseguia mover um músculo se quer, o medo falava mais alto.
— Por favor... Não façam nada com a Loma, ela está grávida. — engoli em seco sentindo ele atrás do meu corpo, alisando a ponta da arma em minha cabeça.
— Você está tão gostosa... Mais do que antes, com esse cabelo curto, hum! — sussurrou ao pé do meu ouvido, e eu as suas palavras sujas me davam nojo.
Suas mãos ele esfregava sobre todo o meu corpo enquanto eu não fazia nada, por medo, ele tinha uma arma apontada em minha cabeça. Fred parou na porta e sorriu sacana olhando para Paloma que estava no canto do quarto, sentada no chão, chorando com as mãos na barriga, eu estava muito preocupada.
— Por favor não faz nada com a gente... O que vocês querem? — eu implorava, e ao mesmo tempo chorava em desespero.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora