Capítulo 272

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|Narração Agatha|

Paloma não veio pra faculdade hoje, porém ela me emprestou o carro e eu vim dirigindo. Eu sabia dirigir, só não era habilitada pra isso. O meu humor estava péssimo, não bastava a Beatriz me enchendo o saco no trabalho, Luan tinha que ser um ignorante comigo no telefone também, mas eu tenho aula com ele hoje, vamos ver se ela vai continuar me evitando.
Assim que entrei na sala havia um professor diferente, estranhei no mesmo instante. Arqueei uma sobrancelha, ele e o coordenador Flávio me olhavam no mesmo instante, eu pedi licença indo para o final da sala e me sentei observando tudo.
— Bom, esse é o professor Alexandre, ele vai pegar as aulas do professor Luan, e teremos um substituto para o professor Gustavo também. — explicou o coordenador e os alunos ficaram alvoroçados e com razão. — Silêncio por favor! — pediu quando a sala se tornou na maior bagunça.
Mas como assim substituto do Luan e do Gustavo? O que foi que aconteceu? Um nó se formou na minha garganta e eu me sendo horrível, ele não quis me contar... Mas porque?
— Porque estão arrumando substitutos pra eles? — Karoline perguntou abismada, quem vê ela se importa com isso.
— Eles pediram demissão! — falou simplesmente e eu neguei com a cabeça sem acreditar, eles jamais fariam isso, só se estivessem loucos. — Calma pessoal, já estamos providenciando professores qualificados pra vocês! — disse com desdém e eu logo entendi.
— Mas eles eram qualificados para nós! — praguejei e todos me olharam confusos.
— Algum problema Agatha? — Flávio me olhou e eu engoli em seco, o olhar dele era de reprovação.
— Nenhum! Eu só estou achando estranho... — dei de ombros encarando o mesmo, eu não tinha medo dele.
— Pois bem... — fez uma pausa. — Venha até a minha sala, preciso conversar com você! — apontou pra mim. — E o restante fiquem com a aula de Rural com o professor Alexandre. — me encarou.
Me levantei sem vontade algum e o acompanhei até a coordenação. Eu poderia esperar tudo dele, literalmente, mas eu sei que coisa boa não viria. Respirei fundo assim que entramos na sala e ele apontou para uma cadeira de frente para a sua mesa.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora