Capítulo 318

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|Narração Agatha|

Eu estava com muita raiva, muita mesmo. Minhas mãos tremiam e as lágrimas desciam descontroladamente, olhei para a foto mais uma vez e tive vontade de estar lá e quebrar a cara dela. Voltei pro sofá e tentei dormir, mas aquela imagem não saia da minha mente.
Acordei de madrugada com uma vontade louca de vomitar, corri até o banheiro mas nada saiu. Minha cabeça estava doendo, e meu estômago embrulhado. Vi que ainda eram quatro horas da manhã, e a vontade incontrolável de estar com o Luan falou mais alto.
Peguei meu celular e vi que tinha outra mensagem dele, mas na realidade foi a vadia da Daiana que me mandou, uma foto dela sentada na cama e o Luan de costas, pude perceber que ela estava só de lingerie, ela queria me provocar, com certeza.
Peguei uma jaqueta de moletom, calcei um tênis nos pés e fui de moletom mesmo. Procurei as chaves do carro e desci até a garagem, essa vadia vai me pagar, de ela queria me provocar, ela conseguiu. Dirigi até a casa da praia e quando cheguei o dia já estava amanhecendo.
Desci do carro e percebi que todos deviam estar dormindo, mas o que eu estou fazendo? Eu nem deveria estar aqui. Quando me virei pra ir embora ouvi a porta se abrir e meu coração bateu mais forte.
— Agatha, o que está fazendo aqui? — a voz do Luan estava rouca, senti meus olhos marejaram e minhas mãos tremerem, eu nunca me senti assim em relação a ninguém.
— Eu fiquei com ciúmes... Foi por isso que eu vim! — fui sincera.
— Ciúmes de quê? — ele perguntou sem entender.
Me virei, peguei meu celular e mostrei as fotos pra ele, sua boca entreabriu e ele deu um longo suspiro olhando para a tela do celular por alguns segundo.
— Isso é mentira! Não rolou nada entre a gente... — espremeu os olhos alisando a barba. — Na verdade eu estava bêbado, acabou que nos beijamos, mas isso só aconteceu porque eu vi você, ali na minha frente. Eu estava alucinando. — deu um riso frouxo e entregou meu celular.
— Você imagina como eu estou? — fiz uma pausa. — Eu dirigi da cidade até aqui... Eu... — engoli em seco não conseguindo falar mais.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora