Capítulo 232

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|Narração Agatha|

Ele estava me traindo, ele me iludiu dando um anel de noivado, e nem levou em consideração meus sentimentos quando pensou em ir embora sem ao menos me contar.

|Flashback Off|

Funguei limpando as lágrimas que insistiam em cair, mesmo depois de dois anos eu sentia que o amor ainda estava aqui. Que eu ainda o amava mesmo depois de tudo, mas era um amor que eu mantive em segredo por tanto tempo. Um amor que estava guardado a sete chaves, e ninguém além de mim sabia.
— O que ele está fazendo aqui? — sussurrei sentindo as lágrimas descerem voluntariamente sobre o meu rosto.
— Agatha? — ouvi a voz de Paloma ecoar no banheiro e dei um pulo me levantando.
— Amiga... Estou aqui. — levantei a mão para que ela pudesse me ver.
— Está tudo bem? Você saiu praticamente correndo... — perguntou preocupada.
— Estou. Eu precisei correr pra cá, mas estou bem. — engoli em seco, eu odiava mentir para ela, mas ninguém saberia sobre ele amor, ninguém mesmo.
— Vou te esperar então. — ouvi seu salto ecoar e ela se afastou da porta da cabine.
Droga.
Minha maquiagem deve estar toda borrada, e meus olhos inchados. Com certeza ela percebeu pela minha voz que eu estava chorando. Peguei um pedaço de papel e passei sobre o rosto, para amenizar um pouco, eu tinha que sair dali ou ela arrombaria a porta.
Abri a cabine e sai de cabeça baixa indo até a pia, liguei a torneira e comecei a lavar as mãos disfarçadamente, Paloma se aproximou e parou do meu lado de braços cruzados, e com o seu olhar cravado em mim.
— Olha pra mim Agatha... — pediu e eu não olhei, permaneci de cabeça baixa. — Você estava chorando? — perguntou baixinho.
— Nada que você deva se preocupar. — dei de ombros pegando o papel toalha para secar minhas mãos. — Vou retocar a maquiagem, estou parecendo um panda. — suspirei passando uma água em meu rosto.
Eu tinha uma base, um pó, rímel e batom na bolsa. Eu sempre carregava comigo em caso de emergência, como esse. Enquanto eu terminava de me arrumar Paloma apenas me observava em silêncio.
— Você perdeu, mas o Hugo me beijou... — fitou suas mãos e eu parei de passar o batom no mesmo instante.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora