Capítulo 311

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|Narração Luan|

O dia estava amanhecendo, e eu nem tinha conseguido pregar o olho ainda. Passei a noite toda acordado, olhando para o teto e pensando onde foi que eu errei com ela.
Eu admito, eu chorei. Não queria demonstrar ser fraco, mas estava doendo em mim, eu não queria que as coisas tivessem tomado esse rumo, mas as palavras que ela me disse rondavam a minha mente, e as lágrimas grossas desciam sobre o meu rosto.
Meus olhos estavam inchados e pequenos, eu até tentei virar para o canto e pegar no sono, afinal, era ridículo um homem de trinta anos chorando por um amor não correspondido, me obriguei a rir com esse pensamento.
Quando me dei conta o dia já estava amanhecendo, e já eram oito horas da manhã, ouvi algumas vozes vindo da entrada da casa, e quando me aproximei da janela pude ver que Agatha se despedia de algumas pessoas, com suas malas em mãos.
Meu coração apertou quando o seu olhar encontrou o meu, ela ficou por alguns instantes com o seu olhar firme no meu, e então abaixou o seu olhar e seguiu rumo até o carro de Paloma que estava perto do portão.
Engoli em seco.
Ela se foi.
Acabou.
Passei a mão no rosto e respirei fundo, eu não conseguia entender. Eu estava sofrendo. Eu não conseguia entender onde foi que eu errei, e eu me martirizava por isso, por saber que talvez eu contribui para que as coisas não dessem certo.
Com muito custo sai do quarto e encontrei os rapazes prontos para começar o churrasco de domingo. Dei um longo suspiro e me aproximei da cozinha para tentar tomar um café.
— Bom dia cara. — disse Douglas animado enquanto temperava as carnes.
— Bom dia, acordaram com as galinhas? — murmurei me sentando em volta da mesa.
— Dia de churrasco meu amigo! — Guto deu um tapa de leve no meu ombro e se sentou do meu lado.
— To desanimado. — servi o café na xícara e os dois trocaram uns olhares estranhos.
— Você e a Agatha... — Douglas começou a falar e eu o interrompi.
— Terminamos, eu e ela terminamos. — falei simplesmente.
— Mas vocês estavam tão bem ontem, o que aconteceu? — Guto estava sem entender, imagina como eu estou.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora