Capítulo 227

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|Narração Agatha|

Teve um tempo que eu não conseguia ficar um final de semana em casa. Começava na sexta, e terminava na segunda... E quando tinha feriado no meio da semana então? Eu me considerava "baladeira", hoje eu posso dizer que não sou mais, eu simplesmente cansei dessa vida.
Não vou dizer que não gosto. Eu gosto de sair. Gosto de dançar. De beber. De curtir com a Paloma. Mas as coisas mudam, as pessoas mudam, nossa perspectiva de vida muda, e o que antes você gostava muito, hoje não te agrada mais.
Quem me visse em casa em um final de semana, comendo pipoca e curtindo séries iria estranhar, mas eu me tornei esse tipo de mulher. Eu pegava muitos, e tudo não passava de uma diversão. Muitas pessoas pensam que eu não tenho um coração, quem dirá sentimentos, mas eu tenho. Só quem já sofreu por amor se torna esse ripo de pessoa, mas eu não me orgulho disso.
Quando começou a tocar funk, puxei Paloma para o meio do clube e começamos a dançar. As pessoas já estavam embriagadas e dançavam sem se importar com o que outros iriam pensar.
— Eu amo essa musica. — disse Paloma sorrindo, e logo Hugo se juntou com nós.
Dançávamos os três animados, como se não houvesse amanhã. Eu senti falta disso, de dançar, de sorrir de verdade, de dar gargalhadas gostosas e me sentir única.
Senti um corpo atrás de mim, e nem precisei me virar para ter certeza que era o Luan, seu perfume era irreconhecível, foi o que mais me instigou quando eu o conheci.
— Você não desiste mesmo hein? — sussurrei sentindo suas mãos tocarem a minha cintura.
— Eu sou persistente, e ver você rebolando dessa forma não ajuda. — disse ao pé do meu ouvido, e eu me arrepiei toda.
— Assim? — rebolei discretamente e ele apertou minha cintura arfando.
— Agatha... Não provoca, você sabe do que eu sou capaz. — sorriu.
O funk terminou, e foi substituído por uma música lenta e romântica, o que não fazia meu tipo. Me afastei do Luan pronta pra sentar, mas ele impediu me puxando para perto do seu corpo. Dessa vez estávamos um de frente pro outro.
— Vamos dançar! — afirmou colando nossos corpos.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora