Capítulo 249

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|Narração Agatha|

As seis horas, quando coloquei o pé na porta da loja, ali estava o Eduardo, com o corpo encostado no carro me esperando. Pela primeira vez na vida eu vejo ele cumprindo com algo, dei um longo suspiro e caminhei até ele.
— É aquele homem de sábado? — Paloma perguntou confusa do meu lado.
— Sim, eu vou com ele... Até depois! — sorri forçado a olhando, e ela estranhou.
— Ta bem, até depois. — deu um beijo no meu rosto.
A cada passo que eu dava em sua direção, meu coração palpitava e parecia sair pela boca. Seja firme Agatha, Eduardo te fez sofrer muito, jamais se esqueça disso. Por mais que ele esteja arrependido, e por mais que eu o perdoe, eu não vou conseguir deixar tudo pra trás.
— Vamos logo porque eu ainda tenho que ir pra faculdade. — falei rude passando reto por ele.
— Tudo bem. — abriu a porta do carro e eu entrei.
Coloquei o cinto de segurança e fui logo abrindo o vidro para respirar um pouco de ar puro. Quando ele entrou o seu perfume se exalou sobre o ambiente, e era o mesmo perfume de dois anos atrás.
— Pra onde vamos? — perguntou ele girando a chave do carro e eu dei de ombros.
— Você que sabe. — falei com desdém.
Ele deu um longo suspiro e seguimos rumo para algum lugar que eu não fazia ideia de onde era. Tipo um bar. Tinha um ambiente aconchegante, quadros rústicos e uma música gostosa de fundo, não haviam muitos pessoas ali. Como eu nunca conheci esse lugar antes? Era gostoso demais ficar aqui.
— Quer beber alguma coisa? — perguntou olhando para o cardápio.
— Viemos aqui para beber ou conversar? — arqueei uma sobrancelha e ele torceu os lábios me olhando.
— Dois sucos de laranja por favor. — pediu para a garçonete que veio nos aprender.
Ela assentiu e saiu nos deixando sozinhos de novo, e o silêncio predominou assim como quando viemos pra cá, não falamos nada o caminho todo.
— Eu vou me mudar para San Diego de novo. — disse fitando suas mãos que estavam sobre a mesa.
— E? O que eu tenho a ver com isso? — retruquei sem entender.
— Achei que pudéssemos conversar, nos entender e recomeçar... Tudo do zero! — sua voz estava embargada, e podia se notar de longe que ele estava abatido.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora