Capítulo 238

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|Narração Luan|

— Há dois anos atrás eu conheci o Eduardo, eu tinha recém me mudado pra cá e não conhecia ninguém. Eu estava atrás de um emprego e nos esbarramos na empresa do pai dele, eu fiz uma entrevista para ser secretária, mas não rolou. Ele já foi logo pedindo meu número e eu não hesitei, ele tinha me encantado, foi tipo amor à primeira vista sabe? Eu era uma menina doce, que estava descobrindo a vida, e tinha deixado todo um passado horrível para trás. — deu um longo suspiro e seu olhar encontrou o meu. — Namoramos por um ano, seus pais não aceitavam o namoro de jeito algum. Eu era pobre, e ele rico. Eu estava em uma faculdade pública, ja ele queria ir para a mais cara, até que eu descobri que era em Paris essa faculdade, e que ele estava me traindo. Só que antes disso tudo, ele me pediu em casamento, ele me jurou amor e como uma menina apaixonada eu confiei, acreditei que ele era o homem da minha vida e que me faria a mulher mais feliz desse mundo! — fungou em meio às lágrimas e eu engoli em seco sem palavras, eu não acredito que aquele idiota foi capaz de fazer isso com a mulher mais incrível que eu já conheci.
— Agatha... Ele é um idiota! — segurei seu rosto entre as minhas mãos. — Você é a mulher mais incrível que eu já conheci, não é apenas um rostinho bonito como muitas por aí, você é forte, determinada e sabe bem o que quer. Sem falar que é muito inteligente e demonstra isso a cada atitude madura que tem. Olha por tudo que você já passou, e mesmo assim você está de pé sorrindo e seguinte em frente! — umedeci meus lábios.
Seus olhos estavam marejados e ela não hesitou em cair em meus braços e chorar feito uma criança, afoguei seus cabelos e beijei o topo da sua cabeça permanecendo em silêncio. Só se ouviu o seu choro baixinho, eu sei que ela precisava disso, desabafar as vezes é bom.
— Você já amou alguém? — perguntou em meio ao choro e se levantou me encarando. Eu queria poder dizer que sim, mas eu não podia, não agora.
— Eu achei que amava a Beatriz... Mas cheguei à conclusão que não, o que tivemos era paixão e se tornou cômodo. — dei um longo suspiro.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora