Capítulo 223

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|Narração Agatha|

— Bom te ver também... Não sentiu minha falta nesses meses? — sussurrou com o rosto perto demais do meu.
— Você é bipolar? Porque eu não te entendo... Você mandou eu nunca mais te olhar se não você transformaria minha vida em um inferno, lembra disso? E aí me liga bêbado de madrugada e me prensa contra a parede como se eu tivesse te dado um fora. Se toca Luan! — falei alterada, eu não estava para joguinhos, ainda mais os seus.
— Porque não esquecemos todos esses acontecimentos chatos e recomeçamos? Hum? — seus olhos estavam fixos nos meus, ele não estava brincando.
— Porque eu não quero recomeçar com você! — falei firme, se ele não estava brincando, eu também não.
A atração, e o desejo que eu sentia por ele evaporou no momento em que ele me tratou mal daquela forma. Éramos apenas amantes, era apenas sexo, mas eu merecia o seu respeito, e eu não vou aceitar seus insultos numa boa e tentar "recomeçar" algo que nem deveria ter começado.
— Agatha... — suspirou desviando seu olhar. — Me desculpa tá bem? Eu estava nervoso com tudo o que estava acontecendo. Beatriz pediu o divórcio, a faculdade querendo me afastar pelo escândalo e eu queria apenas poder relaxar e ter você do meu lado. — sua voz estava soando tão suave e sincera. Que merda, eu não posso amolecer com suas palavras, não agora.
— Você deveria ter pensado nisso antes de me tratar daquela forma, eu posso ser o que for, mas não aceito que alguém fale daquele jeito comigo! — suspirei e seu olhar encontrou o meu, de novo.
— Eu sinto muito... De verdade. — acariciou meu rosto com o seu polegar.
Ele estava tão irresistível naquele terno bordô, sua boca me chamando, seus lábios entreabertos e seus olhos ardendo em desejo, sua boca foi se aproximando mais da minha, porém virei meu rosto e ela encostou na minha bochecha. Luan deu um riso frouxo e beijou minha pele fazendo com que cada pelo do meu corpo se arrepiasse.
— Ah Agatha... Se você soubesse como eu sinto falta do teu corpo, do teu cheiro. — começou a passar seu nariz pelo meu rosto e desceu até o meu pescoço.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora