Capítulo 321

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|Narração Agatha|

Me debrucei sobre o volante e comecei a chorar, parecia que tudo estava conspirando contra mim.
— Você se machucou? Por favor me responde... A ambulância já está chegando. — seu tom de voz era de alguém que estava apavorado, e não tinha como estar, eu estava em choque.
Eu bati o carro da minha amiga. Eu poderia ter morrido, mas não, eu estou viva e tendo que conviver com mais essa desgraça na minha vida. Onde foi que eu errei?
— Fica parada tá bem? Se você machucou algo os médicos vão saber. — o rapaz estava muito desesperado, ele andava de um lado para o outro no meio da chuva.
Não movi um músculo se quer, e fiquei de olho no cara que me fez bater o carro, ele vai tem que arcar com o prejuízo, se não a Paloma vai me matar, com toda a certeza.
Meu celular voltou a tocar, bufei pegando o mesmo e resolvi atender, eu teria que contar que peguei seu carro, que fui atrás do Luan e que acabei batendo o mesmo, o que fez que com toda a frente dele se destruísse.
— Oi amiga. — espremi os olhos.
— Onde você está Agatha? Eu estou muito preocupada... Você pegou o carro? Me diz que está tudo bem.
— Eu estou bem amiga, aconteceu umas coisas mas eu estou bem... — suspirei e ouvi a sirene da ambulância se aproximar.
— E essa ambulância Agatha? O que foi que aconteceu? — seu tom de voz era de quem estava muito preocupada, mas eu sei que ela não deveria estar assim, isso podia afetar o bebê.
— Eu acabei batendo o carro, mas estou bem, só machuquei meu nariz... Te explico depois, mas fica calma também? Pelo bem do bebê.
— Meu deus amiga... Você sabe que eu me preocupo demais com você, não quero que faça uma besteira. — pude ouvir a voz de Hugo perguntando o que tinha acontecido.
— Está tudo bem... Me desculpa por isso. — percebi os paramédicos se aproximarem do cara que fez eu bater o carro. — Eu preciso desligar, fica bem.
— Te digo o mesmo, me manda notícias, porque eu não posso ir para o hospital sem carro. — suspirou.
— Eu amo você. — finalizei a ligação.
Um dia paramédicos abriram a porta do carro e fizeram milhões de perguntas. Eu estava bem, a única coisa que estava doendo era o meu nariz.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora