Capítulo 338

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|Narração Agatha|

— Te vi saindo da cantina, e vim atrás... Podemos conversar? — perguntou e eu engoli em seco.
— Não! — me mantive firme.
— Porque não? — fitou meus olhos. — O que houve com o seu nariz? — cruzou os braços.
Levei minhas mãos até o curativo e espremi os olhos sentindo uma dor suportável me invadir, eu me estressava e a dor voltava.
— Quebrei. — falei simplesmente.
— Nossa... Sinto muito. — umedeceu os lábios ainda me olhando.
— Que nada, eu supero essa dor. — abaixei o meu olhar.
— Agatha... Eu não suporto mais ficar sem você! — sussurrou aproximando o seu corpo do meu, eu podia sentir o calor dele bem pertinho, e minha vontade era de se jogar em seus braços e ali ficar.
— Eu também não... Esses dois dias, foram insuportáveis. — confessei.
— E só foram dois dias, apenas dois. — deu um longo suspiro e então eu levantei meu olhar fitando seus olhos castanhos brilhando.
— Sobre o que você quer conversar? — perguntei, eu queria muito que resolvêssemos tudo.
— Sobre nós, eu não quero que fique esse clima ruim, parece que não nos conhecemos... E agora eu estou de volta, quero que a gente fique bem, em paz, em gamofobia! — afirmou passando a mão na barba.
— Onde que podemos ir? Pra conversar... — perguntei sentindo minhas bochechas esquentarem.
— No meu carro. — murmurou.
Concordei com a cabeça e o segui até o estacionamento, estávamos em silêncio, e aquilo já estava incomodando. Entramos em seu carro e ele virou seu corpo em minha direção e ficou me olhando firme, como se eu fosse uma bela obra de arte. Não vou mentir, eu gostava quando ele me olhava assim.
— O que foi? — depositei minhas mãos em cima do meu nariz, sentindo que ele continuava a me olhar.
— Você está tão linda com esse curativo. — soltou um riso frouxo.
— Não estou não. — virei meu rosto e comecei a rir. — Você e a Karoline viraram amiguinhos? — perguntei séria e ele começou a rir novamente.
— Está com ciúmes da Karoline? — arqueou uma sobrancelha. — Ela só estava me contando que tomou a iniciativa para o abaixo-assinado. — deu de ombros e eu o olhei rapidamente, como ela era cara de pau.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora