Capítulo 334

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|Narração Agatha|

"Você quebrou o nariz."
Aquelas palavras ecoavam em minha mente enquanto eu olhava para o curativo em volta do meu nariz, não era a pior coisa do mundo, mas estava doendo muito.
O carro de Paloma já foi pro concerto, ainda bem que Diego cumpriu com a sua palavra e pagou. Ele não saiu do meu lado por um segundo se quer ontem, talvez fosse a culpa, mas eu estava bem, só quebrei o nariz.
Hoje é um daqueles dias que eu não queria nem sair do meu cantinho, porém, eu precisava ir pra faculdade para que eu não reprovasse por falta. Saber que o Luan não está mais lá, me dói. Saber que nós dois acabou, dói mais ainda.
— Eu vou correr para pegar o ônibus. — falei surgindo na sala onde estavam Paloma e Hugo.
Paloma já estava com a barriga enorme, o que dificultava que ela fizesse algumas coisas. Ela já pegou licença pro trabalho, mas a faculdade ela está indo, alguns dias. Hoje ela não iria, e como estávamos sem carro, optei por ir de ônibus.
— Tudo bem. Se cuida à noite tá bem? — sorriu pra mim. Mesmo depois de tudo estávamos bem, ela sabia que a culpa pelo acidente não foi minha.
Mas eu peguei seu carro "escondido" e estava correndo um risco ainda pior. Respirei fundo e sai rumo ao ponto de ônibus. Quando estava saindo da portaria do condomínio ouvi alguém chamar por mim, estranhei, porém continuei a andar.
— Agatha... — ouvi uma voz masculina ao meu lado e Diego estava ali, com o seu carro parado ao meu lado.
— Oi... — falei simplesmente.
— Está indo pra faculdade? — perguntou.
— Sim. — dei de ombros.
— Quer uma carona? — propôs no mesmo instante.
— Ah... — fiz uma pausa, eu não conhecia esse homem o suficiente para aceitar uma carona. — Eu vou de ônibus mesmo. — torci os lábios.
— Tem certeza? Eu só quero me desculpar pelo ocorrido... Me redimir. — olhou para o meu nariz e eu revirei os olhos.
— Não me olha com pena, é só um nariz quebrado. — suspirei.
— Que foi culpa minha. Entra que eu te levo! — insistiu.
Acabei aceitando, o que ele poderia fazer comigo? Ele não parecia uma má pessoa, só parecia estar se sentindo culpado pelo acidente, mas já passou.

Indecente part. 2 (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora