A batalha desconhecida

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Pov Draco

Planejamos o que fazer e eu teria que lutar ao lado de Harry Potter, isso em outros tempos seria algo quase que impossível, mas hoje, lutavamos por um bem comum, nossos filhos.

Mylle e Gina ficariam com as crianças e se tudo desse certo voltariamos para casa.

- Sabe, eu não saberia o que fazer se eu tivesse que encontrar minha mãe sozinha, você pensou rápido.

Dei um beijo na minha esposa e a abracei:

- Foi para nos proteger. Mas você é esperta, saberia como agir.

- Quero que tome muito cuidado.

Ela me deu um beijo, seus olhos brilhavam com as lágrimas que ela tentava conter:

- Vamos ficar bem. Não se preocupe.

Olhei para Harry, ele estava, da mesma forma que eu, abraçado a sua esposa, nossos filhos estavam sentados em um canto e para minha surpresa Pyxis estava acolhida nos braços de Tiago, aquilo me incomodou menos do que eu esperava.

Depois da nossa breve despedida aparatamos até o local onde Harry havia suposto que Delphi estaria escondida:

- Certo vamos entrar por lados opostos, assim a pegamos de surpresa.

Concordei com ele e nos separamos, não sabíamos exatamente o que iríamos enfrentar, até que ponto essa garota era perigosa e o quanto entendia de magia, mas ela era filha de Voldemort e isso talvez já a definia, se Delphi fosse tão mortal quanto ele teríamos um bom trabalho.

Fui entrando em silêncio, tomando bastante cuidado para não fazer barulho ao pisar nas tábuas que pareciam soltas, o lugar tinha um cheiro estranho, nada parecido com o corujal de Hogwarts,  segurei minha varinha e me aproximei da porta quando ouvi um grande estrondo vindo do outro lado:

- AVADA KEDAVRA!

Ouvi o grito de uma mulher proferindo a maldição imperdoável, não ouvi a voz de Potter e me apavorei, estourei a porta e entrei, acho que Delphi não esperava outra presença, aproveitei seu momento de distração:

- Estupefaça!

Joguei ela longe, mas não foi o suficiente para deixá-la inconsciente, ela se levantou e apontou a varinha na minha direção, só que antes que arremessasse um feitiço em mim Potter lançou um feitiço nela e Delphi caiu desacordada:

- Obrigado. O que faremos com ela agora?

- A levaremos para a capela e de lá voltamos,
depois Azkaban irá ganhar outro morador.

- Potter, não acha que seria mais seguro se a gente a amarrar?

- Ela está apagada e o caminho é curto, creio que não haja necessidade. Vamos!

Eu não gostei muito daquilo, mas conhecia Potter o suficiente para saber que eu não o convenseria.

Aparatamos de volta para s Capela, Mylle veio ao meu encontro e me deu um beijo.

Harry colocou Delphi em um banco, Gina o abraçou:

- Temos que voltar logo, deixaremos as crianças em Hogwarts e eu junto com Hermione levaremos a prisioneira para Azkaban, tudo pronto Malfoy?

Fiz um aceno com a cabeça e peguei o vira-tempo do meu bolso, desta vez lancei o feitiço do Engordio na corrente, para que ela  desse para todos, assim que todos estávamos posicionados reverti as voltas do vira-tempo e em pouco tempo estávamos novamente na sala da diretora Minerva, só que as coisas não correram como Potter havia planejado, assim que chegamos Delphi o empurrou e atirou Gina longe, arrancou uma varinha do bolso e agarrou Pyxis pelo cabelo, Mylle deu um grito e empunhou a varinha:

- Não se atreva! Ou a garotinha aqui morrerá....

Segurei o braço de Mylle, todos estávamos com as varinhas em punho e apontadas para Delphi, no entanto ninguém ousava lançar um feitiço e correr o risco de acertar Pyxis:

- O que você quer?

A diretora Minerva perguntou e aquela mulher sinistra riu:

- Vingança...

Ela olhou diretamente para Harry Potter ele a olhou diretamente nos olhos:

- Então me leve no lugar da criança.

Ela soltou mais uma gargalhada:

- Acha que sou tola Harry Potter? Eu posso estender minha varinha e te matar agora mesmo, mas não farei isso, primeiro quero ver a dor o o sofrimento nos olhos de cada bruxo que um dia se virou contra meu pai. Agora eu vou sair daqui e levarei a garota comigo, sabem que se me atacarem ela morre, ela é minha garantia de que não farão nada.

- Por favor, por favor, não a leve! Eu vou no seu lugar.

- Ora sua estúpida, você e seu pai são grandes traidores e por isso irá sofrer. Agora suponho que nossa diretora queira fazer o favor de retirar o feitiço que impede a aparatação.

- Já está retirado.

- Ótimo!

Ela sorriu e aparatou levando Pyxis com ela, Mylle perdeu as forças e eu a segurei, Gina conjurou uma cadeira e eu a sentei:

- Ela...a levou...levou nossa filha....

Eu não tinha forças para consolar minha mulher, pois estava tão despedaçado quanto ela, eu via ali seu pesadelo se tornar realidade.

- O que vamos fazer?

Gina falou quebrando o silêncio, Mylle chorava em silêncio e Scorpions a consolava:

Olhei para Potter e seu olhar me pedia desculpas, eu não tinha forças nem para gritar com ele e dizer que eu havia avisado e por isso minha filha havia sido levada e não fazíamos ideia para onde:

- Vou mandar uma coruja para o Ministério e avisar o que está acontecendo.

A diretora Minerva falou se encaminhando para sua mesa:

- Não será necessário. - Potter falou. - Eu vou pessoalmente,  vou passar todas a informações para os aurores e organizar uma equipe de busca. Hermione preciso que volte na mansão Malfoy e investigue novamente aquele quarto, sei que você consegue ver muito mais precisamente do que todos nós.

- Certo!

Hermione aparatou e fiquei encarando o vazio que ela havia deixado em seu lugar e Potter continuou:

- Diretora, as crianças precisam de cuidados, um bom banho e alimentação adequada e creio que um bom sono.

Entendi o que ele queria, dar uma poção do sono para os três, não sei se ele queria poupar as crianças ou impedir que eles tentassem algo e eu concordava:

- Quero ficar e saber notícias da minha irmã.

- Não! - Mylle falou. - Você precisa descansar, prometo que te informar sobre tudo, mas vá descansar um pouco, vou ficar mais tranquila sabendo que está descansado e seguro.

Scorpions obedeceu, deu um beijo no rosto de Mylle e acompanhou Gina que levaria as crianças para o Largo Grimmould, Potter se virou para mim e para Mylle:

- Vou trazer sua filha a salvo.

Ele aparatou e ficamos em silêncio por um tempo, a diretora pediu chá para nós, eu não sentia fome e muito menos sede, mas bebi para que Mylle fizesse o mesmo.

Minha cabeça estava a mil por hora, eu tentava pensar como um comensal e imaginar o que Delphi faria, segurei meu braço onde eu carregava a marca negra, nunca ela havia pesado tando, tentava não deixar o medo tomar conta de mim, pois as palavras de Delphi voltaram claras em minha mente "...quero ver a dor o o sofrimento nos olhos de cada bruxo que um dia se virou contra meu pai..." ela iria torturar minha pequena estrela, minha Pyxis, poderia até matá-la depois só para se vingar.

Meu desespero não podia ser percebido por Mylle, ela não suportaria saber de algo assim, respirei fundo, eu precisava ser forte e achar minha filha e trazê-la de volta para nós....


A Maldição do Vira-Tempo Onde histórias criam vida. Descubra agora