26. ALYCIA

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Bom dia, meus amores.

Seguem os avisos:

¹ Este cap terá FORTES EMOÇÕES. Preparem o lenço.

² Apesar dos acontecimentos saibam que esta fic terá um final feliz.

³ Boa leitura!

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LEXA'S POV:

Assustada.

Não, não...

Abismada?

Quem sabe..

Talvez surpresa!

Talvez...

Eu estava buscando em minha mente algum adjetivo que pudesse conectar exatamente aquilo que eu estava sentindo quando eu a vi.

Quem era ela?

Quem era aquela menina de olhos verdes, cabelos castanhos claros levemente encaracolados nas pontas, nariz fino e boquinha pequena com um sorriso sapeca brotando em seu rosto?

Estranho.

Parecia que eu estava descrevendo a mim mesma.

E não estava?

Dei tudo de mim para desviar o olhar daquela menininha, mas eu não conseguia nem piscar. Era algo mais forte do que qualquer coisa que pudesse controlar. Não soube explicar, mas o que senti foi a mesma sensação que tive quando segurei Aden pela primeira vez em meus braços.

E assim estava eu completamente vidrada naquela figura que mais parecia um reflexo meu há 22 anos atrás.

Eu tinha uma filha?

Katherina escondeu isso de mim. Por que?

Em minha mente repassei todos os momentos que estive com ela, mas não me lembro em nenhum deles ter transado com Katherina, exceto pelo dia da festa. Ela poderia muito bem ter mentido dizendo que não tivemos nada demais. Talvez não desejasse destruir meu casamento com Clarke, o que certamente aconteceria caso despejasse sobre nós a notícia fatídica de um filho fora do casamento, mas por outro lado, se ela gostasse tanto de mim quanto afirmava por que não o fez? Mas e se fosse verdade? Se nós, de fato, não tivemos relações e Alycia não fosse minha filha, o que justificaria ser tão parecida comigo?

Fiz menção em levantar-me daquele banco. Precisava urgentemente de ar. Senti as mãos de Clarke segurarem meu braço me impedindo de sair. Olhei para ela e ela estava chorando. Eu não sei quanto tempo fiquei ali admirando a pequena Alycia, mas foi tempo suficiente para que Clarke percebesse tudo. Ela já sabia e isso estava a machucando. Muito.

- Lexa... sua voz saiu embargada. Não faça isso. Não agora.

- Eu só preciso sair para respirar. Disse depositando um selinho em sua testa. Já volto.

Já em pé, no meio daquele corredor, olhei para a porta de saída. Meu coração palpitava e minhas mãos se apertaram. Eu prometi não fazer nada, mas estava difícil segurar a curiosidade palpitante.

Quando a claridade do dia me atingiu finalmente senti o ar adentrar sem delicadeza pelos meus pulmões. Não sei de quem e nem de onde, mas quando dei por mim estava tragando um cigarro. Mas que porra eu estava fazendo? Havia experimentado uma vez aquela porcaria e havia odiado. Agora aquela substância nociva me acalmava de uma forma estranha. Poderia despejar toda minhas dúvidas naquele cigarro, mas as dúvidas eram tantas e o cigarro era um só. Larguei-o de supetão quando senti a ponta dos meus dedos queimarem.

FLASHBACKS - CLEXAOnde histórias criam vida. Descubra agora