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- Como assim,você escondeu essa gravidez de mim?-  Tessa se mostrou revoltada.

- Tess, você andou sumida,presumi que estivesse ocupada com seu noivo.- falei.

- Mas se me ligasse ou mandasse uma mensagem,eu teria vindo aqui. De fato o casamento está consumindo o meu tempo,mas eu teria vindo até aqui.- Ela se acalmou um pouco mais.

- Então é isso amiga,estou grávida. Você e Louisa,serão titias.

- E eu nem desconfiei de nada.

- Você mal me via durante cinco minutos na faculdade,não havia como desconfiar mesmo.

- Agora eu não quero me afastar de você garota,quero te mimar,igual mimei a mãe da Anto.

- Pode me mimar,eu irei adorar.

- Ela vai te fazer de escrava Tess.- Lou gritou.

Minha barriga de 22 semanas, já começa a dar seus primeiros sinais, poderia ter aparecido desde o começo, mas o bebê resolveu ficar escondido e ajudar a mamãe aqui a manter ele em segredo. De fato dei uma engordada no bumbum,braços pernas,mas era algo que eu poderia muito bem disfarçar colocando a culpa no anticoncepcional ou na ansiedade que me fazia comer demais. Mas barriga agora,tem uma espécie de pochete que só não me incomoda mais,porque eu sei que é o meu bebê.

- Precisamos ir até Carrara falar com meus pais.- Berna sentou-se ao meu lado e me olhou sério.

- sobre?

- Nosso filho meu amor.

- Ai,para de me chamar de meu amor. E é realmente necessário falarmos com seus pais sobre isso que somente interessa a nós?

- Esse assunto não interessa somente a nós linda,você sabe que eu sou muito ligado a minha família,muito mesmo e que nesses cinco meses,eu me sinto torturado por não contar sobre o meu filho.

- Eu também não contei aos meus pais.

- Mas foi uma escolha sua não contar,por mim você teria falado no mesmo segundo em que descobriu,mas eu não quero mais esconder que eles serão avós novamente. E quero que você vá comigo até Carrara.

- Eu tô com medo.- meus olhos estavam carregados de lágrimas.

- Medo de que meu amor?

- Medo de tudo,do que seus pais vão achar de mim,do que pode acontecer conosco, medo,simplesmente medo.- comecei a sentir um formigamento nas mãos e na boca.

- Vem cá. - me puxou para um abraço.- Você tá tremendo.

Ele sabia que quando eu começava a tremer,ele tinha que me abraçar,para o meu psicológico se acalmar e a tremedeira passar.

- E aí? Vamos para Carrara?

- Promete que ao menor sinal de que eu serei mal tratada,você me trás embora?

- Mesmo sabendo que por parte da minha família, isso nunca vai ocorrer,eu prometo. - deu um beijo em minha testa.

- Obrigada.- fechei os olhos e o abracei mais forte.

- De nada,eu te protegerei sempre,sabe disso. Uma pena ainda não termos descoberto o sexo do bebê. - lamentou.

- Uma pena mesmo, estava tão ansiosa.

- Eu também, pensei que já íamos passar no shopping e comprar as coisinhas para o quarto.

- Ainda bem que ainda temos tempo.

- Poderíamos fazer o exame de sexagem fetal né?

- Não, por mais que eu saiba que seja seguro. Eu não quero levar mais agulhada do que eu já levei.

At last-Federico Bernardeschi ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora